The cruise - Capitulo 8.

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P.O.V. Amy Santiago


Colocar a escuta no Jake foi perfeito, eu sabia que ela seria necessária em algum momento, porque Suárez e Laila estavam caindo demais no plano, eles não podiam ser chefes de algo tão grandioso e serem tão burros para se entregarem com tanta facilidade.


Sabia exatamente o que devia fazer, mas eu não tinha a informação de qual era o quarto em que o Suárez e o Jake estavam, a única coisa que eu tinha era aquela porta do salão dos livros. Checar aquele lugar estava anotado como uma das prioridades, talvez alguma mulher pudesse estar lá.


O que eu definitivamente não podia fazer era pedir ajuda de qualquer pessoa que trabalhasse nesse cruzeiro, porque eles nos forneceram todas as informações que precisávamos, eram os únicos que sabiam que eramos policiais. Óbvio, que foram eles que fizeram o Suaréz tomar nota disso também.


Era apenas eu.


Garanto olhando as câmeras de que a Laila ainda não havia saído do quarto para vir até mim, então com a arma em um local fácil de retirar, eu sai do quarto olhando atentamente para cada canto.


Os corredores estavam um tanto vazios, por conta do evento que acontecia no salão de festas, então isso facilitava um pouco a minha transação.


Desci as escadas rapidamente e fui até a sala dos livros. Tirei minha arma do coldre e fui até o local que o Jake havia me indicado. Respirei fundo e empurrei o baú com o pé, liberando a porta totalmente. A mesma estava trancada, mas isso não era nada.


Olhei ao redor da sala para garantir que estava sozinha e quando fiz isso, guardei arma de volta e puxei meu grampo de cabelo. Poucos sabem, mas quando nos tornamos policiais, vários cursos nos são oferecidos e eu não falhei ao ir em um dos cursos de escape.


Rodei meu grampo devagar e destranquei a porta. Peguei minha arma e abri a porta.


Meus olhos se arregalaram com o que eu vi, minha boca se abriu de espanto e eu fiquei alguns segundos paralisadas.


- Eu vou soltar vocês. – disse.


Haviam duas meninas com os punhos amarrados. Ambas estavam jogadas numa espécie de sala que continha apenas um colchão e ao meus olhos, nenhuma câmera.


Me abaixei rapidamente e cortei as cordas com uma faca que eu também carregava comigo. Quando eu as soltei, pude ver o alívio brotando em seus rostos.


- Obrigada, muito obrigada. – uma das garotas falou.


- Quem colocou vocês aqui?


- Uma garota, ela disse que iríamos trabalhar nas Bahamas como modelos e quando aceitamos, nos trouxe aqui. – a outra explicou. – Mas um homem apareceu e nos amarrou.


Suaréz.


- Como era esse homem?


Talvez possa ser o infiltrado do cruzeiro.


- Alto, loiro, meio forte e ele tinha uma cicatriz na mão. – a loira contou e eu assenti.


The cruise. | peraltiago. [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora