Capítulo 53

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Narrador: Gaara

O barulho do tiro dentro daquela casa ecoou por todo local, mil e uma possibilidades surgiram na minha mente e não conseguia desviar o olhar da porta por onde ele havia levado-a

- Avancem! - ouço a voz do meu pai em meio ao silêncio torturante e os agentes preparam-se para invadir a casa

Em meio a confusão das pessoas que rodeavam o lugar curiosas e preocupadas bem como os policiais que cercavam o perímetro impedindo-as, corri até a porta principal entrando logo após os agentes que espalhavam-se pelo lugar espaçoso inspecionando

Ando um pouco mais e solto a respiração que nem sabia que estava segurando ao ver a Ino, aproximo-me e vejo o corpo do bombista bem a frente dela, um agente verifica o pulso do mesmo e nega com a cabeça para o médico legista acabado de chegar enquanto um outro agente tira cautelosamente a arma das mãos da Ino que não tirava o olhar do corpo já sem vida

Logo calculei o que havia acontecido e fui até a Ino envolvendo o seu corpo trêmulo e gélido num abraço, demorou algum tempo até ela corresponder e conseguir tirar o olhar do corpo que ainda estava a ser examinado

- Eu matei-o... - ela sussurra com a voz falha claramente assustada

- Está tudo bem, foi em legítima defesa - tento acalma-la

- Não... Eu nunca quis fazer isto - ela diz escondendo o rosto no meu ombro e sinto as suas lágrimas molharem levemente a minha camisa, devido a aproximação dos nossos corpos consigo sentir os seus batimentos acelerados e acaricio o seu cabelo  sentindo o meu peito doer, fazia o que fosse preciso para ela não ter de passar por tudo isto

- Eu sei - digo fechando os olhos por segundos e ouço o seu choro baixo, ficamos assim por alguns minutos até o meu pai vir até nós

- Gaara eles precisam levá-la por um segundo - ele pede e olho os para-médicos a sua trás - Não te preocupes é apenas para checar se está tudo bem com ela - ele garante e solto levemente a Ino que olha-me assustada

- Está tudo bem - sussuro garantindo só para ela ouvir enquanto limpo o seu rosto e deposito um beijo na sua testa antes dela sair com os para-médicos até a ambulância lá fora

- Ela vai ter de ser interrogada daqui a pouco - o meu pai diz ficando do meu lado enquanto observo a Ino sair e volto o meu olhar para ele

- É bastante óbvio que foi legítima defesa - digo e ele acinte

- Sim, isso é certo. Mas ela esteve com ele por três dias, precisamos saber de toda informação que ela possa ter, temos que garantir que ele não tinha nenhum parceiro que devemo-nos preucupar ou se não há uma outra bomba por aí. É o procedimento. - o meu pai explica e suspiro

- Eu sei, mas depois de tudo que aconteceu têm mesmo de levá-la para uma delegacia? A única coisa que ela quer agora e ir para casa e tentar esquecer que isto aconteceu. - digo e ele analisa por alguns segundos

- Amanhã falámos com ela - ele diz por fim antes de sair e acinto

Caminho para fora daquele lugar  e vou até a ambulância no estacionamento onde a Ino acabava de ser examinada

- Estás bem? - pergunto depois dela vir até mim segurando de leve no seu rosto

- Só tenho alguns ferimentos ligeiros... - ela diz fitando o nada e passo o polegar de leve pelo pequeno curativo na parte esquerda de baixo do seu rosto cobrindo o pequeno corte, não iria perguntar como, quem ou porque haviam sido feitos, certamente não deve ser algo que ela queria lembrar-se e apenas iria aumentar a minha raiva e a vontade de acabar com quem tenha o feito, e isso seria impossível caso fosse o bombista agora morto. - O que vai acontecer agora? - ela pergunta baixo capturando a minha atenção antes presa a analisar cada detalhe do seu rosto

𝐄𝐦 𝐊𝐨𝐧𝐨𝐡𝐚 / 𝐧𝐚𝐫𝐮𝐭𝐨. ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora