Capítulo 11

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Sasuke suspirou ao sair do banho e se ver usando patéticas, na sua concepção, vestes em tons de azul claro e prateado. O sol se punha nas montanhas e junto dele, qualquer chance do elfo sentir o mínimo de empatia pela rainha. A imagem de Naruto chorando enquanto negava, praticamente implorando que não partilhasse de momentos que eram só deles com uma estranha, que não submetesse o seu corpo aos caprichos de uma soberana mesquinha, martelava a sua mente com muita força. Descobrira, naquele momento, que odiava ver o seu anão chorar e odiou ainda mais saber que fora Sasuke, forçado, que provocou aquelas lágrimas de tristeza. Que Eru lhe desse calma e paciência para não se tornar o elfo das trevas que todos julgavam.

Sakura apareceu usando apenas um roupão e ficou diante da cama, sorrindo de forma sedutora, porém não surtiu nenhum efeito em Sasuke. Pelo menos, não o deslumbramento que ela esperava. O elfo cruzou os braços ao ficar diante da rainha e viu o roupão cair, revelando-a totalmente nua. Sakura começou a desfazer os nós que prendiam a túnica do seu objeto de desejo e arfou ao tocar o peito nu.

-Quando terminarmos, vai me agradecer por lhe lembrar do verdadeiro prazer. - insinuou no ouvido dele antes de mordê-lo. Sasuke não disse nada, apenas retirou sua túnica e foi para a cama, desviando dos toques dela, para se deitar ali e esperar o dia amanhecer. - Não vai dizer nada?

Sasuke a fitou por alguns segundos e depois voltou seus olhos para a janela. Sakura riu desdenhosamente ao montá-lo e acariciou o corpo forte, observando a pele cinza e as marcas negras. Ela começou a beijá-lo e a tocá-lo onde queria e Sasuke, para realizar o desejo vadio, fechou os olhos para imaginar Naruto bem ali, nu e oferecido a si.

O primeiro momento foi complicado para a sua mente, porque não era um elfo dado aos relacionamentos, principalmente os da carne. Conseguiu dar o que ela queria, em tese pelo menos, posto que não se chegou ao fim em nenhum momento. Não alcançaria aquele momento inexplicável de êxtase sem o único que podia provocá-lo em si, mas conseguiu fazê-la para de gemer e de berrar.

-Não vai dizer que não gostou? - ela estava entre os lençóis, balançando as pernas no ar. Sasuke estava sentado na cama, de costas, observando o horizonte pela janela. Tinha que aguentar. Por Naruto. - Ah, vamos lá, se solta, Sasuke. - ela veio para si e o abraçou por trás. - Posso te dar prazer tanto quanto aquele anão idiota. E se não pode se separar dele, eu o tranco na masmorra para o resto da vida.

Continuou quieto, apertando os punhos como forma de dar vazão a sua raiva. Enquanto ela tagarelava o quanto era maravilhosa e se declarava apaixonada há séculos por ele, Sasuke enviou sua mente para Naruto, que continuava perturbado. Suspirou ao vê-lo encolhido num canto, tentando se distrair ao contar as folhas da grama sob seus pés. Soprou-lhe um beijo no rosto e acabou por sorrir internamente ao vê-lo surpreso, porém calmo por sentir que era ele bem ali consigo. Sasuke o abraçou e sussurrou que tudo ficaria bem se ele continuasse paciente e quieto, sem fazer nada.

Abriu seus olhos quando teve certeza que a dor em sua nuca diminuíra, pois ela representava a tristeza que Naruto sentia. Sakura ainda se declarava e agora lhe beijava o corpo, tentando excitá-lo. Sasuke respirou o mais fundo que pôde e soltou o ar devagar, muito devagar, mantendo o controle.

-Já que está bancando o difícil, eu serei difícil também. - ela o fez deitar e o montou de novo. - Vou trancafiar o seu anão aqui, para sempre, e se não fizer o que eu quero, eu o mato. - sorriu. - E da pior maneira que existir nessa vida. O que me diz?

Sasuke encurtou o olhar e sorriu de maneira sádica, sentando-se lentamente na cama.

-Eu te digo que se não calar a boca e cumprir com sua parte do acordo, sem tocar em Naruto sob nenhuma circunstância, vai entender de uma vez por todas por que ninguém entra na minha floresta.

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