O Date Perfeito

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Nico me esperava no início da escada, meus pais parecia estranhos e da mesma forma eles olhavam para Nico, ele por sinal não tirava os olhos de mim, eu ainda não acreditava que estava saindo com ele, depois de tudo que ele fez. Minha mãe estava ao lado de meu pai, era engraçado ver as feições deles em relação ao me ver sair com o cara que por alguns anos me fez de gato e sapato.

- Você está lindo, Allen._ disse minha mãe, tentando quebrar o enorme gelo.

Nico olhou para ela e confirmou com a cabeça e olhou novamente para mim que me aproximava dele.

- O que foi?_ pergunto me referindo a ele.

Nico parecia sem palavras nada saia de seus lábios, neles só haviam um sorriso bobo e que não se desmanchava, e que me deixavam um pouco desconfortável pelo olhará penetrante.

- Quer tirar uma foto, querido?_ perguntou minha mãe sabendo qual seria minha resposta.

- Não...

- Sim!_ disse Nico no mesmo estante que eu.

Meus pais me olharam e deram um sorriso amarelo. Nico me abraçou pela cintura, me puxando para perto de seu corpo, que estava com aquele smoking preto e uma gravata borboleta, que era muito parecido com a roupa que eu estava.

Meu pai tinha ligado a câmera e posicionado em nossa direção.

- Aliás, é seu último ano, quando se sabe que terá uma festa de formatura..._ falou minha mãe quebrando o iceberg que se formou.

Me assusto com o flash da câmera. Meu pai sorriso, ele e Nico pareciam estar em completa sintonia e sentindo a mesma felicidade.

- Vamos?_ questiono Nico.

Afirmo com a cabeça e sai os pela porta da frente.

- Allen eu vou mesmo entender se você não quiser ir comigo.

Antes mesmo de entrar no seu carro olho para ele e digo.

- Nico, eu estou indo com você por que eu quero. Então para de se martirizar._ digo sorrindo.

Ele abre a porta para mim.

~*~

Ao chegar no ginásio, após estacionar o carro, saímos juntos, andando até o local do baile. Com o braço por volta a minha cintura, entramos na festa.

- Eae Nico._ disse um cara do time.

Eles se comprimentaram com um toque especial.

- Quer uma bebida?_ perguntou ele pra mim.

Digo sim. Ele se afasta de mim indo até a mesa de bebidas.
Mia veio correndo até mim.

- Você chegou! Cadê Nico?

Ela me abraça.

- Foi buscar uma bebida.

Olho meu celular para ver se havia perdido  alguma mensagem ou ligação de Noah.

- Ele não ligou mais?

- Não, nem mensagem.

- Deve está ocupado.

- É.

Nico veio em minha direção , todo sorridente.

- Allen, sua bebida.

- Nico.

- Mia.

- Cuida bem do meu amigo.

- Estamos bem, agora, Mia. Vou cuidar muito bem dele.

- É bom prometer o que está falando._ digo sorrindo.

Ele me puxa pela cintura, deixando um pouquinho da minha bebida cair do copo.

- Quer dançar?_ perguntou.

Mia, a esse tempo, já estava grudada no seu par.

- Sim.

Ele tirou o copo da minha mão e me levou até a pista.
Ponho minhas mãos por volta do seu pescoço, Nico parecia não saber o que fazer.

- Pode por suas mãos na cintura._ digo sorrindo.

Ele colocou e sorriu. Estávamos ao som de Tomppabeats, Summer Lover.

- O que pensou quando eu te pedi pra vim comigo?_ perguntou ele.

- Que eu estava doido em aceitar o convite de uma pessoa que me odiava e que do dia pra noite estava sendo uma boa pessoa.

- É, eu sei que fui horrível.

- Mais ainda não sei porque descidir vim com você. Mas não ficaria surpreso se tudo isso fosse uma aposta._ afirmo.

Ele sorri e parecia um pouquinho nervoso.

- Na verdade, isso parece incrívelmente clichê. Um garoto gay é odiado pelo garoto que se dizia hétero, onde na verdade não sabe o que quer, mais sabe que quer muito o garoto gay, onde na verdade ele só aceitou sair com o hétero por dó, e por que não tinha ninguém pra ir com ele no baile. Onde na verdade ele adoraria ir com o garoto que ele gosta o tal Noah Centieno.

- Você é incrivelmente observador.

- Eu te conheço a muito tempo.

- E ainda assim nunca teve a vontade de me conhecer de verdade. Não vim com você por dó, tenho certeza que quase todas garotas adoraria vim com você. Vim mesmo pra me provar que você poderia ter uma nova chance.  Eu gosto de você, não gostava era das suas atitudes em relação a mim e a outros garotos.

- Estou arrependido.

- É bom ouvir isso.

- Eu posso te dar um abraço?

Abraço ele.
Após um breve abraço, nossos olhos se encontraram, mais clichê que isso não havia.
Eu sabia que assim como nos filmes, após as trocas de olhares, viria o beijo apaixonado. Mais tinha duas coisas acontecendo naquele momento, 1) eu não estava apaixonado por ele e 2) eu queria mesmo beijar ele, mesmo não sabendo se aquilo seria correto.

- Me desculpa... Eu, tenho que ir.

- Ah... O que foi? Eu fiz alguma coisa? Estou com mal hálito?_ perguntou ele me seguindo.

- Não, eu estou bem...

- Então se está bem, por que não fica?

- Na verdade não estou nada bem, e tenho que ir embora.

- Tudo bem, eu te levo então.

- NÃO! Eu vou sozinho.

Saio andando pelas ruas.

- O que eu estava pensando?_ digo em voz alta - IDIOTA!_ Grito alto.

- O que foi?

Olho de onde vinha aquela voz e...

Como não se apaixonarOnde histórias criam vida. Descubra agora