Recomeço

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O trabalho hoje estava a ser bastante cansativo, com o natal a chegar as pessoas começavam a aparecer para pedir bolachas caseiras ou bolos enfeitados, era uma correria.

Como o meu pai nesta altura gostava de gastar um pouco mais quis ter a certeza que não teríamos problemas depois, então estava a fazer mais turnos do que o suposto nos últimos tempos. 

Já era de noite e fazia um frio enorme, despi o avental e saí para a rua gelada, com um casaco verde escuro que me cobria por completo. 

Finalmente, estava completamente farta de trabalhar. 

Alguém tossiu atrás de mim (de propósito) e virei-me dando de caras com o Brand, ele estava UAU!

Sem dúvida ele era o homem mais atraente à fase da terra, mas vê-lo com um sobretudo preto e de gorro fazia-me literalmente querer saltar-lhe para cima.

Estava adorável, palavra que nunca imaginei usar para descrevê-lo. 

-Caralho como estou nervoso! - ele esfregou as mãos pelo frio e veio até mim a sorrir. 

-Estás nervoso porquê? - a minha curiosidade era terrível. 

-Porque te vou levar a sair e tu provavelmente vais adorar. - ele voltou a sorrir de forma convencida 

Não resisti e ri-me também. 

-Então o nervosismo? - perguntei divertida. 

-É porque não quero que adores, quero que implores por mais pequenina. - voltei a rir-me. 

Bem... se ele está a pensar levar-me a sair, diria que hoje não sou a melhor companhia, estou cansada e ligeiramente irritada, mas talvez seja exactamente disto que eu preciso para mudar o dia. 

-Não estava à espera que aparecesses aqui, nem que fosse hoje... não estou nada bem vestida! - olhei para baixo, a camisola era demasiado larga e as minhas calças tinham uma nódoa. 

-Estás óptima para o sítio que vamos. - ele observou-me como um leão a olhar para a sua presa.

Não olhes assim para mim, não olhes assim para mim!

-Talvez só te falte isto! - ele estendeu-me um gorro bege e sorri automaticamente com o gesto. 

Ele pensou mesmo em tudo!

-Onde é que vamos? - de novo a minha curiosidade. 

-Achas mesmo que te vou dizer? 

-Mas Brand... - comecei a falar, mas ele deixou-me sozinha e foi para a mota. 

NEM PENSAR, PORRA NÃO NÃO NÃO NÃO!

-Eu não ando aí, nem hoje, nem amanhã, nem nunca! - abanei a cabeça várias vezes. 

-Sempre podes ir a pé, mas duvido que com este frio chegues viva mesmo a casa. - amaldiçoei-o de todas as maneiras possíveis quando percebi que tinha razão. 

Sentei-me atrás dele e segurei-o com força e como era bom tê-lo tão perto. 

O frio já não existia quando estava ali tão perto do corpo dele ao som das músicas dos bares, das luzes da cidade e do toque com o vento. 

                                                                                              *

Eu não conhecia o caminho, mas sabia que estávamos a ir para o centro da cidade, um espaço muito agitado. 

Choque frontalOnde histórias criam vida. Descubra agora