Here

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Aqui estou!! Bateram a meta de estrelinhas!! 🌟🌟🌟

Vocês são uns anjinhos!!

Novo capítulo saído direto do forninho Now United!!

Não esquece da estrelinha!! 🌟🌟🌟

Sabina Hidalgo

Quando Sofya entrou no quarto, eu já estava virada pro canto, mas ainda sim, ela sentou na minha cama e com jeito, deitou a minha cabeça nas suas pernas, acarinhando meu cabelo sem dizer nada, sem me questionar nada.

Não me lembro se eu a agradeci em algum momento, porém não posso deixar de destacar o quão grata eu fiquei por ela estar ali, simplesmente estar, em silêncio, me ajudando com a minha dor sem uma palavra sequer. Sofya realmente merece o mundo.

Não sei em qual momento, mas as suas carícias somadas ao choro incessante me fizeram cair num sono profundo. Acordei já se passavam das três da tarde, Sofya estava deitada na outra cama lendo um livro russo e Joalin estava sentada na cadeira aos pés da minha cama mexendo no celular. Esfreguei os olhos antes de me sentar, sentindo meu corpo bem mais revigorado que durante a manhã.

_ A Bela Adormecida acordou. - Sofya brincou fechando o livro e sentando na cama.

Sem que eu me desse conta, um pequeno riso me escapou.

_ Nah. A Bela Adormecida dorme como uma princesa, eu durmo e pareço uma ogra. - rebati sem perder o humor. - Enzo veio aqui? - perguntei me lembrando que o italiano tinha saído pra comprar um teste pra mim.

Joalin ergueu os olhos do celular por breves segundos, me olhando estranha, mas acho que ela percebeu o que fazia e voltou a encarar a tela do aparelho. Não dei muita bola porque não tinha chance dela saber o que eu estava fazendo. Coloquei meus pés pra fora da cama e levantei rumando ao banheiro.

Tirei minha roupa e parei na frente do espelho, virando-me de lado para certificar que a minha barriga estava do tamanho de sempre. Nunca tinha realmente cogitado a possibilidade de ser mãe. Claro, era um dos meus sonhos, mas nunca, nunca tinha soado tão real.

O medo me pegou de jeito ao pensar que teria um ser dependendo de mim pra tudo. Puta merda. Eu não estava pronta pra ser mãe não. Okay, eu dei uma leve surtada depois de me dar conta disso.

Sentei no vaso desesperada, as minhas pernas não estavam funcionando muito bem. Um bebê. Era um pouco improvável, mas ainda sim, possível. Eu não posso ser mãe. Foi a única coisa que me passou pela cabeça.

Novamente o choro surgiu e eu me deixei levar. Abri a ducha e chorei debaixo da água, ao menos assim eu não tinha certeza do que era choro ou água. Num momento de loucura, eu coloquei minha mão sobre meu ventre e acariciei.

Não importava se para o mundo eu era nova, ou se meu bebê teria pai, se existisse uma vida ali dentro, eu cuidaria dele com todo meu amor, lhe daria todo meu carinho, e lutaria para fazer por ele - ou ela. - o que meus pais fizeram por mim.

Depois de me conformar com a ideia de ter uma vida dentro de mim, eu desliguei o chuveiro e me enrolei na toalha que achei no armário do banheiro. Parei na frente do espelho e me analisei novamente, medindo minha barriga minuciosamente. Acabei chegando na conclusão de que não tinha crescido nada, mas talvez fosse porque o bebê ainda era uma sementinha de mostrada. Larguei a mão de me analisar no espelho e abri a porta dando de cara com nada mais e nada menos que Enzo deitado na minha cama usando o celular como se fosse o dono do quarto.

_ Pensei que tinha morrido lá dentro. - ele falou ignorando a minha presença.

_ Quem deixou você entrar? - retruquei mal humorada, prendendo a toalha ainda mais ao redor do meu corpo. Só então Enzo pareceu se tocar que eu estava só de toalha. - Hey, para de me encarar.

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