6.-Sorrios de Sangue.

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                                  °••°
  Não demorou para que todos os jornais de Gotham começassem a relatar assassinatos e assaltos cometidos por um ser desconhecido pela cidade. Todos os habitantes também falavam sobre o novo criminoso da cidade, que já possuía muitos, tanto que Gotham era conhecida como O Berço do Crime, pois a taxa de criminalidade de lá sempre fora enorme. Batman, o Cavalheiro das Trevas, como o chamavam, não me achou também. O departamento da política de Gotham já estava em todos os lugares sujos da cidade, mas também não haviam encontrado nenhum pista de quem era o tal assassino, tudo o que encontraram na maioria das vítimas fora um sorriso.

HA HA HA.

Muita água havia passado por debaixo da ponte, eu não morava mais no apartamento de Jack, não frequentava mais o velho bar mal frequentado, eu não era mais Jack.

Eu ainda não tinha nome, mas nos novos bares, cassinos, boates e até mesmo no submundo da cidade, me chamavam de Palhaço, isso por causa de minha aparência, que mesmo que já houvesse passado algumas semanas desde o acidente na fábrica, minha aparência só tinha piorado, como se a cada dia que passasse ela ficasse pior, junto de minha sanidade. Nos mesmos novos locais que eu frequentava, eu consegui juntar alguns "aliados", mais especificamente, capangas. Não eram muitos, mas já me ajudavam em alguns assaltos, eles geralmente eram mendigos que eu oferecia drogas ou bebidas em troco de sua lealdade ou poucos dos jogadores que jogavam jogos de azar comigo e acabavam perdendo. Eu nunca me senti tão bem, Jack nunca havia se sentindo tão bem, mesmo que agora ele estivesse morto.

Me lembro que em uma noite, na minha nova "casa", um covil simples, sujo, mal cheiroso e um tanto apertado, eu ouvia da pequena televisão velha de antena o jornal, para variar a mesma notícia.

-Eu vi ele, eu vi ele! -disse um homem aparentemente assustado, ele estava sendo entrevistado por uma jornalista de rua, Vicki Vale, pois ele disse que teria me visto nas ruas, fazendo-me prestar atenção na reportagem, em nenhuma das hipóteses eu queria ser pego, não queria ser revelado, não ainda, eu queria me apresentar para Gotham com um show de fazer as pessoas morrerem de tensão e receio, algo que ficasse marcado. -Ele estava em cima de um prédio e quando eu olhei para cima, ele voou para outro prédio, parecia até um morcego! -o homem disse mexendo as mãos, mesmo que trêmulas.

-Ãn... O senhor está se referindo ao Batman -a loira disse ao homem gordo. - e nós estamos atrás do criminoso desconhecido.

-Ah... Então não era sobre o Batman? -o velho falou confuso e a jornalista volta a olhar para a câmera como se nada tivesse acontecido.

-Bom, eu sou Vicki Vale e nos vemos na próxima semana... Talvez tenhamos a notícia que realmente queremos: quem está por trás dos sorrisos de sangue que estão por Gotham? -a mulher finalizou o programa e eu desliguei a televisão, rindo.

Estava decidido, eu iria me apresentar oficialmente para Gotham naquele dia, tudo que eu precisava era de vítimas, e eu já tinha praticamente tudo planejado.

-Carter! -gritei por um dos poucos mas fortes capangas, o mesmo chegou rapidamente, alto e forte, eu o tinha vencido em um jogo de azar. - Chame os rapazes, precisamos dos ouvintes! O show está prestes a começar... HA HA HA!

                                 °••°
  Reuni os capangas e mandei alguns para o Departamento da Polícia de Gotham, já outros foram juntos comigo para alguma praça mal iluminada para pegar qualquer pessoa que passasse. Sim, eu poderia ter ido junto com os outros para o departamento, mas foi como eu havia dito, naquela noite eu iria me apresentar á Gotham, então eu teria que agir pelas sombras enquanto a hora do último espetáculo não chegasse.

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