Especial- Os piores 12 anos de Sirius Black

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Sirius andava em forma de cachorro na chuva, já muito cansado. Estava procurando Peter desde a noite anterior, mas o traidor parecia ter simplesmente desaparecido do mapa.

Era tudo tão surreal. James e Lily, mortos. Seu irmão, aquele que sempre estivera ao seu lado... E a mulher que aprendera a amar como uma irmãzinha, simplesmente... Foram embora.

Naquele momento, sua forma animaga era uma benção, pois o impedia de sentir as coisas muito fortemente. Entretanto, sabia que assim que voltasse a ser humano e tivesse um momento sozinho, ele quebraria.

E então, ainda em pedaços, iria implorando para Dumbledore para poder ficar com seu afilhado.

Mas primeiro, precisava achar o rato.

Continuou procurando Peter uma boa parte da noite, andando sem rumo, até que seu sono o venceu. Ainda como Padfoot, se enrolou numa bola embaixo de uma banco qualquer e pegou no sono.

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Sirius abriu os olhos, alarmado, pensando no pesadelo que tivera. Logo após, percebeu que estava em sua forma animaga, e estranhou. Não costumava ter pesadelos quando dormia como Padfoot.

Foi quando percebeu os arredores e se tocou: Não fora um sonho.

Aquilo realmente acontecera. Ele perdeu seu melhor amigo.

Um sofrido soluço canino saiu da garganta do Black. Mesmo em forma de cachorro, não conseguia fugir totalmente da sensação do mundo estar desabando sobre sua cabeça.

Mas logo veio a raiva para ele se ocupar. Rabicho.

Ele precisava caçar o traidor. Ele pagaria pelo o que fez.

Sirius não conseguia ser racional. Apenas sabia que precisava encontrar Peter, depois, não sabia o que faria com ele. Sabia que devia levá-lo para Azkaban, mas sua vontade era matá-lo.

Já estava há tanto tempo procurando-o... Onde ele poderia ter ido? Era o que pensava, horas depois de ter acordado, enquanto andava pelas ruas de Londres.

Foi quando algo veio à sua mente. Merlin, aquilo era baixaria até para o traidor nojento.

Seria possível que Peter fosse procurar abrigo na casa de sua mãe?

Ele sentia-se enojado pela possibilidade. A Sra. Pettigrew sempre amara os amigos do filho, fazendo os doces mais gostosos quando viam visitá-lo. Sirius adorava a mulher.

Por mais que fosse facilitar muito se Rabicho tivesse ido para onde ele achava, o Black realmente esperava estar enganado. Era melhor que o rato tenha ido se esconder com seus amiguinhos Comensais, e não com a doce Felicity Pettigrew.

Mas infelizmente, algo o dizia que aquilo era exatamente o que ele fizera.

Depois de uns minutos procurando um lugar seguro para se transformar, Sirius voltou à forma humana ao encontrar um beco vazio e logo em seguida aparatou nos fundos da casa da Sra. Pettigrew.
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-Sirius, querido!- Cumprimentou a mulher gorducha, assim que abriu a porta e viu o Black parado ali. Entretanto, franziu a testa ao ver o estado que ele se encontrava.

-Sirius, o que foi que aconteceu?

O mais novo olhou para seus pés, sem saber como encarar a mulher depois do que o filho dela havia feito.

-James e Lily...- Ele disse, num sussuro- Estão mortos.

A senhora levou a mão à boca, em estado de choque. Sirius pôde ver lágrimas se formando em seus compadecidos olhos castanhos.

-Ah, Deus, que tragédia...- Ela parecia em choque, sem saber como reagir- Como isso foi acontecer?

Graças ao seu filho.

Os piores dias de Sirius BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora