Silence

21

Jungkook p.o.v.

Já eram quase férias de verão e já se passou algum tempo desde o dia do julgamento de Ryung. O meu sangue ferveu o tempo todo por me lembrar dele a maltratar o meu namorado e pior, quando o meu anjinho ficou mal mais uma vez por causa daquela criatura.

Porém não pude fazer nada senão acalmar os seus nervos e prometer que não deixaria Ryung fazer lhe mal.
Garanti que não o deixava sozinho nunca e na escola quando eu não podia estar com ele Hoseok, Yoongi e Tae tratavam de fazer companhia ao meu namorado.

Eles estavam mais próximos de Jimin e isso era bom, ele não me tem só a mim agora para o proteger e ajudar.
O que me preocupa ainda são os pesadelos que o meu namorado tem às vezes.

Como nem sempre durmo com ele por vezes ele acorda e vem aflito ter comigo. Quando tem os pesadelos quando eu durmo com ele, acorda sobressaltado todo encharcado em suor. Por vezes chega a gritar e a ter espasmos com o corpo.

Conversei com Jin e ele disse que era normal para eu não me preocupar que Jimin estava a tomar medicação para ajudar nessas situações.
Com o tempo essas coisas foram ficando mais calmas e menos frequentes.

Este dia era o dia da semana em que eu e Jimin não tínhamos aulas à tarde então decidimos ir dar um passeio pelo parque. Caminhávamos tranquilos até que ouvimos um rapaz a falar muito mais alto de que devia. Aceleramos o passo até mais à frente e percebemos que o rapaz estava a gritar com uma rapariga que deveria ser a sua namorada.

Ela estava sentada num banco à frente do rapaz e olhava para baixo enquanto ele gritava violentamente com ela chegando a dar pontapés no banco. Assim que tomei consciência do que se passava senti raiva e dor dentro de mim e fui incapaz de não ajudar a rapariga.

Na minha mente eu lembrava-me do que Ryung fez a Jimin e da sua agressividade tanto com as palavras como em ações. O meu corpo ficou muito tenso e foi tudo tão rápido que não tive tempo de pensar, apenas de reagir.

Cheguei a tempo de lhe agarrar a mão ainda no ar antes que ela fosse parar onde não devia e Jimin correu para ao pé da menina que estava ainda mais assustada e continuava com a cabeça baixa.

-Precisas de ajuda? Quem precisas que eu chame? -ouvi Jimin conversar com ela enquanto eu tentava segurar o rapaz. 
-Eu só quero desaparecer, não adianta fazerem nada ele vai sempre perseguir me.

-Isso não é verdade, ele quer que te sintas presa como se nada fosse adiantar pois não quer que tu contes a ninguém. Tu não estás sozinha, vem comigo. -dizia Jimin, ele ouvia atenta mas estava receosa em confiar e ir com ele. Ela ainda chorava assustada.

O rapaz estava preso por mim enquanto me olhava espantado e irritado por um estranho o estar a agarrar. Quando viu que a rapariga se  levantou soltou-se de mim tentando agarrar a rapariga mas como Jimin estava á frente dela, as suas mãos foram parar a ele. O meu sangue ferveu.

-Não te atrevas a tocar no meu namorado, nem nela nem em mais ninguém estou farto de gente como tu! Eu agarrei o pelos braços mas ele tentou acertar-me então fomos parar ao chão onde eu o imobilizei com as técnicas que aprendi no judo quando era mais novo.

Jimin e a menina correram para encontrarem alguém que pudesse ajudar e por sorte acharam um polícia que nos veio ajudar. A rapariga falava ao telefone com os pais pelo telemóvel de Jimin, uma vez que o namorado lhe tinha tirado o dela.

O agente da polícia tirou me de cima do rapaz e agarrou o para que o mesmo se acalmasse e não me acertasse já que ele estava muito enervado comigo. O polícia então chamou reforços  e seria apresentada uma queixa contra o rapaz.