Permita-me Amar

Capítulo 1

Já se passaram seis meses desde o ocorrido com meu chefe. Devo dizer que não foi nada fácil permanecer neste emprego nos primeiros sessenta dias. Principalmente quando seu chefe não passa de um imbecil que te relembra a cada sete segundos e meio, que só estou aqui, graças a sua grande e inédita generosidade.

Creio ter sido após a reunião com os clientes de Boston, que o sr. Price finalmente reconheceu minha competência.
Pelo que pude entender, a venda estava sendo discutida a quase um ano, e jamais alguém foi capaz de persuadir e conquistar a simpatia do diretor da C.Ink antes.
Fala sério, não deve ser tão complicado assim vender um contrato de fidelidade de marketing no valor de quatrocentos e oitenta mil dolares... já fiz vendas maiores.

Algum tempo se passou desde a reuniao, eu já estava completamente aos nervos sem saber que fim daria a venda; se consegui ou não; se... sou interrompida pelo Sr. folgado, digo, Price.

- Srta Foster? Tem um minuto?

- Claro! O quê deseja? - Coloquei meu melhor sorriso de: Nao foda o meu emprego e entrei em sua sala.

- Estou pensando em sair para comemorar esta noite, a venda foi extremamente benéfica para a empresa e, principalmente, para a sua permanência aqui.

- Perdão mas, não conheço nada aqui além da Price's e da lanchonete da esquina de casa. - sorri.

-  Posso te mandar a localização.

Mordi levemente o lábio. Como vou dizer que não tenho ideia de como vou para lá?

- Certo. Talvez eu possa pegar um taxi.

-  E seu carro? - Questionou aleatoriamente enquanto envia alguma mensagem no seu celular.

- Eu não tenho carro.

- Como não? Está aqui a seis meses e ainda não foi atrás?

- Nem todo mundo tem o privilégio de ter tudo o que quer.

Ele para o que estava fazendo e olha para mim. Pela primeira vez, notei o quão intenso eram seus olhos castanhos. Havia algo diferente neles, mais... brando do que de costume.

Quando notei o que havia dito, acreditei estar completamente ferrada, mas para a minha surpresa, Noah, digo, sr. Price, me ofereceu uma carona até em casa, carona esta, que fui obrigada a aceitar.

- É aqui que você mora? Este lugar é bem...

- Eu diria aconchegante. - Ele passa a mão sobre os lençóis da cama e se senta. -  Sabe, srta Foster, talvez hoje você conheça um lado diferente de mim.

- Com todo respeito. Acho que já o conheço o suficiente para saber que vai me cobrar algo em troca depois.

- Eu não sou assim. Quer dizer... então é assim que você me vê?

- É como você se mostra para mim. Rude, mandão, desalmado e aproveitador. Você não dá nenhum ponto sem nó. Não é atoa que está onde está.

- Na sua cama? - engraçadinho.

- No topo. Como dono da Price's. Mas para você, isso deve ser facil... dificil deve ser se esconder atrás da familia.

- Que linguinha mais afiada, srta Foster. Gostaria de vê-la em ação de outra forma.

- Esta será a única forma.

- É uma pena. Você faria muito sucesso comigo nas reuniões no exterior.

- Está tentando me comprar com sexo?

Ele sorri da maneira mais gostosa que já ouvi. Aquela gargalhada saiu do fundo da alma.

- Eu não transo com assistentes. A última coisa que preciso é de um escândalo como esse.

- Que sorte a nossa, então...

****
Olá, Tudo bem?
Entaaao... eu bem que tentei deixar o capítulo muito maior... porém nao foi completamente possivel. Acabei me dando conta que dividir esta parte da outra, é a melhor maneira de se contar esta historia. De qualquer maneira, espero que gostem!!
Bjs 😙