Capítulo VII

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Notas do Autor

Oiê gente linda do meu coração, olha quem veio antes do previsto. Pois é, corri contra o tempo para trazer esse capitulo para você por que no dia 20 vai começar a avaliação de um concurso que inscrevi Translúcido, daí não poderei atualiza-la .

Então vamos para a leitura pessoas lindas.

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Mesmo temendo o que estava por vim, eu e Lady Romanoff voltamos para perto dos outros Vingadores, e logo depois saímos para a área de pouso do Homem de Ferro. Abracei Wanda buscando forças, disse "até logo" para os demais e me aproximei de Thor que chamava por Heimdall, a Bifrost foi acionada em seguida e em questão de segundos estávamos em Asgard - fiquei um pouco enjoado por causa da viagem, não estou mais habituado a esse tipo de viagem. O Guardião da Ponte me olhou dos pés a cabeça com uma clara curiosidade expressa em sua face, arqueei a sobrancelha e abri um sorri sarcástico.

- Thor - cumprimentou.

- Quanto tempo Heimdall.

- Loki.

- Heimdall.

- Você tem uma forte magia de ocultação - ele comentou.

- Não diga, como foi que você notou isso? - perguntei ironicamente.

- Pelo o que vejo você continua ácido - Heimdall pontuou.

- Vamos logo Loki, quanto mais rápido resolvemos isso, mais rápido voltamos para Midgard - concordei com ele, quanto mais rápido isso acabar, melhor será.

Saímos da Bifrost, contemplei Asgard e toda a sua magnitude, por muito tempo achei que nunca mais a veria e eu poderia dizer que não desejava vê-la novamente, mas isso seria uma mentira. Esse foi o lugar em que cresci, conheci o amor e o desamor, foi em Asgard que planejei viver por toda a eternidade, porém manter distância desse lugar é mais saudável para mim.

Thor segurou a minha cintura com firmeza, ofeguei assustado pelo seu movimento inesperado e pela proximidade, mas ao me recuperar senti meu coração bater mais forte no peito. O seu hálito quente acariciou a minha pele de tão perto que seu rosto estava do meu, fiquei perdido naqueles olhos azuis vibrantes até começar a rodar o Mjolnir e sairmos voando rumo ao palácio real.

Quando chegamos às portas do castelo, senti meu coração acelerar os batimentos quando avistei dois guardas, vindo em nossa direção. Eu só conseguia pensar que seria preso assim que eles nós alcançassem, mas não iria me entregar pacificamente. Iria lutar mesmo não tendo nenhuma chance de vitória, morrer lutando é melhor do que viver dentro de uma cela. Porém, diferente do que pensei, eles se curvaram e informaram que foram encarregados de escoltar a nossa ida até Odin.

O Pai de Todos levantou-se de seu trono assim que nos avistou, cruzei as mãos nas costas para esconder o quanto elas estavam tremendo e me fiz de indiferente, mas sentia o medo fervilhar dentro de mim. Todos os alertas de perigo da minha cabeça se acenderam, quase me escondi detrás do Thor para fugir de seu olhar.

Ainda me lembro da última vez que nós encontramos, foi há seis anos, pouco depois que recebi a minha sentença por invadir Midgard. Odin me deu um tapa tão forte que senti o gosto de sangue e quase desmaiei, sendo um simples humano, não sei se suportaria o peso de seu punho. Mas o que me foi mais doloroso foi ouvir da sua boca a verdade que eu sempre soube: a minha existência não possuía valor diante de seus olhos e que ele se arrependia amargamente de ter salvado a minha vida.

Tudo que eu queria dele deveria ser algo natural de um pai para seu filho, eu apenas queria afeto e ser tratado como um igual. Busquei sua aprovação por toda a minha vida e demorei muito tempo para perceber que sou apenas algo para ser usado quando for conveniente. Hoje a única coisa que quero de Odin é distância.

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