2

700 73 4
                                    

Comecei a acordar ao perceber que não estava na minha cama. Rapidamente cheguei a essa conclusão porque estava abraçada a um corpo. Abri os olhos de uma vez e tudo o que aconteceu durante a madrugada passou na minha mente como um flash. Era oficial. Eu transei e dormi com Rodrigo, o irmão da minha aluna. E estava completamente enroscada nos seus braços. A luz da manhã invadia o quarto por uma fresta, relutando em atravessar a cortina de tons escuros. Tentei me livrar do abraço de Rodrigo sem fazer alvoroço, mas acabei acordando-o.

— Ai, que merda de dor de cabeça. – ele disse, ainda de olhos fechados, com a voz grave e rouca, quase um engasgo, mas que me foi tão excitante que senti algo dentro de mim se retorcer.

— Bom dia. – sussurrei ainda enroscada ao seu corpo.

— Bom dia. – ele gemeu e abriu os olhos, se afastando um pouco de mim.

Finalmente estava livre das suas garras.

O quê? – ele fez uma careta de incompreensão, arqueou uma sobrancelha e levantou os lençóis que nos cobriam, revelando nossa nudez, ainda muito próxima – Caralho.

— Preciso ir embora.

Definitivamente eu precisava ir embora. A expressão de Rodrigo demonstrava que ele não lembrava o que tinha acontecido. Estar nua, na sua cama, não sei a que horas da manhã de um domingo, sem que ele lembrasse o que fizemos, não podia ser mais constrangedor. Por outro lado, que bom que ele não lembrava!

— Espera, Cristina. – ele segurou meu braço antes que eu pudesse me levantar da cama arrastando o lençol.

— Não tem essa de espera. – puxei meu braço de forma brusca e saí da cama enrolada no lençol, deixando Rodrigo completamente nu.

— Caramba, mulher! Você parece um furacão arrastando tudo que está ao seu redor.

— Não tenho paciência para aturar gente de ressaca. E nem para explicar o que aconteceu para ressacados desmemoriados.

— O quê? Você acha que eu poderia esquecer aquilo? Só estou surpreso por ainda estar aqui. Eu esperava que tivesse fugido de fininho assim que eu dormi.

— Você foi olhar debaixo dos lençóis para conferir se estávamos nus.

— Eu só queria confirmar que tinha realmente acontecido e não foi um sonho. Não sou o tipo de pessoa que perde a memória quando bebe mais que o normal.

— Não importa, eu...

Rodrigo levantou-se da cama e silenciou-me com a imagem do seu nu ereto. Aquilo estava dentro de mim algumas horas atrás. Aquilo me fez sentir algo que eu jamais tinha sentido e nem imaginava sentir. Aquilo era ma-ra-vi-lho-so.

— Se quiser tirar uma foto fique à vontade. – ele riu.

— Hã?... Não! Claro que não! Que bobagem. – dei-lhe as costas.

Após se aproximar de mim, Rodrigo me abraçou por trás e beijou meu pescoço. Um pensamento passou pela minha cabeça. Rodrigo é um garotão. Um garotão enorme e incrível e que meu Deus do céu, me ajuda, mas ainda assim um garotão.

— Rodrigo, o que nós dois fizemos foi um...

— Não! – ele me interrompeu – Não diga que foi um erro.

Foi um erro.

— Merda, Cristina. Eu disse para dizer que não foi um erro.

Ele continuou beijando meu pescoço e segurou os meus cachos com uma mão enquanto a outra segurava o meu queixo. Arrepios me acariciavam e a região dolorida no meio das minhas pernas pulsava... Querendo mais... Pedindo mais... Mais de Rodrigo e do seu...

O IRMÃO DA MINHA ALUNA (VOL. 3 - SÉRIE OS IRMÃOS)Onde histórias criam vida. Descubra agora