FIM!

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Às vezes esquecemos-nos do quão bom é amar, da sensação de abraçar alguém pelas costas e sorrir com a surpresa da mesma, de adormecer e pensar na sorte que temos por essa pessoa existir.

Toda a minha vida pensei que não ia encontrar essa pessoa.

Pensei que era um mito. Que o amor era suposto ser confortável e nada mais. Nada de complexo como faziam parecer nos filmes e livros de romance.

Com o Brandon aprendi que o amor é o sentimento mais complexo do mundo. E que dói, dói tanto... dói ao ponto de nos questionarmos sobre tudo.

Quando o vi no chão depois de ser esfaqueado, senti a dor dele. Senti-me inútil, estilhaçada como uma garrafa de vidro ao qual esqueceram-se de ler a embalagem: Frágil, cuidado.

Tentei fazer com que fosse embora, tentei fazer com que me deixasse ali porque sabia que o Harry ia magoá-lo, mais tarde ou mais cedo, mas ele não me ouviu. Bastou um olhar, um simples olhar para perceber que estava a mentir, que estava a protegê-lo.

Queria correr para ele, queria chorar, queria gritar, queria fechar os olhos e pedir que fosse um pesadelo.

Só um pesadelo... pedi várias vezes. Mas era verdade.

E quando olhou para mim como se fosse a última vez, vi guardado no Brandon todos os meus sonhos e sem saber, tentei decorar cada detalhe do rosto dele.

-Não desistas de mim amor, não desistas de nós Brandon! - gritei em lágrimas.

Havia ajuda, vozes.

O Tevin e o pai do Harry tinham entrado, os meus gritos podiam ser facilmente confundidos com uivos. Uivos de pura dor. Mas agora havia esperança.

Havia esperança e não ia desistir. Porque desistir significa desistir do Brandon e nunca faria isso.

Instalou-se uma grande confusão com o Harry e com o pai, ouviam-se sirenes a chegar e o meu olhar gelado estava no rapaz deitado no chão a observar a cena confuso.

Aconteceu tudo muito rápido e um último grito saiu da minha boca antes de o Harry atirar no pai. O Brandon tentou alcança-lo, a polícia entrou e prendeu o Harry que estava em choque e o Tevin solta-me e prende-me num abraço. Não desvio o olhar um único segundo.

E oiço o senhor Portman.

-Desculpa não ter estado lá para ti filho, espero que me perdoes.

*

-Brandon, Brandon! - empurrei as pessoas à minha frente.

Havia tanta gente, os nossos amigos tinham chegado todos e correram na minha direcção. Mas agora isso não me importava.

-Alice espera! - a Jane gritou.

Pareciam todos tão cansados, tão... desfeitos.

-Desculpe mas a senhora agora vai ter que esperar. Para além disso a polícia vai querer falar consigo.

Choque frontalOnde histórias criam vida. Descubra agora