oito

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São neste momento 17h e eu estou na fila quase a entrar no estádio do dragão com a Catarina, a Íris e a Leonor. As do costume, portanto.

– Estou tão ansiosa -a Leonor saltitava e gritava toda feliz.

– Meninas comportem-se -assim que a Íris completou a frase, gargalhamos todas.

Passados 25 minutos já estavamos na bancada perto do relvado. Estou com um cartaz para o André me dar a camisola mas como não tenho esperanças nenhumas, vou só aproveitar o jogo e deixar o cartaz fixado no vidro.

Assim que os jogadores entraram para o aquecimento escusado será dizer que demos em loucas a aplaudir o nosso grande Benfica. Em especial os nossos jogadores favoritos. Reparei que o Gato Dias entrou e logo dirigiu o seu olhar até à Íris, claro... aqui há rato. 

Ou gato, se é que me entendem.

– Oh Íris, o que tens a dizer? -questionei-lhe perante ver tal situação.

– Nada... Só falamos e ele convidou-me para sair algumas vezes... -ela proferiu calmamente, deixando-nos em choque e à toa.

– Como assim nada se "sairam umas vezes"??? - a Catarina disse fazendo o sinal de aspas com os dedos.

– Meu, tu não és normal Íris -afirmei, soltando uma gargalhada em conjunto com as minhas amigas.

Com a nossa conversa o jogo teve ínicio e fizemos alguns comentários ao longo do mesmo. No fim acabámos por vencer o jogo 2-1, o que me deu uma gana enorme. Se vocês entendessem o quanto eu não consigo suportar portistas... 

Quando maior parte dos jogadores estavam a sair do relvado, vejo o André a fazer um sinal para a minha bancada e acho que nunca me senti tão confusa. Ele percebeu a minha expressão e fez-me sinal para esperar. Nem tou a acreditar que está a acontecer.

Esperei um pouco tal como o número 34 das águias pediu. Demorou cerca de 2 minutos até poder ver aquele sorriso de novo a vir na minha direção... Com uma camisola na mão. A sério, este gajo não existe.

– Mil obrigadas André! -agradeci-lhe quando o mesmo me deu a camisola, puxando-o para um abraço apertado.

– Eu conheço a tua cara de algum lado... -ele afirmou meio confuso, o que me fez soltar uma gargalhada. Logo depois direcionou-se ao balneário atrasvés do túnel, acenando-me antes de entrar no mesmo.

Quando me virei para a bancada tinha as minhas melhores amigas a mirarem-me e metade da bancada também. Os adeptos aplaudiam a atitude do jogador e felicitavam-me.

Não podia estar mais feliz...

Pensava eu.

Too good to be true || André Almeida ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora