CAPÍTULO: 03
23.1.19LAUREN Pov
- Está na hora de acorda moça – dizia o médico ao examiná-la.
- O quadro dela continua o mesmo, nenhuma mudança...
Escutava vozes ao longe que ficava cada vez mais alta.
- Ela esta se mexendo olhem.
– disse uma enfermeira.- Vamos lá moça acorde.
– pedia Dr. Raul.Fui abrindo os olhos lentamente, às imagens estavam desfocadas, sentia uma grande dor na cabeça. Aquela claridade irritava meus olhos, um homem barbudo aproximou-se falando coisas que eu não entendia. Percebi a presença de outras pessoas, todos falavam ao mesmo tempo, quando minha vista foi clareando pude ver inúmeros médicos a minha volta.
- Liguem para Larissa.
– disse o homem barbudo.Estava completamente atordoada.
Depois de tantos exames fiquei sozinha no quarto, observei tudo atentamente. Sentei na cama. Uma mulher morena entrou com uma bandeja, não sabia o que era aquilo, ela sentou-se ao meu lado e ofereceu. A olhei desconfiada, ela levou a colher a minha boca era uma comida pastosa, comi sem reclamar. Depois que ela me alimentou voltou a sair.
Levantei da cama minhas pernas estavam fracas por pouco não cair, escutava barulhos que vinham de fora, fui segurando nas paredes até chegar à janela, fiquei a observar não sei quanto tempo passei ali, levantei meu rosto pra receber os raios solares, o céu estava tão azul, escutei ao longe uma voz, parecia tão familiar.
- Olá! – silêncio - Olá – a mulher falou mais alto, fiquei assustada. Ela vinha em minha direção, procurei a cama. Ela falava coisas que não compreendia. Larissa esse era seu nome, e o meu qual era? O homem barbudo mais uma vez entrou na sala, falou alguma coisa para mulher, depois eles saíram.
Na manhã seguinte me levaram para fazer inúmeros exames, me sinto cansada, as pessoas me olhavam com curiosidade, escutavam todos me chamando de “ a desmemoriada”.
A enfermeira me levou ao banheiro, senti a água fria caindo em meu corpo, uma sensação maravilhosa, ela falava comigo mais nunca lhe respondia, falou de novo aquele nome “Larissa” a encarei e a mulher abriu um sorriso.
- Larissa foi à única que acreditava que você fosse acorda! Não deixou de vim visitá-la uma semana si quer, ligava todos os dias.
– Larissa gosto desse nome, a mulher tagarelava. Depois do banho me trouxe uma roupa segundo ela, foi Larissa que mandou hoje pela manhã.
– Ficou ótima em você, embora esteja bem magrinha.A mulher era simpática, mais todos ali para mim eram desconhecidos, deitei na cama tinha uma TV, Socorro esse era o nome da enfermeira deixou ligada, fiquei fascinada com o que via. Foi como se nunca tivesse visto antes.
Uma sensação de vazio me abateu, a cabeça agora doía muito. Um batido na porta. Uma mulher morena, de altura mediana, cabelos castanhos bem curtos e lisos na altura da orelha. Olhei-a atentamente. Era ela.
- Boa tarde moça bonita.
– ela entrou naquele quarto, embora eu estivesse séria, sentia uma imensa paz. Ela caminhou em minha direção e me abraçou, não correspondi ao abraço, fiquei assustada – Não sabe o quanto fico feliz em te ver acordada.– disse se afastando e me olhando. Puxou uma cadeira e sentou-se ao lado da minha cama. Eu permanecia com o olhar na porta.
- Hei! – ela me tocou no braço virei pra encarar-la, seus olhos eram tão negros quantos os meus – Queria ter vindo logo cedo, mas tive que passar no fórum pra dá entrada em uns papéis. Sou advogada.
– ela começou a se explicar.- Quem é você? – perguntei.
Ela deu meio sorriso.
– Larissa Vieira Couto a seu dispor – ela estendeu a mão, olhei pra suas mãos, era pequenas e macias. Logo apertou a minha com delicadeza.
– E você moça, como se chama?- Eu não sei. – baixei o olhar me sentia confusa.
- Não precisa ficar assim Dr. Raul disse que é normal esse período de amnésia, logo, logo sua memória voltará. – não senti segurança em suas palavras.
- Você me conhece? – indaguei baixinho.
- Não. – vi certa tristeza em seu olhar - Sofremos um acidente de carro, depois te explico. – voltou a me encarar. Sentia algo estranho ao olhar para aqueles olhos vão ávidos. Parecia me estudar.
Aquela mulher passou a tarde inteira ali, ela não parecia se incomodar com meu silêncio. Ela tagarelava, vez ou outra fazia uma piada sem graça e começava a ri de si própria, estava anoitecendo quando disse que teria que ir. Sua companhia me enchia por dentro.
Quando foi embora, voltei a senti a sensação de vazio. Fiquei um tempo a pensar, pensar em quê? Em nada. Não se lembrar de quem sou, nem de quem fui é um tanto frustrante, minha cabeça voltou a doer muito, apertei insistentemente a campainha, à enfermeira apareceu de imediato. Era uma dor muito forte, comecei a gritar.
Logo o médico veio e me sedou, acordei na manhã seguinte, me sentia fraca. Levam-me de um lado pro outro fazendo exames. Só pude voltar a ver Larissa a tarde. Ela chegou estava com um paletó feminino e uma pasta na mão. Estava muito charmosa.
- Oi sou eu de novo, como está se sentindo? – não lhe respondi, encolhi na cama, ela sentou-se ao lado. – Não pude vim logo cedo, estava numa audiência. Peguei uma causa difícil. – seus olhos agora pareciam preocupados - fiquei sabendo que você não se sentiu bem ontem?
- Quem sou?
- Eu não sei... – mais uma vez, ela baixou seus olhos.
Fechei os olhos e virei o rosto, meu coração estava comprimido. Senti o toque suave das mãos daquela mulher. Ela nada disse. Apensa segurou minha mão, quando virei o rosto vim algumas lágrimas saindo daqueles olhos. Um sorriso singelo foi surgindo em seus lábios.
- Queria poder te ajudar... – ela disse senti tristeza em sua voz – No acidente quem estava dirigindo era meu namorado, você apareceu do nada, tentamos desviar, mas já tínhamos batido em você. Realmente sinto muito.
- Não me lembro de nada. As pessoas falam, não consigo entender.
- Você sofreu uma pancada muito forte na cabeça, chegou a ter uma hemorragia interna depois da cirurgia. Teve uma parada cardíaca que conseguiram te reanimar. Ficou em coma durante um longo tempo. Seu estado era tão delicado que pensaram que não fosse sobreviver.
- Quanto tempo fiquei em coma?
- Um ano e sessenta e cinco dias. Tentei procurar por sua família, mas não conseguir. Você estava sem documentos, fui a quase todas as delegacias da cidade. É como se você tivesse surgido do nada.
Soltei sua mão e virei o rosto fechei os olhos, bem forte. Comecei a chorar, não sabia por que, as lágrimas apenas vinham, Larissa voltou a segurar minha mão. Queria ficar sozinha. Precisava entender, era tudo tão estranho, tão confuso, acho que ela percebeu isso se despediu e saiu do quarto
VOCÊ ESTÁ LENDO
•Cᴀᴍʀᴇɴ• √ ᴛʜᴇ Pʀᴏᴛɪᴛᴜᴛᴇ ᴅᴇ Lᴜxᴏ 2ᵗ
Fanfiction13 •𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚• √ ɴãᴏ ᴘᴇʀᴍɪᴛo ᴀᴅᴀᴘᴛᴀcᴀo √ ➪ ᴅᴇ ᴍɪɴʜᴀ ᴀᴜᴛᴏʀɪᴀ √ ➪ ᴄʀᴇ́ᴅɪᴛᴏs ᴘᴀʀᴀ ᴄᴀᴘɪsᴛᴀ ➪ Umapessoaai2 / CamzLolo S͜͡I͜͡N͜͡O͜͡P͜͡S͜͡E͜͡ Venho aqui contar a você a minha história, sim eu sou uma prostituta, mais não uma qualquer, é sim uma...