Delta- Death of Angels 4 (HIATUS)

Capítulo 4

Skull

Eu vejo a menina se afastando e suspiro, bebendo o resto do Jack que eu ainda tinha rapidamente, batendo o copo no balcão. Eu podia desistir disso, jogar uma nota para Rick e dar o fora daqui, mas por algum motivo, eu não faço. Por algum motivo, eu me encontro levantando da cadeira e seguindo a garota de vestido vermelho pela pista.

Ela nem olhava para trás, como se nem precisasse de certificar que eu a estava seguindo. Como se já tivesse a certeza que é isso que eu faria. Bem, foda-se, ela estava certa.

Não sei porque, para ser honesto. Mas eu sabia que a maioria das garotas apenas teria tido duas reações quando eu disse sobre ir para a cama. Ou iam dar seus melhores sorrisos sedutores e me arrastar para uma rapidinha e perguntar se eu moro longe, ou iam fazer uma careta e se afastar.

Mas essa garota não correspondeu a nenhuma dessas espectativas. Ela apenas piscou para mim e me botou exatamente onde queria, jogando seu jogo. E, caralho, se eu não queria ver como isso ia terminar.

Sigo a pequena diabinha entre as pessoas até o meio da pista de dança, onde ela para e se vira para mim, um sorriso brincalhão em seu rosto. E, simples assim, ela começa a dançar.

Arqueio uma sombrancelha e o sorriso dela cresce.

"Vamos lá... Vai me dizer que não dança?" Continuo parado ali, a encarando, indicando que é exatamente isso. Diabinha rola os olhos e se aproxima de mim, seus saltos a tornando não tão mais baixa que eu. "Eu não conto para ninguém... Quer se divertir ou não?" Sussurra.

Novamente, eu poderia ter ido embora. Mas, como essa mulher estava me intrigando cada vez mais, eu apenas ponho duas mãos em cada lado de sua cintura e rapidamente giro seu corpo e colo com o meu, meu peito batendo em suas costas.

Ouço a sua risadinha.

"Agora sim nós estamos falando a minha língua." Murmura quando começa a dançar contra meu corpo, sua bunda se mexendo contra meu pau.

Porra, eu realmente estou de pau duro... Preciso transar mais.

"Como você disse..." Eu murmuro, abaixando um pouco a cabeça para falar contra o seu ouvido. "Só dance e feche a boca, diabinha." Ouço novamente sua risadinha.

"Diabinha, em? Gostei." Responde, e nós dois começamos a dançar conforme o nosso próprio ritmo.

Os braços da garota envolvem a minha nuca, suas unhas grandes vermelhas arranhando levemente a parte de trás do meu pescoço, e eu tenho que evitar um grunhido. Porra, quem é essa garota?

Eu não tenho ideia porque estou fazendo isso... Quero dizer, o plano era beber para caralho até desmaiar e acordar com um Rick irritado batendo na minha cabeça, piorando a minha provável ressaca. Não incluía dançar com uma garota aleatória... Mas foda-se se eu não estava intrigado.

Deixo minhas mãos em seu quadril enquanto dançamos, e, em algum ponto, a menina deixa sua cabeça cair contra o meu ombro, sem parar de seguir o nosso próprio ritmo. As músicas vão mudando, mas nós nem prestamos atenção.

Não sei por quanto tempo ficamos assim. As pessoas passam ao nosso redor, o bar vai esvaziando um pouco. Em algum ponto, Diabinha levanta a cabeça e se vira de frente para mim. Deixo minhas mãos caírem de seu corpo, e um sorrisinho aparece em seus lábios.

"Vamos beber um pouco..." Murmura, e eu arqueio uma sombrancelha. Ela dá de ombros. "Como você quer se divertir sem a parte da bebida?"

Assisto enquanto ela, se vira e caminha para o bar, sem olhar para trás, igual a como fez algumas horas atrás. Horas... Já? Balanço a cabeça de um lado para o outro em discrença, novamente me perguntando porque não dou o inferno fora daqui, mas acabo a seguindo.

Ela estava encostada de costas para mim, seus braços apoiados no balcão, o vestido vermelho colado subindo um pouco na parte de trás, expondo mais as suas coxas. Batia distraidamente os saltos agulha vermelhos contra a madeira do piso, sem nem parecer notar.

Fico na mesma posição ao seu lado, me apoiando no balcão, e a encontro me olhando com um sorrisinho torto e divertido quando a encaro. Bufo.

"E agora, diabinha? Já que, aparentemente, você está ditando o rumo que essa noite toma..." Resmungo, e uma risadinha escapa de seus lábios, abaixando um pouco a cabeça. Me pego analisando as sardinhas que decoravam o seu nariz, achando incrivelmente adorável.

"Agora nós ficamos bêbados como o inferno, garoto do Wisky." Eu rolo os olhos com o apelido, e ela novamente me encara, parecendo prender um riso. "Acredite em mim... Você vai gostar de como essa noite termina."

Arqueio as sombrancelhas, começando a ficar curioso, e seus olhos desviam de mim para encarar as bebidas expostas no bar.

"Mas, por enquanto... Vamos começar com tequila." Como se tivesse lido a mente da garota, Lucy já estava caminhando em nossa direção com um sorriso enorme no rosto.

Diabinha pede as doses de tequila e, um minuto depois, quando os pequenos copinhos são postos no balcão a nossa frente, ela me encara, desafio nos olhos. Bufo, mas viro a pequena dose de uma vez, sem vacilar com a queimação na garganta.

A garota faz o mesmo, e solta uma risadinha quando a encaro. Cruzo os braços na frente do peito, esperando por o que quer que estava vindo em seguida. Diabinha se vira para Lucy no outro lado do balcão.

"Nos traga uma garrafa de whisky, vamos mudar um pouco... Aliás... Vocês tem um terraço?" Arqueio as sombrancelhas, um pouco surpreso, quando a garota pergunta isso a Lucy. A senhora sorri mais ainda, parecendo empolgada, e assente com a cabeça, indo pegar o pedido de diabinha.

"O que diabos vamos fazer no terraço?" Pergunto, e ela me olha novamente, dando de ombros e se encostando no bar.

"Eu gosto do ar livre... Não reclame e se junte a festa, garoto do whisky." Rolo os olhos quando ela diz isso, e Lucy volta com a garrafa de Jack nesse exato instante.

"A porta para o terraço é bem ali atrás, perto dos banheiros... Rick não vai se importar." Eu duvido muito que isso seja verdade, mas apenas concordo com a cabeça e assisto diabinha sorrir mais e me olhar, sombrancelha arqueada.

"O que vai ser... Dentro ou fora?" Suspiro, rolando os olhos.

"Guie o caminho... Primeiro as damas." Respondo, e uma risadinha novamente sai dela quando se desencosta do bar. Se aproxima um pouco mais de mim e murmura antes de fazer o caminho até o tal terraço.

"Por algum motivo, duvido que você seja um cavalheiro..."