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Amy Carter , morava com seu pai numa pequena cidade dos Estados Unidos chamada Winchester. Quando ela já tinha seus 21 anos ele descobriu estar doente e não demorou a morrer. Ela...
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" Olá, queridas leitoras...
Começo esse texto falando que mesmo não conhecendo vocês, eu sinto um amor como se conhecesse. Sei que muitas estão preocupadas...
Estamos em 2024 e eu não consigo nem ao menos perceber que 2023 acabou e logo estamos em 2025. Sinto como se o tempo estivesse parado para mim e que o reveillon, foi ontem.
Eu vi os meus dias serem reduzidos a nada e por mais que eu estivesse feito inúmeras coisas, era como se não tivesse feito nada. Eu me alegrava inesperadamente, acreditando que tudo estava bem e inesperadamente, achava que tudo ia dar errado novamente. Procrastinei para fazer coisas simples, como se houvesse uma corda envolta do meu corpo.
Eu sempre fiz tudo sozinha. São dois anos e meio fazendo tudo absolutamente sozinha, lutando para chegar onde desejo e realizar todos meus sonhos. Iniciei os trabalhos com escrita em meio ao "resguardo" do meu segundo filho, escrevi amamentando, cuidando de recém-nascido e da minha filha mais velha que na época tinha apenas 2 anos. Eu assumi o desafio, fechei meu salão de beleza e vivi dos livros, mas não era dinheiro caindo do céu, é muito esforço e abdicação.
Isso resultou em um enorme cansaço. Além da vida pessoal, perder o meu pai foi um grande abalo em muitos sentidos. Não parei, sendo mãe, dona de casa, escritora, responsável por tudo e esqueci quem era Renata.
Hoje eu ainda estou tentando me reconhecer. Olhar para fotos de apenas um ano atrás e ver que não sou mais a mesma. Meu corpo mudou, meu sorriso mudou e minha alegria também mudou.
Comecei a sentir todos os problemas de saúdeinimagináveis. Eram dores, palpitações, dormências e muita emergência de hospital. Foi aí que procurei tratamento. O psiquiatra foi acertivo, me passando terapia e medicamentos que tomo todo santo dia. Na terapia, eu escutei a frase que mais ouvi durante os últimos anos, estou cansada dessa frase:
" Isso depende de você!"
Tudo sempre dependeu de mim. Minha famílianão entende nada de livros, meu marido muito menos, o meu querido amigo que me ajuda atualmente, ainda pior, ficando angustiado por tentar ajudar, mesmo sem saber como que trabalha dessa maneira.
Os problemas se intensificaram quando foi diagnosticado o desvio de septo, cornetos nasais maiores e sinusite crônica. Na hora da dor intensa, diária e que não passava nem em emergência, o meu aliado era um pequeno pedaço de pano que mordia com força enquanto apertava a mão de alguém.
Hoje, estou me recuperando de uma cirurgia delicada. Que afetou o um pequeno vazinho do meu olho. Não posso fazer esforços e sou teimosa. Tomando remédios para conseguir dormir, pois tinha o hábito de fumar por conta da ansiedade e a abstinência é terrível. Desenvolvi pânicos, como se algo ruim fosse acontecer, ou aquela pessoa ativa no Instagram, agora me sinto mal se aparecer, me sentindo observada. Não desejo nem para o meu pior inimigo.
Estou lutando, me olhando e não me reconhecendo. Falando para mim mesma que Deus tem um propósito para tudo, que devemos viver um dia após o outro.
Irei tomar as rédeas novamente dos meus livros, não deixar a responsabilidade para quemnão tem conhecimento e nem culpa.
Em uma semana estou liberada para voltar a algumas atividades leves e assim farei. Indo contra qualquer recomendaçãoquando o neurologista, psiquiatra e psicóloga sugeriram: Desacelera, Renata!
Eu não posso, pois tudo depende de mim!
Eu sempre fui justa, determinada e correta. Quem me acompanha a anos sabe todo meu empenho e dedicação. Espero que não desistam de mim, para que eu também nao desista.
Me sinto mais leve, obrigada por cada uma de vocês. Obrigada por existirem!