Love and Hate Sound Just the Same to Me || Jikook || {pt-br}

46. spring day

Olha quem finalmente voltou!!! Me perdoem mesmo pela demora. Tantas e tantas coisas acontecendo, e sabem como é final de ano hehehe ainda mais que estou sem notebook :(

Mas sem delongas, hoje vai ser um dia especial porque traduzi os dois capítulos que a autora lançou de uma vez só pra vocês!

Fiquem bem acomodados, preparem seus lencinhos e o coração de vocês para esses capítulos! ~Chie

[...]

A lua, quebrou no sol. Esmagado e fundido e gritou através de implosões de si mesmo.

e Hayoon

q u e b r a d a

As pupilas eram meras alfinetadas quando ela coçou os braços e rasgou os cabelos, o sangue escorrendo pelo rosto por passar as unhas na testa. E o sol, o sol se foi. Se foi, e a lua também. Um não poderia existir sem o outro, afinal.

E Hayoon olhou para os restos de manchas de sol sobre a cama vazia do hospital. Olhou para aquelas folhas em branco enquanto se desmanchava, mente vazia, vazia de tudo, exceto por um frenesi enlouquecido e meio louco de lembranças.

Memórias de sangue e hematomas e hospitais.

E essa era sua implosão de si mesma. Este era o sol e a lua se destruindo. Esse era o fim dela.

e ela

q u e b r a d a

entre folhas vazias

onde sua outra metade costumava deitar.

_____________

Jimin chorou.

Chorou em seus braços, tremendo e tremendo, olhos inchados de calor e lágrimas, doendo de sal. Sal e turmalina, sua alma era sal e turmalina.

Porque Jisoo estava morta, sufocada apenas momentos depois que ela começou a falar. Morreu em questão de minutos, a enfermeira se afastando por apenas um segundo a mais. E o DNA de Jungkook estava por todo o corpo, mais uma vez. Nenhuma filmagem da câmera, mais uma vez. Jungkook enquadrado, mais uma vez.

E Jimin gritou fora de sua alma, porque era tarde demais.

tarde demais, tarde demais.

Malditamente tarde demais.

E depois de tudo, suas palavras não valiam nada.

porra de nada

Jimin passou a mão pelos cabelos, puxando os fios loiros desbotados até seu couro cabeludo doer. Enrolado no cobertor amarelo, o colchão no chão de seu apartamento cheirava fracamente a Jungkook. E Jimin chorou, agarrando-se desesperadamente aos restos de qualquer coisa que seu amor tivesse deixado para trás.

Não conseguia parar de pensar nas fotos de Jungkook, estampadas em todas as notícias. Quão vazio ele parecia, nem uma faísca deixada em seus olhos.

E Jimin não pôde deixar de pensar na tarde em que fugiu de Minwoo. O pico do seu desespero. O ponto mais baixo da sua maldita vida. E ele se lembrou de tentar fugir, apenas para ter Jungkook varrendo-o da cerca que ele estava tentando subir. Apenas para ter Jungkook sentado com ele enquanto ele se quebrava, seu domínio era a única coisa que mantinha Jimin em seu reino.

E Jimin lembrou-se de um Jungkook que não era tão escavado pelo mundo. Lembrou-se de um Jungkook cheio de luta, paixão e preocupação. E Jimin tentou voltar no tempo, tentou voltar a pensar no passado, naquele dia atrás da sorveteria. Faria qualquer coisa para abraçar Jungkook abraçar apenas mais uma vez.