A Rainha Dragão e Sua Princesa

Capítulo 8

Andrea alisou a frente de seu vestido roxo escuro pela enésima vez enquanto olhava o seu reflexo no espelho com um olho crítico. Seu cabelo cacheado estava preso romanticamente para cima e sua maquiagem era suave, destacando sua beleza natural. Ela se virou de lado e olhou sob seu ombro para ver suas costas expostas. A pele exposta era macia e flexível e ela não pôde deixar de estremecer ao pensar em Miranda a tocando com as pontas dos dedos ali. A mulher mais velha foi uma completa dama, nunca a tocando além de seus braços e rosto, nunca em nenhuma pele nua. Andrea riu consigo mesma... Isso mudaria logo. Suas lições de dança confirmavam isso: as mãos de Miranda iriam tocar nessa noite suas costas nuas. Andrea tentou se acalmar antes de deixar o quarto. A cada passo ela podia sentir suas meias de seda em suas pernas e ruborizou. Nigel insistiu para que ela as usasse essa noite. "Miranda vai ficar louca", ele assegurou à ingênua princesa. Seu coração se agitou ao pensar na mulher mais velha e ela apressou os passos, os saltos fazendo barulho enquanto ela descia as escadas.

Finalmente, ela chegou ao térreo e tentou se misturar com a multidão que já tinha se formado. As pessoas dragão tinham chegado cedo, pois queriam que sua Rainha fosse a última a aparecer, já que era a convidada de honra. Andrea ficou nervosa ao perceber que ela estava bem atrasada, mas foi logo consolada pela visão de Miranda descendo as escadas, sua presença etérea iluminando a sala. Os convidados deram um suspiro coletivo, embriagados tanto pela beleza de sua Rainha quanto pelo belo sentimento de tê-la de volta. Andrea, em seu canto, estava paralisada, boquiaberta enquanto ela emergia com avidez na forma de Miranda. O tecido escuro se colava em suas curvas suaves e acentuava sua feminilidade. No rosto de Miranda, havia um sorriso leve que deixava todos confortáveis - a Rainha deles tinha voltado e tudo ficaria bem. Assim que o delicado salto de Miranda atingiu o salão, as pessoas irromperam em aplausos e saudações. Andrea foi empurrada para o fim do salão, já que todas as pessoas queriam aproveitar a presença da linda mulher. A morena piscou, nem tendo tempo de processar que estava sendo empurrada, até apenas enxergar apenas as costas das altas pessoas dragão. Andrea mal pôde ouvir Miranda fazendo seu discurso e ficou irritada e frustrada. Ela mal pôde aproveitar a beleza de Miranda antes de ser empurrada, não era justo.

As pessoas dragão a toleravam, mas ainda não tinham lhe aceitado de verdade, ela sabia disso. Ela tentou entender o ponto de vista deles, não estavam sendo grossos, só estavam excitados em ver sua líder, afinal, esse era o baile de regresso da Rainha. Ela tentou ouvir algo do discurso ainda sem sucesso. De repente, a multidão se dispersou, mas seu sorriso sumiu quando ela percebeu que não conseguia ver Miranda em lugar nenhum. Ela procurou com a cabeça por todos os lados tentando enxergar um pedaço de cabelo branco.

"Andy!", Mia correu em sua direção com um sorriso iluminando seu rosto. Andrea ficou desapontada, mas logo ela se repreendeu e se abaixou para abraçar a menininha.

"Mia, você está linda", ela girou a menina com a mão, rindo quando deu seus risinhos.

"Obrigado", seus olhos viram a roupa de Andy e ela sorriu, "você também está linda. Esse vestido é tão bonito!"

"Graças a sua mãe", Andrea piscou. "Cadê ela, aliás?"

Depois de olhar ao redor, Mia balançou os ombros. "Não sei, ela disse que já se sentia bem para vir para o baile, mas depois que ela me trouxe aqui, ela sumiu."

Andrea visitou Jocelyn todos os dias e ficou impressionada como ela se recuperou rápido. A ruiva riu quando ela lhe disse isso e ela falou que a causa era sua presença constante. Andrea ainda podia ver como ela ficou envergonhada e a tensão no ar depois de ter falado isso. Ela se sentia mal, pois os sentimentos dela não eram recíprocos, mas ela não ia se desculpar por amar Miranda.

A Princesa ficou preocupada, "é melhor eu procurá-la, ela pode estar em perigo..."

"Espere, ela está ali!", Mia apontou para a mãe que estava sozinha encostada em uma parede e começou a acenar sem parar.