domingo amarelo

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Terceira pessoa:

Finn estava na entrada da cozinha com os olhos fixados no palhaço (nunca gostou do jeito meio macabro deles) enquanto segurava a mão de Emily, a mesma conseguia sentir sua aveia pulsando rapidamente.

Emily: você é um gema mole.

Finn: a culpa não é minha, você lembra do que aconteceu no domingo amarelo....

Como podia esquecer, foi um dia marcante, não só para ele, mas para todas as crianças da cidade.

*Flash fuking back

Um pequeno circo havia acabado de chegar na cidade, mesmo não tendo as melhores condições, era uma atração aos olhos das crianças. Eles iriam fazer só um show na cidade, esse show seria no domingo, e como todas as outras crianças, os dois sapecas também queriam ver o circo, mas os pais tinham outros planos, na realidade, só estavam inventando desculpas, estava na cara que não queriam ir, mas toda criança tem uma arma secreta, qual seria? A carinha de cachorro na chuva.

Bill: não - ele revirou a cara tentando não olhar nos olhos do pequeno.

Finn: mas pai...- parecia que ia chorar, seus grandes olhos azuis se enchiam de lágrimas passageiras, sem verdadeiro intuito de cair - todas as crianças da minha sala vão, até os alunos da oitava série, por que eu não posso ir?

Bill: é que...uhm...- continuava a pensar em desculpas, mas as mesmas não colaboravam em aparecer.

Enquanto isso na rua vizinha, a pequena ruiva tentava convencer a mãe á levá-la para essa grande atração.

Emily: eu nunca fui a um circo antes, e esse só vai ficar aqui até hoje - tentou chantagear, mas não deu certo.

Laila: Emy, você sabe que eu não posso te levar agora, tenho um monte de coisa para fazer, - falava enquanto arrumava alguns documentos e papeis na bolsa - eu posso te levar no próximo que tiver, oque acha?

Emily: se tiver - sua face tinha um toque de decepção e tristeza.

Laila: ok ok - ouviu batidas na porta - deve ser seu tio Peter, eu tenho que ir - ela dá um último beijo na bochecha da menor e vai até a porta.

Enquanto Laila e Peter conversavam, a pequena Emily vai até seu quarto e se deita na cama, resmungava para o nada e parecia que ia virar um tomate.

Peter: Emily? - bateu na porta a abrindo devagar em seguida - está tudo bem?

Emily: não - ela virou de costas para o maior, que se aproximou e sentou do lado dela.

Peter: está triste porque sua mãe não vai no circo com você?

Emily: sim...- ela virou-se para ele demonstrando agora uma cara triste.

Peter: olha, não é que ela não goste de você, ela te ama, tô falando sério, ela te ama mesmo! Mas é que quando ela era menor tinha um medo enorme de palhaços.

Emily: sério?

Peter: sério, ela morria de medo de palhaços, teve uma vez que eu e suas tias quase a matamos de susto quando decidimos fazer uma festa surpresa com o tema circo.

Emily: mas por que ela tinha medo de palhaços?

Peter: bem, eu não sei direito, ela só me disse que começou quando ela foi com o pai em um circo que havia na cidade, foi a primeira e última vez dela.

Emily: uhm....

Peter: e que tal se eu te levar ao circo hoje?

Emily: mesmo? - sua tristeza foi embora em um passe de mágica.

it a coisa: por que eu gosto de você?Onde histórias criam vida. Descubra agora