Capítulo 4

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Andrea nunca pensou muito sobre sua morte, mas estar no chão com uma faca em sua garganta definitivamente não era o jeito que ela queria ir.

"O que está fazendo com ela Majestade?", uma voz com um sotaque forte rosnou e a faca pressionou mais no delicado pescoço, tirando um pouco de sangue.

"Saia de cima dela!", ouvir o tom calmo da voz de Miranda acalmou o coração da morena. Talvez ela não fosse morta – Não com Miranda a protegendo. "Levante – se e tire o capuz".

"Eu não vou levantar, mas vou revelar meu rosto, Majestade." Uma mão tirou o capuz, revelando uma ruiva deslumbrante.

"Emily?", Miranda ficou surpresa.

A inglesa inclinou a cabeça e mostrou um sorriso para a Rainha perdida há muito tempo.

***

"O que você quer dizer com ela se foi?", o Rei esbravejou e todos se encolheram.

"Majestade", o capitão fez uma reverência e se aproximou devagar com a cabeça abaixada, "houve um incidente. De algum jeito soltaram o dragão e ela levou a Princesa..."

Todos fizeram silêncio. As pessoas na sala do trono não ousaram mover um músculo, muito menos respirar. Enrolando os dedos com força no braço de seu trono ele berrou fazendo com que as pessoas quisessem colocar as mãos em seus ouvidos: "É impressionante como vocês imbecis deixaram a ex Rainha fugir, ainda mais levando minha única filha com ela! Aquela cela estava fechada com mágica. Praticamente impenetrável. Então alguém, por favor. Me. Explique. Como. Isso. Aconteceu?"

A sala ficou em silêncio. Nenhum dos guardas tinha visto o calmo Rei com tanta raiva. Ele geralmente governava com muita justiça e coração bondoso. Infelizmente, hoje ele não faria nenhum dos dois.

"Certo. Nenhum de vocês tem uma resposta", o Rei Richard voltou a sentar e passou a mão na testa. "Minha filha está com... aquela louca e tudo por causa de vocês idiotas incompetentes que erraram fatalmente por não fazer o trabalho de vocês."

"Houve um barulho forte Majestade", um soldado corajoso, porém trêmulo conseguiu responder o rei. "Pensamos que fosse uma bomba, mas era apenas fogos de artifício e nós voltamos e tentamos salvar a Princesa, mas já era muito tarde, nós atiramos no dragão enorme, era tão grande...e..."

"Cala a boca idiota!", Richard levantou e começou a andar. "Deixe me entender. Todos vocês deixaram seus postos para investigar o que no fim era apenas fogos de artifício?"

Todos os guardas olharam para baixo e podia-se ouvir o som das armaduras, quando eles se mexeram com vergonha.

"Sir. Christian!", o Rei gritou. "Alguém traga o mais competente cavaleiro desse reino!"

"Já estou aqui Majestade", o loiro abriu as portas, numa entrada magnânima. Ele passou entre a multidão que abria caminho e ele mostrou seu sorriso falso para o rei. O resto dos cavaleiros reviraram os olhos.

O governador do reino bateu nas costas de Christian e sorriu. "Finalmente, meu melhor cavaleiro", o Rei virou para as pessoas e sua voz ressoou. "Eu escolho Sir Christian para liderar um pequeno exército a seu critério e trazer minha filha de volta para mim e matar a Rainha de vez!". Nenhum dos homens ficou entusiasmado em ter que servir sobre as ordens dele. Zangado, o Rei apertou os olhos. "Os que ficarem vão ter que limpar toda a sujeira que o dragão fez e sofrer algumas... punições".

Seus soldados rapidamente foram para o lado de Sir. Christian, todos elogiando sua aparência. O Rei Richard ficou satisfeito ao ver alguns de seus melhores homens tomarem posição, esperando as ordens.

A Rainha Dragão e Sua PrincesaOnde histórias criam vida. Descubra agora