"Nem vou culpar o tempo por essa bagunça se foi eu quem deixei a janela aberta então é minha culpa..." meu amores vão com calma que a coisa aqui ta pegando fogo, capitulo um tanto curto, mas é o ponto que queria chegar e pra compensar a demora já vou escrever o próximo!!! Beijos e até mais tarde!!!!
− Eu não vou lutar para sempre por você, Victória! – ele falou serio.
− Eu não pedi que lutasse por mim em momento algum, Heriberto! – falou se arrependendo no segundo seguinte, mas já estava dito e ela pode ver a decepção atingir um alto grau nele.
Ele assentiu e apertou os lábios sentindo uma grande vontade de chorar e sem dizer mais nada ele saiu daquele banheiro e pegou o resto de suas coisas, ela ficou parada no mesmo lugar sem forças para se mover e apenas ouviu o barulho da porta bater e o momento que tinha sido preenchido pelo amor deles, novamente estava vazio...
(...)
UMA SEMANA DEPOIS...
Foi à pior semana para Heriberto que se afundou no trabalho para esquecer as palavras de Victória, para esquecer as horas de amor trocadas para que no final ela arruinasse tudo, proibiu que Joyce fosse a casa dela e ela somente conseguia ver Enrico na escola o que deixou Victória um pouco abalada por não poder vê-la, mas entendia já que tinha sido ela mesma a mandá-lo embora mais uma vez de sua vida e depois de terem feito amor como antes, de terem se entregado e deixado que seus corpos fossem novamente um do outro e selando aquele destino que era tão incerto quando se tratava dos dois.
João ate tentou ajudar o pai, mas Heriberto o proibiu de chegar perto de Victória e se o fizesse iria se ater as consequências e João achou melhor deixar o assunto esfriar já que não sabia o que tinha se passado entre os dois para que o pai tomasse aquela decisão de proibi-los de estarem próximo a ela ou a qualquer um que fosse próximo a Victória. Victória por sua vez mesmo que estivesse inquieta seguiu sua rotina tranqüila não demonstraria sentimentos algum por ele que não merecia depois de tudo mesmo achando que estava de certo modo errada, mas não daria seu braço a torcer.
Naquela tarde ela andava pela sua casa de modas com o celular na mão, tinha um desfile importante e esperava uma ligação de Pepino que tinha saído atrás de uma modelo numa agencia e que ele julgava ser a estrela para aquele desfile tão importante, passou pela secretaria que a avisou que ela tinha visitas e ela estranhou já que odiava atender alguém se não tivesse hora marcada. Entrou na sala e olhou a jovem de cabelos longos e negros como os seus a admirar a vista da janela.
− Em que posso ajudá-la? – falou firme ainda da porta.
Ela se virou e seu rosto mostrou todo seu nervosismo, sentiu que poderia vomitar ali na presença da grande Victória Sandoval, ela respirou pesado e deu alguns passos ficando frente a mesa dela, tinha uma pequena bolsinha com a imagem da virgem desenhada nela que não passou despercebido por Victória que a analisava minuciosamente como sempre fazia com as jovens que ali apareciam com o sonho de ser modelo. Os olhos vivos e de uma pureza que não se via em qualquer pessoa, as roupas um tanto inferiores as outras meninas que ali apareciam.
Caminhou até sua mesa percebendo que ela estava paralisada em sua presença e ela foi virando o corpo lentamente a seguindo com os olhos, Victória deu um meio sorriso e sentou em sua cadeira deixando seu celular sobre a mesa e a encarou mais uma vez com a mão embaixo do queixo.
− O gato comeu sua língua? – deu um meio sorriso para o jeito dela e pode ver os lábios dela tremer quando ela os abriu para falar.
− Me desculpe é que eu estou nervosa! – arrumou os cabelos atrás da orelha.
Victória sorriu e estendeu uma das mãos mostrando que ela poderia sentar e ela o fez.
− Quer uma água? – não mostrou indiferença porque sabia que causava esse efeito nas pessoas e ela assentiu com a cabeça. – Luci, traga dois copos com água fresca, por favor! – falou pelo interfone e a secretaria confirmou e ela voltou seus olhos a ela. – Qual seu nome?
− Maria Desamparada! – a voz saiu num fio.
Victória sentiu o impacto daquele nome e se tremeu todinha, não tinha ninguém a seu lado que pudesse lembrar o nome de sua pequena menina, mas ali diante daquela menina ela se sentiu fraquejar e respirou com força fazendo Maria se alarmar com a reação dela.
− A senhora está bem? – falou preocupada.
Luci entrou com as água e deu a elas duas e logo se retirou, Victória tomou a sua num gole só basicamente enquanto a encarava bebericar de seu copo um pouco mais calma, respirou fundo depois de deixar o copo sobre a mesa.
− O que te trás aqui? – não falou o nome dela.
− Eu vim tentar uma vaga de modelo com a senhora, João me disse que a senhora era uma boa pessoa... – mordeu o lábio.
− João? – elevou uma sobrancelha.
− João Rios Bernal! – arrumou novamente os cabelos.
Victória sentiu aquilo como um tiro, mal conhecia João, mas ele já tinha se achado no direito de indicar uma menina para a sua agencia? Ele era como o pai mesmo e não tinha limites, mas isso não iria ficar assim, aquela família passava dos limites.
− E desde quando esse moleque entende de moda? – foi rude e Maria se tremeu por completo com a voz dela.
− Ele apenas me disse que a senhora era uma boa pessoa e que me testaria... – falou se arrependendo já de estar ali.
− Aqui não é casa de caridade pra um moleque que nem entende de moda se achar no direito de indicar alguém! – ficou de pé. – Quem ele pensa que é? Abusado! – tinha mudado totalmente seu humor somente em ouvir o sobrenome.
Não era algo com a pobre Maria, mas sim com quem a tinha mandado ali e sua cabeça trabalhou em tantas suposições e ela pensou até que Heriberto também estivesse por trás daquela jovem como uma tentativa de aproximação e seu rosto foi ficando mais vermelho.
− Você conhece, Heriberto? – perguntou logo.
Maria estava tão nervosa que a respondeu tão rápido que só se deu conta depois que falou.
− Sim ele é o meu namorado!!!!!! – e Victória ficou branca com os olhos arregalados...
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BEIJO NA VARANDA - TDA
AdventureNem vou culpar o vento por essa bagunça Se fui eu que deixei a janela aberta Então é minha culpa ai ai E já que entrou na minha vida, leve é toda a sua Quero aquele beijo de varanda e a lua de testemunha...