Aika e Liam

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Taehyung tinha uma mochila surrada e um tanto pesada nas costas, ele com as mãos firmes sobre as alças que se prendiam em seus ombros, olhava para o chão meio úmido, já que na noite passada havia chovido. 

Seu sapato começou a aparecer indícios de que já começavam a sujar pelo barro meio vermelho e laranja do chão, já que a rua onde a casa de Taehyung ficava é consideravelmente longe da parte urbana da cidade, onde ele mal pode contar casas direito, já que a casa é em volta de grandes árvores de pouco galhos, como um pinheiro, dando um ar meio medonho na grande casa da qual Taehyung vive.

Ah, a casa de Taehyung…. ele não gosta dela. É tão grande, o piso de mármore é extremamente gelado para sua pele quente no inverno, seria incrível se morasse uma grande família que possa não só aquecer a casa, mas que aqueça seu coração também.

A batida da música que Taehyung ouvia através dos seus fones de ouvido é apenas o piano.

“Kiss The Rain é uma ótima música, queria aprender a tocar ela.”

É o que se passava na mente do garoto ouvindo os só suaves sons da música, se assemelhando realmente o nome da música; beijo de chuva.

Os lábios de Taehyung se pressionaram um no outro quando notou que ainda não havia batido o sinal para todos irem para suas devidas salas, e então, já na grande porta de madeira antiga da escola, aberta, se encontrasse o grupo do qual adorava importunar Taehyung toda vez que é possível, apenas para chamar atenção.

Tudo começou quando um o importou, e então, foi como um imã, vários se atraíram e se sentiram no direito de fazer tal coisa com Taehyung. Muitos achariam muito belo o tom dos olhos de Taehyung, outros medo, mas agora, não há um na escola que não ache medonho os olhos do moreno. É como uma hierarquia, e Taehyung está na última posição.

Taehyung aumentou a velocidade dos passos à medida que se aproximava da escola, rezando a todos as divindades que ele acha que pode existir para que hoje, somente hoje, ele possa ir e voltar em paz.

Mas infelizmente, não acontecerá.

A medida que Taehyung se aproxima, os olhares cheios de malícia começam a se voltar para ele, Taehyung teve vontade de mudar a música que escutava para a mais alta possível, para talvez passar reto, assim ao menos, poupando o mesmo de ouvir todas aquelas palavras cheias de venenos que são despejadas nele, todos os dias da semana, de segunda a sexta. Sem falta.

— Ora, parece que a aberração chegou um pouco atrasado hoje. — Falou um dos garotos, um tanto mais alto que Taehyung, se aproximando em passos lentos até o garoto, que abaixou a cabeça, porém sem deixar de andar, queria entrar o mais rápido possível. — Esses malditos olhos de demônio me deixam irritado. — O mesmo garoto pôs a mão de um modo forte no peitoral do moreno, o parando bruscamente. Taehyung engoliu a seco e o outro cerrou os dentes.

— Me deixa passar, Kwait. — Falou baixinho, e o outro apenas riu, do modo mais cínico possível.

— Parece que a coisa resolveu ser mais rebelde hoje. Vejam, está até falando! — Falou alto, o suficiente para seus amigos, e outras pessoas rirem, mas a única reação de Taehyung foi um leve franzir de cenho. Taehyung não sabia, mas a sua falta de reação deixava Kwait irritado.

E então, uma atual namorada de Kwait desceu os degraus, rebolando seu quadril descaradamente, passando a língua entre os lábios pintados em um vermelho desnecessáriamente chamativo.

— Cuidado, amor. Pode pegar uma doença tão perto dessa coisa aí. — Falou levantando o queixo, cruzando os braços abaixo do peito, e Kwait apenas riu, levanto as mãos para o alto e se afastando um passo.

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