Capítulo 10

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Skull

Diabinha senta na beirada do terraço, com ambas as pernas pendurando no topo do estabelecimento. Ela tinha um sorrisinho leve no rosto, e toma um gole da garrafa de Whisky na sua mão. Ela me encara com diversão nadando em seus olhos verdes e um sorrisinho torto em seus lábios.

"Okay, whisky boy... Vamos jogar um jogo." Ela diz, mordendo o lábio, e eu arqueio as sobrancelhas.

"Um jogo, ahn?" Digo, e ela concorda com a cabeça. Estamos juntos a algumas horas agora, passamos a maior parte do tempo dançando, depois diabinha pediu uma bebida no bar e nós subimos para o terraço.

"Yep. Um jogo. Vinte perguntas. Mas não vale perguntas de identidade ou sobre passado." Diabinha fala, e eu concordo, pegando a garrafa dela e tomando um gole.

"Okay. Pode começar." Digo, meio divertido e meio bêbado. Fico satisfeito que ela tenha incluído a regra de sem perguntas sobre o passado, já que o meu não era exatamente unicórnios e arco-íris.

Diabinha parece pensar por alguns instantes, mordendo o lábio e franzindo um pouco a testa, fazendo uma expressão que eu me encontro achando meio fofa, até. O que era meio raro, já que não costumava pensar assim sobre garotas que eu já transei. Gostosa? Claro. Fofa? Yeah, nunca rola.

Sem ofensas, claro.

"Sua banda favorita." Ela diz, com um sorrisinho, e eu suspiro. Essa era fácil, não preciso pensar muito na resposta.

"Metallica." Digo, e o rosto dela se enche de choque e decepção. Isso me diverte mais um pouco.

"Sério? Não. Esperava mais de você, whisky boy." Diabinha diz  balançando a cabeça de um lado para o outro, não aprovando, e da um longo gole na bebida.

"Ah yeah? Okay, qual é a sua?" Pergunto, e ela da um sorrisinho orgulhoso.

"Nirvana." Eu rolos os olhos. Ela arqueia uma sobrancelha para mim, mas tinha um sorriso divertido no rosto. "Alguma coisa contra?"

Eu solto uma risadinha, e acabo me surpreendendo com o som. Okay, essa é rara. Decido ignorar e rolo os olhos.

"Nope. Nada contra. Minha vez." Digo, e ela sorri, assentindo. Pego a bebida e dou um longo gole, sentindo a queimação familiar conforme o álcool desce pela minha garganta. "Série favorita."

"Game of Thrones." Ela diz, sem hesitar, e eu arqueio uma sobrancelha.

"Mesmo com o final?" Questiono, e ela assente, pegando a garrafa e bebendo um pouco do whisky.

"Um final muito merda não apaga sete temporadas maravilhosas." Ela diz, e eu concordo, admitindo que ela tem um ponto. "Filme favorito."

Penso por alguns instantes em uma opção, então suspiro quando a resposta me vem em mente.

"É um segredo, e vc nunca pode revelar essa resposta a ninguém, entendeu?" Digo, fazendo uma cara seria, e ela arqueia uma sobrancelha, meio divertida. Estende o dedinho mindinho para mim.

"Juro." Fala, e eu suspiro, enlaçando seu dedinho no meu.

"Harry Potter." Murmuro, e ela arregala os olhos, chocada. Dou um sorrisinho divertido.

"Vc é um Potterhead? Sério?" Ela questiona, e rolo meus olhos, mas secretamente gostando de seu sorriso fácil.

"Yep. Mas se contar isso a alguém, eu vou ter que te matar, diabinha." Digo, e ela da um sorriso torto. Se aproxima de mim, e morde o lóbulo da minha orelha, logo antes de arrastar a ponta da linha pelo arco.

"Será nosso segredinho, whisky boy." Ela murmura, e eu viro meu rosto para o seu, juntando nossos lábios.

Eu não sei o que essa garota tinha. Mas ela fazia algo comigo que... porra. Nunca senti isso na vida. Essa adrenalina, essa leveza... esse tipo de diversão. Nunca, em meus vinte e quatro anos, eu quis tanto alguém quanto eu quero essa diabinha.

Um braço meu rodeia sua cintura, e minha outra mão vai para sua nuca, controlando o beijo e colando nossos corpos juntos. Deito no chão, com a menina ficando em cima de mim, e diabinha coloca cada uma de suas pernas de um lado do meu corpo, montando.

Suas mãos vão para meu cabelo, agarrando os fios e puxando um pouco. Sinto meu pau endurecer nos jeans.

Diabinha se afasta um pouco, mordendo meu lábio inferior, e da um sorrisinho.

"Nada disso. Temos que terminar nossas perguntas antes." Ela diz, e eu bufo, impaciente, fazendo um sorrisinho divertido aparecer em seu rosto.

"Okay. Mais uma pergunta cada um e terminamos o jogo." Murmuro, e ela da uma risadinha.

"Não é assim que vinte perguntas funciona, whisky boy. São vinte, lembra?" Minhas mãos vão para sua bunda e eu a puxo mais para perto. Seu sorrisinho se torna um pouco malicioso. "Ok. Entendo seu ponto. Mais uma pergunta para cada um então."

"É minha vez, não?" Murmuro, e vou arrastando meus lábios para seu pescoço, beijando um ponto que faz diabinha dar um gemido baixinho. Não posso deixar de sorrir um pouco.

"Aham." Ela resmunga, e eu me divirto com a distração em sua voz.

"Quantos anos vc tem?" Murmuro, e ela se afasta para me encarar, arqueando uma sobrancelha.

"Essa é uma pergunta de identidade, whisky boy." Fala, mas com um sorrisinho divertido nos lábios, e eu rolo os olhos.

"Tem muitas pessoas por aí com a mesma idade, diabinha. Só quero saber se não estou abusando de uma menor aqui." Falo, e ela que rola os olhos, nós dois sabendo muito bem que não tinha como ela ser menor de idade.

Mas, para ser honesto, eu queria algo. Qualquer coisa dela. Algo verdadeiro. Porque, de manhã, quando essa nossa bolha estourava, parecia que isso não foi nada além de um sonho. Queria alguma coisa, mesmo tão simples como uma idade, que me dissesse que essa menina realmente existia.

Não sei porque insisti tanto nisso, mas era como se eu precisasse.

Diabinha suspira. "Vinte e dois. Eu tenho vinte e dois." Fala, e sinto meus lábios subirem em um pequeno sorrisinho. "E vc, whisky boy?"

"Vinte e quatro." Digo, e seu sorriso espelha o meu.

Agora eu tinha um início. Ainda queria um nome. Por algum motivo, queria conhecer essa garota mais do que como a diabinha do bar. Mas, por agora, eu estava satisfeito.

"Perguntas acabaram." Murmuro, e troco nossas posições, a deixando deitada no chão, comigo no topo, e junto nossos lábios.

Yeah... Por enquanto, eu estava muito satisfeito.

Delta- Death of Angels 4 (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora