Enzo's true

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mais um dos q ficaram pra trás ----

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Andei por todo o hotel procurando por Sabina, tentei o quarto dela primeiro, óbvio, mas Sina disse que a mexicana mal tinha ficado por lá. Também não adiantava mandar mensagem no celular dela porque ela simplesmente não estava me respondendo. Certeza que estava fugindo de mim por causa da Bianca.

Rodei pelo lounge várias vezes, antes de ir parar no guichê de informações e perguntar pra moça do atendimento onde eu poderia encontrar um lugar silencioso pra ficar sozinho.

Mesmo me olhando estranho, ela informou que tinha um jardim no décimo quinto andar que era pouco frequentado por ser escondido dos hóspedes que não frequentavam outros andares além dos seus. Demorei tão pouco pra chegar lá que quando bati os olhos nas duas pessoas sentadas sob a luz da lua cheia e do céu estrelado, desejei demorar mais.

Sabina e Álex dividiam um banco e conversavam animados. Uma sensação ruim me atingiu, pensei em dar meia volta e ir embora, mas foi bem na hora que o Álex virou o rosto e me viu pelo canto do olho. Ele sorriu e me convidou a aproximar com um gesto, atraindo a atenção de Sabina.

Tentei ignorar o fato do sorriso dela ter morrido assim que me notou andando pra perto deles. Ela remexeu desconfortável, sem me olhar nos olhos. Alguém estava realmente me ignorando.

_ Perdido também? - Álex perguntou esbanjando bom humor.

_ Algo assim. - respondi custando a tirar os olhos de Sabina.

_ Perdido na mente? - ele perguntou divagando e completou antes que eu tivesse chance de responder. - É o mais perdido que podemos estar.

_ Perdido talvez não seja a palavra. - avisei me sentando ao seu lado, na ponta do banco. - Confuso combina melhor.

_ Bianca é um furacão. - ele riu descaradamente.

_ Tão desejada quanto um furacão, isso sim. - retruquei amargo, ganhando um afago nos ombros, seguido de uma risada alta.

_ Não pareceu que ela rejeitada todas as vezes que transou com ela. - Sabina falou serenamente.

Engoli seco, puta merda.

_ Não sei o que soube, mas preciso dizer que não foi exatamente assim. Não é como se eu tivesse pedido ela em casamento e lhe prometido uma dúzia de crianças. Transamos algumas vezes, não tenho porque mentir, mas eu não enganei ninguém, não fingi algo que não poderia cumprir.

_ Sempre tentando se safar. - Sabina bufou audivelmente.

Álex estava com o queixo no chão.

_ Puta merda. - ele xingou baixinho, interrompendo a pequena troca de palavras que eu tinha com a Sabina. - Como eu pude ser tão cego? Estava tão claro que nem sei como não percebi isso.

_ Ou, pode parar de divagar. - Sabina acertou um peteleco na orelha do rapaz.

_ Porra, cê bate forte. - Álex reclamou acariciando a orelha que foi acertada pelos dedos da mexicana.

_ Lógico, você fica aí divagando do nada e falando nada com nada. - ela deu de ombros, explicando o motivo pelo qual ele mereceu apanhar.

_ A culpa nunca é da vítima. - Álex se defendeu, mas cobriu as orelhas quando a garota ameaçou lhe acertar outro peteleco. O espanhol olhou pra mim e depois pra Sabina, rindo em seguida. - Sério mesmo que vocês transaram e não contaram nada pra ninguém?

_ Como pode supor isso? - Sabina tentou distrair o rapaz, mas Álex a olhou ceticamente e ela calou a boca.

_ Nem coragem pra negar vocês tem, né. - Álex riu divertido. - Quem além de mim sabe?

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