20. ι rυn, rυn, rυn

9K 1.2K 862
                                    

Jimin gemeu, deslocando-se contra o saco de pancadas. O frio ar do porão se agarrava ao seu torso nu, fazendo-o tremer desconfortavelmente. Agarrado por qualquer aparência de calor.

Ele tinha sido algemado ao saco de pancadas por quase duas semanas agora, Minwo mal descendo o tempo suficiente para desencadeá-lo para usar o banheiro ou comer. Jimin implorava a cada vez, tentando fazer com que Minwoo visse a razão.

Mas Minwoo não disse nada: mandíbula impassível, olhos escuros, duros e implacáveis. Ele empurrava Jimin de volta contra o saco de pancadas, que pendia do teto em uma corrente grossa, e o trancava de volta, saindo sem uma palavra.

Jimin não podia se deitar. Ele não conseguia dormir. Ele não conseguia se esticar ou se mover bem, o saco de pancadas pendurado alto o suficiente para manter Jimin nas pontas dos pés. Mas pelo menos ele podia ver de novo, seus olhos negros quase curados. Pelo menos as contusões estavam desaparecendo.

As luzes também estavam acesas. Não tinha incomodado Jimin no início, mas ele nunca tinha percebido o quanto ele sentia falta da escuridão de uma boa noite de sono. Jimin pediu a Minwoo uma vez para desligar as luzes, e Minwoo as manteve fora por cinco dias, Jimin perdendo todo o sentido do tempo e do dia. A única maneira de diferenciar os dias era o horário de Minwoo, e mesmo assim ele não tinha certeza de como era preciso.

A testa de Jimin descansou contra o material frio do saco de pancadas, os braços esticados e trancados em torno dele. Ele bateu com a cabeça levemente contra ele até sentir uma dor surda tocando a parte de trás de seu crânio.

"Não faça isso, Min-ah", Jimin ouviu atrás dele.

Jimin endureceu, cabeça congelando. Suas mãos se cerraram em punhos, algemas apertando a pele de seus pulsos com o movimento.

Minwoo estava atrás dele, então, peito tocando suas costas. Cheirava a álcool. As pontas dos dedos levemente deslizaram para cima e para baixo nas costas nuas de Jimin, plumas e gentis. "Você é bonito demais para se machucar."

Jimin lutou contra as algemas, tentando virar a cabeça para que ele pudesse ver Minwoo, olhá-lo nos olhos. "Deixe-me ir", ele exigiu, a voz crua, baixa, rouca.

Minwoo enfiou o queixo no ombro de Jimin, pressionando beijos na curva do pescoço, as mãos curvando-se levemente para os lados. "Você não aprendeu."

Jimin bateu a testa contra o saco de pancadas novamente, um pouco mais forte. "Eu não teria ido para a casa de Jungkook se você não tivesse me chutado para fora. Eu não queria morrer."

"Essas são desculpas."

"Eu voltei para você. Voltei para você todas as vezes."

"Você me traiu, Min-ah", Minwoo sussurrou, o nariz roçando a curva de seu pescoço. "Estou fazendo isso porque amo você. Porque você pertence somente a mim. Você é meu."
(N/T Desculpa interromper mas não aguentem então porra Minwoo vai a merda)

Jimin sabia que não adiantava mais discutir. Ele balançou a cabeça, as pernas tremendo.

"Diga que você me ama", Minwoo perguntou, os dentes roçando a pele de Jimin.

Jimin permaneceu quieto.

Os dedos de Minwoo afundaram dolorosamente na pele macia dos lados de Jimin. "Diga que me ama."

Jimin não disse nada.

Minwoo suspirou, pressionando beijos mais ternos em seu pescoço e ombro antes de levantar, soltando as algemas. Jimin abraçou o saco de pancadas, a cabeça girando quando seus pés doloridos tocaram o chão. Ele aliviou seu peso em seus pés pouco a pouco até que ele estava de pé, sem olhar para Minwoo enquanto seu namorado se abaixava, pegando a comida que ele trouxe.

Love and Hate Sound Just the Same to Me || Jikook || {pt-br}Onde histórias criam vida. Descubra agora