Lá estava eu novamente na hora do almoço, escondido no banheiro, esperando que Nico Bergros não me achasse.
Eu sofria bullying dele por ser homossexual assumido, e por já ter rejeitado ele em uma festa na piscina da Beag Lanralter uma riquinha da escola.
Após o almoço segui andando tranquilamente para casa.- Allen, já está em casa?_ perguntou minha mãe.
- Não estavam me sentindo muito bem. Pedi para o Mr. Harold me liberar e ele deixou.
Ela me olhou e sorriu.
- Está tudo bem? Os caras brigaram com você de novo?_ perguntou ela.
- Passei o almoço no banheiro de novo.
- Allen!
- Está tudo bem mãe...
- Não está nada bem. Ninguém deve se reprimir por causa de outros, por dentro somos todos iguais.
Dou um sorriso.
- Quem é esse garoto? Nico Bergros novamente.
- Não conheço outro que possa fazer isso.
- Vou dar uma ligada para mãe dele. Isso não pode acontecer novamente!
Abraço ela.
- Sabia que é a melhor mãe do mundo?
Ela dá uma piscadela.
Meus pais me aceitaram muito bem quando descobriram que eu gostava de homens e não de mulheres. Eles tiveram uma reação completamente diferente da que outros pais teriam.
Eles se olharam e riram um do outro.
- Porque estão rindo? Estão me deixando nervoso.
- Allen, acha mesmo que se descobrir gay é o fim do mundo._ disse meu pai.
- Allen, quando eu estava na faculdade fiquei com uma garota. Não vejo necessidade de você está nervoso._ disse minha mãe
Fico confuso.
- Filho, eu e sua mãe provamos. Sempre tivemos a necessidade de se descobrirmos. Quando eu era mais novo, seu avô me levava aos jogos do time dele, e eu via todos aqueles homens pelados e percebia que eu gostava de ver, até que um dia, mais velho, me envolvi com um dos amigos dele. Um pouco mais sério que sua mãe na faculdade. Mas o que você deve entender é que, todos somos iguais, ninguém é melhor ou pior que você.
- Sim querido, te amamos do jeito que é, e não queremos que mude isso nunca.
- Cheguei família.
- Estamos na cozinha. _ disse minha mãe rindo.
- Sério? Não acredito.
- Porque das risadas?_ perguntou meu pai entrando na cozinha, tirando o paletó colocando sobre a bancada.
- Uma história da mamãe quando era nova.
- A história do sorvete?
- Sim.
Ele abraça ela e dá um selinho na boca dela.
- Essa é minha deixa?
- Não!_ disse ele.
- Estávamos fazendo macarrão de forno.
Mais tarde depois da janta.
- Toc toc._ disse meu pai antes de entrar totalmente no meu quarto.– Podemos conversar?
Ponho o laptop de lado e presto atenção nele. Meu pai se senta na cama e diz:
- Sua mãe me contou sobre o tal Nico Bergros.
- Aí sério? Ela está muito preocupada né?
Ele afirmou.
- Allen, não queremos ver você triste...
- Não estou triste, também não estou fazendo feliz, eu adoraria comer fora do banheiro pra variar.
- Mais você pode. Se ele algum dia encostar um dedo em você, eu vou acabar com ele._ falou fazendo gestos de luta com os braços.
- E vai fazer o que com ele, Clark Kent?_ questiono zombando da cara de meu pai
Ele me abraça.
- Ninguém encosta no meu filho.
- Te amo pai.
- Então somos dois. Eu também me amo!
Solto ele dou um soquinho no seu ombro.
~*~
No dia seguinte resolvi sair do banheiro e enfrentar todo esse medo de que Nico Bergros causava sobre mim.
Lá estava eu sentado na mesa com meus amigos.- Resolveu sair do banheiro, pequeno Allen?
- Já tava na hora. Não acha?
Ele rir debochando de mim.
- Volta pro armário!_ falou me enfrentando.
- Igual você tá nele? Jamais, dele já saí e não volto mais. Deveria fazer mesmo, isso faz bem!
Ele cruzou os braços e disse:
- Faz bem o que, mostrar que é um viadinho?!
- Isso é o de menos. O melhor é se libertar de ser como você.
- E o que eu sou?
- Um incubado!
Eu só percebi que eu não estava bem quando cai no chão, antes disso não senti nada, nem o punho de Nico tocar meu rosto.
- Sr. Summer, entrou em mais uma briga com o Sr. Bergros?!
Coloco novamente o gelo olho.
- Isso é sério, Mr. Harold? Acredita no que ele disse?
- Sim. O Sr. Bergros não mentiria.
- Vai se ferrar!_ pego minha mochila no chão e me levanto da cadeira.
- Sr. Summer, volte aqui... Está de suspensão!
Não me viro para respondê-lo, simplesmente dou o dedo do meio para ele e continuo meu caminho para bem longe dali.
- Você só volta com os seus pais.
Saiu da escola e caminho até o estacionamento, onde pego meu carro.
- Merda!_ estávamos com pouca gasolina.
Paro o carro no posto. Após encher o tanque, ligo o carro e dou macha ré para sair dali.
- Pode me ajudar?_ disse ofegante na janela do carro.
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Como não se apaixonar
RomanceNoah Centineo é um ator de filmes teen, onde todos são fanáticos por ele. Em uma tour pelos estados dos EUA, numa noite para se divertir com seus amigos numa cidade próxima a Bervely Hills, ele se perde indo parar em uma outra cidade, conhecendo All...