Capítulo 3

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Olá, turo bom?

Estou quaaase fixando os domingos como dia oficial dos posts.

Mais um capítulo para vocês meus anjos, aproveitem 💜

***

Nessa manhã eu tive três surpresas momentâneas.

1 - Angelique, minha melhor amiga lembrou que eu existo e me ligou da Bélgica.

2 - Sra. Gucchelle do vigésimo andar estava de bom humor.

3 - Uma BMW parada na frente do meu prédio com o meu nome nos documentos.

Obviamente a surpresa mais chocante de todas foi a segunda já que aquela mulher parecia ter nascido carrancuda e jamais dava um sorrisinho sequer para os outros.

Entrei no carro já discando o número da minha mãe no automático do carro.

Esse era um dos grandes problemas da dona Bárbara, encher os filhos de riqueza quando nem mesmo precisam. Eu a amo, mas as vezes ela passa dos limites. Meu pai nem mesmo tenta falar ou discutir pois sabe que não adianta. Mas entre os dois ele é o mais sensato.

Eu fiquei tão eufórica com a ligação de Angelique que nem tomei café direito, e por isso Gerluza se sentiu no direito de me dar um dos seus tapas doloridos nos ombros. Ela é baixinha mas tem uma mão pesada.

— Bom dia filha linda! – a voz da minha mãe ecoa no carro.

— Bom dia, amada mãe. Agora me explica o que diabos é esse carro. Eu disse que não precisava. – digo mantendo minha atenção no trânsito.

— Acha mesmo que vou deixar minha filha sair todos os dias as onze da noite do trabalho e ainda pegar metrô nessa cidade perigosa?

— Mãe, eu sei me cuidar. Você não precisava me comprar um carro novo, era só me emprestar um dos seus e estava tudo certo. A garagem do prédio nem tem espaço para guardar dois carros.

— Claro quem tem, ou acha mesmo que iriamos te ajudar a comprar um apartamento sem regalias? Minha filha, você merece o mundo e mais um pouco. – solto um suspiro.

— Eu sei disso, mãezinha. Mas esse carro é muito para mim, como vou chegar no trabalho com um carrão desses. Você sabe que quero ter meu esforço reconhecido e não o meu nome.

O que era verdade, meu intuito desde o início foi ganhar minhas conquistas com o meu esforço. Foi difícil na faculdade pois nenhum professor parecia se importar com o esforço que eu fazia e sim o nome que eu carregava. Tive que bater muito o pé no chão para que mudassem isso e me tratassem como uma simples aluna.

— Tudo bem querida, eu exagerei. – ela admite com um suspiro.

— Deus, eu estou ouvindo a minha mãe admitir exagero ou eu estou sonhando? 

— Me respeita, Kiera! Eu admito sim que exagerei mas fiz isso pelo seu bem.

— Tudo bem mãe, eu reconheço isso e agradeço. Mas de agora em diante pode por favor deixar que eu tome as rédeas da situação que me envolverem? Eu sei que eu sou doidinha de pedra, eu sei também que muitas vezes eu sou irresponsável mas mãe... eu sou adulta. Não parece, mas sou. Eu preciso voar sozinha e aprender com meus atos a crescer. – ela fica em silêncio por alguns minutos.

— Você falou como uma adulta agora. – disse com a voz embargada.

— Eu sei. – sorrio. — O papai está bem? Austin ligou?

— Seu pai está melhor do que deveria, está indo a um jogo de golfe a uma hora dessa. – posso sentir ela revirar os olhos. — O ingrato do seu irmão não me liga a uma semana, me diz que ele está vivo.

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