Delta- Death of Angels 4 (HIATUS)

Capítulo 9

Hey gnt!! Antes de começar o capítulo, vou dar um aviso rápido. Aparentemente, o You Tube tirou meus book trailers do ar, apenas o do Wade não. Então infelizmente vou ficar sem eles por um tempo, até recuperá-los ou fazer outro. É isso, aproveitem o capítulo =)

_____________________________________

Skull

Abro espaço entre as pessoas, caminhando em direção ao ringue. Não precisava nem mesmo avisar que tinha chegado, ou que iria lutar agora. Todos aqui sabiam que a terceira luta da noite era sempre minha. E a quarta, quinta, sexta... Até eu decidir que era o suficiente, o que demorava bastante. Ou melhor, até East decidir que era o suficiente.

Assim que a luta já rolando acaba, entro no ringue e as pessoas gritam. Alguns gritos eram de pessoas que queriam me ver ganhar, como sempre, que gritavam meu nome como loucas. Outros gritos eram de pessoas que queriam, pela primeira vez, me ver perder. Não iria acontecer tão cedo, mas deixo elas se iludirem pensando o contrário.

O homem se preparando para ser meu oponente devia ter pelo menos um metro e noventa de altura, pesando mais de cem quilos com certeza. Parecia ser mais forte que eu, mas eu já encarei caras muito piores antes, e não me lembro de levar nada mais que um soco.

Deixo ele partir para cima, ter a ilusão, por alguns segundos, de que essa luta estava na palma da sua mão. Não estava. Assim que ele tenta me dar um soco, eu desvio e dou um em sua mandíbula em vez disso. O soco o deixa tonto por alguns segundos, e foi apenas esses alguns segundos que eu precisei para que q luta estivesse ganha.

O derrubo no chão com mais um soco, monto em cima do cara, e não paro mais. Sinto seu nariz quebrar debaixo de meu punho, e sangue jorrar da ferida, mas eu realmente apenas paro quando sinto que era o suficiente. Algumas imagens do meu passado rodeavam pela minha mente conforme os socos eram lançados, meu pesadelo repetindo de novo e de novo.

Quando parei, o homem estava praticamente irreconhecível, mas estava vivo, o que era bom, eu acho. Nunca me sinto culpado por essas merdas. Os caras aqui são doentes, tanto quanto eu, e sabem muito bem dos riscos de entrar no ringue com um psicopata que nunca antes perdeu uma luta. É a escolha deles, eu apenas fui a pessoa que tornou essa uma péssima escolha.

Tiram o cara do ringue, trazendo outro, e outro, e outro depois desses. East estava próximo do ringue, como sempre ali, para me conter se as coisas fossem longe demais.

Tecnicamente, não era para eu lutar até semana que vem, mas para ser honesto, essa era uma regra que eu mesmo decidi impor a mim mesmo, mas que nunca, nem uma vez, eu segui. Quando termino com meu último oponente, tenho sangue nas minhas roupas, saio do ringue e boto a regata branca que East me entrega.

Mas, diferentemente de todos os dias que eu lutava, não estava preparado para ir para casa ainda. Mas não digo nada a East quando nos separamos. Apenas acelero, passo pelo bar, e sigo diretamente pela estrada. Uns quarenta minutos depois, estou na frente do bar do Rick.

Paro a moto em frente e salto. Por algum motivo, tiro a blusa, usando para limpar o sangue no meu rosto e abdômen, e boto a minha jaqueta por cima, sem blusa mesmo. Era a primeira vez que eu me importava em limpar o sangue, e esse fato me incomodou um pouco. Não o fato de eu não me importar, mas sim o fato de estar começando a fazê-lo.

Entro no bar, olho ao redor, sem encontrar nenhum cabelo ruivo, e sinto uma pitada de raiva, junto
com um pouco de decepção também. Isso me irritou, e eu sento no balcão, pedindo a Lucy uma garrafa de Whisky. Ela franze a testa para mim, mas não questiona, e bota meu pedido na minha frente alguns segundos depois.

Depois de alguns goles, escuto a voz feminina.

"Andar por aí sem camisa, apenas com uma jaqueta, é um visual que estranhamente combina com você." Quando olho para a direção da voz, bem ao meu lado, vejo diabinha, com um sorrisinho no rosto. Mais uma vez, estranho o fato de não ter a ouvido chegar, mas ignoro um pouco o pensamento.

Ela tinha o mesmo visual vermelho de duas noites atrás, o que, particularmente, eu gostei. Ela usava uma cropped apertada vermelha, ombro a ombro, com um decote decente. Uma saia justa preta de couro, que ia até o início de suas coxas, e uma bota vermelha de cano curto, daquelas de combate. Seu cabelo estava preso em um meio rabo, algumas mechas soltas caindo no rosto, e estava com o batom vermelho.

Mas o que chama a minha atenção é um cordão ao redor de seu pescoço, que ia até a altura de seus seios, com o pingente de uma cruz. Isso faz os cantos dos meus lábios subirem muito pouco em diversão.

"É meio contraditório, não? Usar isso quando você está parecendo o pecado em pessoa..." Digo, indicando o cordão, e ela solta uma risadinha, dando de ombros.

"Eu gosto de ser contraditória, garoto do whisky." Diz, e eu novamente rolo os olhos com o apelido.

Não voltei para o bar de Rick ontem a noite, por conta de todo o negócio de reportar a Loki sobre o que aconteceu. Ele tinha ficado puto, para dizer o mínimo, e queria saber que caralhos era aquilo de Reis de Sangue. Algo que, por algum motivo, eu achava que East sabia sobre.

"Quando não apareceu ontem a noite achei que tinha esquecido de mim." Ela diz, com um sorrisinho brincando em seus lábios, e pede a Lucy uma caipirinha de morango.

"Não fui eu que saí de fininho, certo?" Digo, mas meu tom era meio divertido, e ela rola os olhos para mim.

"Ah, vamos lá, whisky boy. Nós dois sabemos que, se eu não tivesse saído, vc teria quando acordasse." Fala, divertida tbm, o que me faz arquear uma sobrancelha. Ela estava certa, e eu não iria mentir sobre isso.

"Touche." Digo, levantando minha garrafa como se fosse fazer um brinde, ela da um sorrisinho torto em minha direção.

Assisto quando diabinha termina sua caipirinha rapidamente, dps fica de pé e arqueia uma sobrancelha para mim.

"Vem, vamos dançar. A noite apenas começou, lembra?" Diz, e pega a minha mão e me puxa para a pista.

Não sou de repetir garotas. Com todo o respeito, claro. Não repetia, porque não queria me apegar a ninguém, ou permitir que o contrário também acontecesse.

Mas, por algum motivo, eu me via novamente deixando que essa garota me levasse para a pista.