Capítulo 8 - Visco.

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Ao longe escutei o relógio começar a badalar o sino! Isso me fez abrir os olhos e olhar dentro dos olhos de Ryan.

Ele esbanjou um sorriso e meus olhos se encheram de lágrimas, enquanto eu balança a cabeça em sinal de não!

- Feliz Natal! - Ele sussurrou dando um beijo em minha testa.

Voltamos a nos olhar e eu senti uma luz vindo de meu pulso e eu o levantei, olhando para a pulseira e o último pingente, o visco, começou a soprar como pó, enquanto a luz emitida por ele se dissipou.

Eu abracei Ryan ainda com mais força e fechei meus olhos.

Eu agora só tinha 24 horas ao lado dele, depois disso ... tudo chegaria ao fim.

- Dove e Ryan? vocês podem ir. - Disse um policial chegando sutilmente e meio sem graça.

Ryan e eu o olhamos.

- Não precisamos ir até a delegacia?
- Hoje é Natal, falamos sobre isso no dia 26, mas por agora, vão ver a família de vocês, conte-os que está tudo bem e aproveitem.
- E a cafeteria?
- Vamos interdita-la, vai ficar tudo bem!
- Entendi.

Ryan e o policial conversavam, enquanto Jack e Cal se aproximavam.

- E o Luke? - Perguntou Jack.
- Não se preocupem com isso. Ele será preso, mas o que eu quero mesmo é que vocês vão aproveitar o Natal!- Disse o policial.

Segundos depois, Ryan e os meninos se despediram do policial, agradecendo e desejando a ele e a sua equipe boas festas.

Era traumatizante tudo aquilo e passar por tudo novamente. Eu não sabia de onde eu havia tirado forças.

Dessa vez tudo havia sido diferente, Ryan estava ali comigo e ele não foi morto pelo o Luke.

Então, será que isso faria com que ele ficasse dessa vez? Será que de certo modo o milagre de Natal era esse?! Mudar o que aconteceu no passado para que ele ficasse?!

Perguntas e mais perguntas sem respostas, era o que pairava em minha mente, até sermos recebidos na casa de Olga por todos.

Eu fiquei toda a viagem até a casa de Olga deitada no peito de Ryan, paralisada, presa dentro dos meus próprios pensamentos.

Foi uma grande comoção, quando todos nos viram chegar dentro do carro da polícia.

Olga veio aos prantos em felicidade abraçando Cal e Jack, enquanto Jordan agradecia a Deus e abraçava a mim e ao Ryan.

Foi uma grande troca de carinho ali mesmo na calçada, mas por um lado eu estava bem, estava aliviada desse pesadelo ter acabado. Novamente!

Cal olhou seu irmão parado na porta e correu para abraçar Carlos, que espremeu os lábios e retribuiu com um forte abraço.

Enquanto Jordan me fazia mil perguntas sobre o que tinha acontecido, Ryan observou Jonas parado na porta e foi até ele.

- Hey, Carinha. - Disse Ryan se aproximando.

Jonas apenas consentiu com a cabeça e sorriu.

- Tenho que te agradecer, por ter me avisado sobre o Luke.
- Que isso! Não precisa agradecer. Eu nem sabia ao certo que era ele.
- De qualquer forma Jonas, você achou que era algo importante e não escondeu. Sendo assim, eu devo a você a vida da Dove e do meu filho.
- Ryan ... para. É sério. Eu só fiz o que qualquer pessoa faria.
- Eu sei ... mais uma vez obrigado e olha, eu sei como é difícil pra você ser um filho adotado, mas ... acredite seu pai, nunca te abandonou.
- Espera ... como você sabe? ...

. um conto de natal . // make you stay Onde histórias criam vida. Descubra agora