CAPÍTULO: 16
Vesti meu terno, arrumei uns papéis na pasta, Frederico se desculpou mais uma vez depois saímos junto da minha sala. Passei o dia inteiro correndo de um lado pro outro, ainda tinha uma porção de coisas á fazer. Voltei ao escritório já era quase 17h00min.
A maioria dos funcionários já tinha ido embora, resolvi da uma revisada nos pontos de um processo do qual tinha uma audiência logo pela manhã. Estava tão compenetrada no trabalho, que nem percebi que as horas tinham passado, Ingrid já tinha ido embora, escuto uma batida na porta. Consulto o relógio e me assusto, já eram 18h40min.
- Entre – digo.
- Atrapalho? – perguntou Natália, logo atrás, entra a Jasmin – O que importa não é? Já estou aqui mesmo – brincou. – Mas tu trabalhar em mulher. – abracei minha amiga com carinho, estava surpresa com a presença das duas.
- Pois é tenho contas a pagar! - me virei pra Jasmin olhei completamente confusa, não pude deixar de perguntar. - O que houve com seus cabelos?
- Os cortei. – disse.
- Tinha saído de um plantão, estava passando no centro, encontrei com dona Laura. Ela estava indo pro centro comunitário, acabei roubando a Jasmin, embora não foi nada fácil fazer com que sua mãe a deixasse dá uma volta comigo.
- Imagino.
Nati falou uma verdade, minha mãe se apegou muito rápido a Jas, estava sempre muito preocupada com seu bem estar, fazia questão de cuidar dos medicamentos não deixando atrasar um minutinho si quer. Quando chegava em casa depois de uma consulta com o médico, ela fazia eu contar minuciosamente tudo o que Dr. Raul dizia.
As vezes chegava a ligar pra ele, quando tinha alguma dúvida, por pequena que fosse. Sair de casa era uma agonia, mal deixava à coitada sair na esquina, fazia mil recomendações. Eu e meu pai achávamos uma graça. Meu pai ainda argumentava. - Jasmin não é uma criança amor...
– falava meu pai – Essa moça é nossa responsabilidade Augusto. Já pensou se fosse nossa Larinha? No mundo, perdida, sem memória. Ia pedi a Deus todos os dias para que alguém cuidasse dela. Tem uma mãe por ai, chorando por uma perda que não existe.
E se ela for casada, gosto nem de pensar!Enquanto ela morar aqui, vamos cuidar dela do mesmo jeito que cuidamos da nossa filha. – eram as palavras da minha mãe.
Era muito engraçado. Aos poucos Jasmin conseguiu conquistar a todos, chegando a chamá-los de tios. Jasmin também foi se apegando a esse acolhimento, já não tinha aquela timidez de antes, vivia brincando, rindo. Ela fica tão bonita quando estava feliz.
Olhei atentamente aquela mulher a minha frente, não tinha mais os longos cabelos loiros, não tinham mais aquele corpo magro. Pelo contrário, seu corpo demonstrava umas curvas de causar inveja a muita gente, o rosto vermelho do sol constante, agora seus cabelos estavam curtos como os meus.
Na altura dos ombros, tinha uma franja que caia em seus olhos. Aqueles olhos azuis tão intensos às vezes me causavam umas sensações estranhas, quando me encarava por muito tempo.
- Ficou muito linda... - comentei meio sem graça, não entendi, nunca fui de ficar desconcertada ao dá um elogio, merecido por sinal.
- Foi á Natália.
- Arrasou não foi amiga ? estávamos dando uma volta no shopping, então aproveitamos pra dar uma recauchutada. A Jasmin disse que tinha vontade de dá uma cortada nos cabelos, então resolvemos fazer o pacote inteiro.
- Ficou muito bom mesmo.
– disse baixinho.- Então! Viemos aqui te seqüestrar... Liguei pra Clara, marquei lá no bar da praia.
- Hum bar da praia é... – disse animada. – Vamos que vamos...
- Eba! – gritou Natália. Olhei pra Jasmin novamente admirei aquele imenso sorriso que se formava em sua face, desviei o olhar.
Demorei cerca de 30 minutos até sair do prédio, Nati gritava feito uma louca. Devido minha demora. Jasmin só fazia ri. Tinha algo nela que estava diferente, não só a nova aparência, ela parecia tão feliz. Chegamos ao barzinho, Clara estava lá juntos com outros amigos nosso, apresentei Jasmin aos meninos, trocamos de mesa.
Fomos pra uma que fica na parte externa no restaurante, perto do espaço dedicado pra as apresentações que sempre tinha lá. A noite corria tão agradável, entre papo e outros, mais uma vez fiquei impressionada com o jeito que Jasmin conversava.
Participava de toda a conversa, mesmo sem memória era indiscutível seu nível cultural, conversava sobre arte com Danilo, debatendo sobre pintores renascentistas. Eu e Nati olhávamos boquiabertas, ela agia tão natural.
Minha mãe ligou diversas vezes pra mim pra saber se estávamos bem, pra eu cuidar da Jas, pra não deixá-la beber, pra não cansá-la muito... E muito blá, blá, blá.
Era umas 21h00min Tony e Marcela subiram ao mini palco começaram a cantar e animar o lugar. Foi tão rápido que não percebi estava ao telefone com Frederico, apenas vi Danilo dizendo espera:
- Seu amigo é louco. – ouço Jasmin falar, segurando minha mão.
- Vai lá, vai Jas. – Danilo a puxava pelo braço, os meninos começaram a agitar a mesa, Jasmin fica vermelha de tanta vergonha, nunca a vi assim.
- Eu não posso... – dizia mais sua voz era mal escutada, diante daquela empolgação.
Ela olhava pra mim como se pedisse ajuda, mas eu não estava entendendo nada, tinha atendido uma ligação do Fred e tinha perdido aquela parte da conversa.
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•Cᴀᴍʀᴇɴ• √ ᴛʜᴇ Pʀᴏᴛɪᴛᴜᴛᴇ ᴅᴇ Lᴜxᴏ 2ᵗ
Fanfiction13 •𝐂𝐨𝐧𝐜𝐥𝐮𝐢𝐝𝐚• √ ɴãᴏ ᴘᴇʀᴍɪᴛo ᴀᴅᴀᴘᴛᴀcᴀo √ ➪ ᴅᴇ ᴍɪɴʜᴀ ᴀᴜᴛᴏʀɪᴀ √ ➪ ᴄʀᴇ́ᴅɪᴛᴏs ᴘᴀʀᴀ ᴄᴀᴘɪsᴛᴀ ➪ Umapessoaai2 / CamzLolo S͜͡I͜͡N͜͡O͜͡P͜͡S͜͡E͜͡ Venho aqui contar a você a minha história, sim eu sou uma prostituta, mais não uma qualquer, é sim uma...