Capítulo 16

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David Cooper

Depois de deixar Kiera no hotel, Christopher e eu saímos novamente e fomos a uma cervejaria não muito longe do hotel. Sentamos em um lugar mais calmo do lugar e pedimos duas canecas grandes de cerveja.

— Você está afim dela, não está? – Christopher questiona quase me fazendo engasgar com a cerveja.

— O que? Ela quem? – me faço de desentendido.

O problema é que meu melhor amigo me conhece melhor do que qualquer um. Nada passa despercebido por este cara!

— A estagiária. – ele diz rindo. — Vocês dois tem uma química que pode ser vista até de um satélite.

— Nós não temos química. A minha relação e a dela é completamente profissional. – digo antes de tomar um gole da minha bebida. Christopher revirou os olhos.

— Qual é o drama da vez? Deixa eu adivinhar, vocês são opostos um do outro? São de classes diferentes? Ela gosta de outro? Ela tem namorado? – solto um suspiro.

— Nenhum destes, quer dizer, nós somos opostos. Ela é barulhenta, eu sou silencioso. Ela... – pauso minha fala sem saber o que dizer.

— Para de procurar problema onde não tem. Vocês são simplesmente iguais, ela é animada, extrovertida e meio mal humorada. Você também é tudo isso, só que você ama guardar as coisas para sí mesmo. – ele disse antes de tomar outro gole de sua bebida. — Me diz algo que vocês não sejam opostos, coisas que vocês têm em comum.

Solto um suspiro e paro para analisar.

— Amamos cozinhar, temos o mesmo gosto musical, somos bem estruturados financeiramente, a mãe dela era uma atriz e meu pai um cantor e somos... adotados. – ele me olha surpreso.

— "Somos opostos". – ele me imita. — Vocês são iguais, pode ser que tenham personalidades diferentes.

— Tanto faz, Christopher. Eu não acho que tentar um relacionamento ou dormir com uma funcionária minha seja ético. Eu não quero estragar o que temos. – ele arqueou uma das sobrancelhas.

— E o que e que vocês têm?

— Uma amizade, nos damos bem. Começamos errados, com ela me acusando de assédio, me chamando de ogro e idiota. E eu a chamando de inútil, maluca e sem noção. – o encaro. — Nas últimas semanas temos nos dado melhor, e isso é o que importa. Ela só vai ficar seis meses e depois vai embora, ela provavelmente irá abrir um restaurante e ai seremos rivais. – ele ri.

— Olha só você já planejando o futuro de vocês dois. – zombou ele. — Você quem sabe, você é cabeça oca! Não vai admitir nunca que está afim dela, vai fazer o mesmo que fez com Sabrina. – ele diz me lembrando do passado. — A diferença é que você demorou a admitir que não gostava dela.

— Eu sei, eu errei. – bufei. — Mas já passou e não pretendo cometer o mesmo erro.

— Tudo bem, já passou. Mas mudando de assunto, aquele restaurante que você estava interessado vem abrindo inscrições. – o olhei.

— Sério? – ele afirma.

— Eles estarão recrutando novas pessoas em alguns meses, deveria se inscrever.

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