Capítulo XXIX

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Notas do Autor

Olá meus xuxus, olhem que está de volta e super emocionada por está finalizando a historia.

Como eu disse na postagem passada, esse é o ultimo capítulo de Translucido e nossa, nem sei descrever o que estou sentindo. Foi maravilhoso escrever a historia, mas também bastante sofrido e com uma boa quantidade de lagrimas (por mais que vocês não acreditem nisso), eu nunca esperei que ela fosse crescer tanto.

Ah, estava esquecendo de dizer, existe uma pequena referencia a DeadPool, vamos ver quem acha.

Espero que gostem de final, que o coração de vocês fiquem quentinho e que vomitem arco-íris.

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Faz dois anos que derrotamos Vritra e, consequentemente, destruímos a pedra Fawkes. Muitas coisas aconteceram durante esses meses que se passaram, por incrível que pareça foram coisas boas, o que é surpreendente quando se trata de mim. A minha pacata vida mortal não existe mais, divido os meus dias entre Helheim, Asgard e Midgard, é uma rotina louca, no final do dia estou exausto, mas vale muito a pena.

Ganhei peso, mas não foi gordura, tenho me exercitado bastante e conseguido massa muscular, aos poucos estou conseguido recuperar meu condicionamento físico. Os exercícios estão sendo muito terapêuticos. Mesmo que, às vezes, eu precise recorrer à compressa de água fria e quente, massagens - que Thor não se importa nem um pouco em fazer - com pomadas anestésicas e alguma poção para aliviar a dor. É maravilhoso poder extravasar todos os meus sentimentos durante os treinos.

Ainda toco minha guitarra, acho que nunca vou conseguir abandoná-la, ela vem sendo a minha válvula de escape há muitos anos e não vejo motivo para mudar isso. Estou ensinando algumas poucas crianças asgardianas a tocar e continuo dando aulas de reforço, mas agora são as matérias ensinadas nas escolas de Asgard que estão inclusas no meu currículo.

Ensinar sempre foi uma paixão, para mim é algo prazeroso tanto quanto os livros, porém, em Asgard, não tive muitas oportunidades de exercer essa arte tão sublime. Ninguém deixaria seus filhos estudarem com o deus da trapaça, tirando o fato de que Odin não gostava dessa ideia, assim como o Thor, ele preferia que eu fosse um guerreiro e não um letrado; entretanto, isso mudou quando comecei a ajudar os filhos de Nari e Narfi - os meus dois garotos que foram meus protegidos, hoje são os meus guardas pessoais.

Ambos têm um casal de filhos, eles estavam com problemas na escola então propus ensiná-los, assim como fiz com os pais deles, logo eles mostraram mudanças e de quatro crianças minha turma cresceu para vinte. Tive até que conseguir um espaço para acomodá-las mais confortavelmente, já que as aulas para os filhos do Nari e Narfi eram em um dos jardins do palácio. Estou pensando em aumentar o número de alunos, e contratar um professor porque existem mais pais querendo que seus filhos recebam ajuda com as lições escolares.

Dizer que estou feliz com isso é eufemismo, essa está sendo uma chance de mostrar ao povo de Asgard que não sou o monstro que tanto imaginavam, que tenho sim os meus defeitos e não sou nenhum santo, mas que não precisam me temer. Além do mais, estarei realizando um sonho antigo há muito tempo esquecido.

Estou construindo um bom relacionamento com a Hela, estamos descobrindo que temos mais coisas em comum do que imaginávamos. Conversamos sobre tudo e nada, às vezes, apenas sentamos do lado um do outro para aproveitar a companhia; passamos horas lendo. Também discutimos bastante por besteira, apesar de fisicamente parecer comigo, ela tem a personalidade muito parecida com a da mãe e por causa disso, muitas vezes me tira do sério de uma maneira que não sei explicar.

Às vezes, fico a olhando de longe me perguntando se a Sigyn sentiria orgulho da mulher que Hela se tornou, porque eu fico cada vez mais bobo a cada nova descoberta sobre a personalidade e gostos dela, com certeza faria todas as suas vontades. Como seria se ela tivesse sido criada por mim e pela Sigyn? Conseguiríamos formar uma família feliz? Hela se sentiria amada?

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