Ela veio até mim e eu pude jurar que estava vendo um anjo vindo em minha direção.
Eu sorri quando ela se aproximou e me lançou seu charme - mordeu o lábio inferior. Mas dessa vez o terremoto dentro de mim foi maior, pois ela jogou o cabelo para trás dos ombros e cruzou os braços abaixo dos seios. Eu estava mesmo derretido nela.
"Está fugindo?" - Ainda posso ouvir a doce voz dela soar em meu ouvido. Eu fiz que não e lhe contei o meu pensamento.
Ela dissera que não queria ficar na comemoração e me perguntou o que eu iria fazer naquele momento. Eu pisquei algumas vezes e a respondi nervosamente que iria até meu estúdio para trabalhar nas fotos que tirei.
Com toda sua ousadia, Ellen se convidou para ir comigo. Então me questionei, por quê eu diria não?
Eu a garanti que lá teria um espumante para comemorarmos juntos, já que ela não queria comemorar com todos e isso era uma conquista muito importante na vida dela. Ela sorriu e disse que ia apenas se despedir do pessoal. Assenti.
Não nos conhecíamos muito bem, mas a presença dela me trazia uma paz tão boa que eu não entendia.
Ouvi a voz masculina dizer - Mas a minha estrela já vai? Fiz tudo isso para você. Em seguida a risada dela.
Logo Ellen estava ao meu lado e caminhávamos em direção ao estacionamento. Descobri um pouco mais sobre ela e isso me deixou contente.
Kathleen é o seu nome do meio, ela é natural de Boston - porém o seu sotaque não nega -, o nome de sua irmã é Maureen e o de sua melhor amiga é Sam. Ela disse que isso era tudo que eu precisava saber no momento.
Sua curiosidade a atiçou e ela perguntou de mim, comecei dizendo que meu nome do meio era Galen, e que era natural de Lewiston. Falei sobre minhas duas irmãs - Mary e Alicia - e que meu melhor amiga se chamava Eric. E repeti a frase dela mesma, dizendo que isso era tudo que ela precisava saber no momento.
Chegamos ao meu estúdio e eu vi uma Ellen perdida na imensidão de fotos de paisagem, flores, animais, do céu... até seus olhos encontrarem as mais perfeitas fotos emolduradas e tão organizadamente colocadas em uma parede larga com uma poderosa iluminação.
Eu fui até o frigobar e tirei um espumante, peguei duas taças e as enchi. Fui até ela. Ela me olhou com um sorriso imenso, totalmente agradecida.
Comemoramos, nos divertimos. Contamos piadas e histórias sobre nossas vidas. A garrafa estava quase vazia, Ellen já parecia bêbada.
Estávamos sentados lado a lado no chão, eu me virei por um momento para olha-la. Ellen tomava outro gole do espumante, e eu notei seus lábios tocarem gentilmente a taça. Ela me olhou e sorriu. Nossos olhos se encontraram por um minuto, até ela se aproximar. Nossas bocas se aproximaram. Um beijo tão delicado e desejado - só por mim, acho.
Depois de alguns minutos nos separamos. Nossas respirações estavam ofegante. Ellen se levantou, avisando que estava na sua hora de ir. Insisti para ela ficar um pouco mais, mas ela afirmou que não podia.
Dessa vez trocamos números de telefone. No dia seguinte, quando liguei para ela, Ellen se desculpou pelo impulso. Eu disse que estava tudo bem, mas queria mesmo era lhe agradecer.
Agora as coisas pareciam acontecer mais rápido. Passamos horas a fio no estúdio, quando Ellen tinha seu tempo livre. De lá, migramos ainda mais para o telefone. Do telefone pro bar. Do bar pra minha casa, na minha casa: papos secretos e mãos na coxa. Viramos amigos.
Ficamos cada vez mais próximos, fizemos piada de duplo sentido que eu nunca faria com ninguém. Misturamos nossas vontades reais algumas vezes. Algumas várias vezes.
Fizemos amor - era assim que ela gostava de chamar. E eu também.
Aprendi diversas coisas novas que ela me ensinara. Viajamos o mundo sem ao menos sair do meu estúdio que parecia ter virado o lar de nossas fantasias.
Eu cuidava dela, pois antes dela, não existia o que cuidar.
Um dia decidi dize-la que estava apaixonado por ela. E fiz. Lembro-me bem - Eu estava levando-a para casa, e bem em frente ao seu portão, eu soltei o que havia no meu coração. Ela sorriu e me beijou, sem nada dizer. Por fim, entrou em sua casa e foi embora.
Ela não apareceu no dia seguinte, nem depois. Nem na outra semana. Seu celular só dava fora de área. Ela havia ido embora - Eu concluí. E para a decepção do meu coração, eu estava certo.
Às vezes, um número desconhecido me liga e nada diz. Eu ouço a respiração dela do outro lado e quase sinto seu perfume adocicado que tanto me seduzia. Digo que a amo para que ela desligue o telefone e volte a dormir.
Volto a dormir e sonhar com o que poderia ter sido se ela não houvesse partido.
💖💖💖
Último flashback.
Bjão manas, até logo.
#semrevisão
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Serά que elα voltα?
Roman d'amour𝘌𝘭𝘭𝘦𝘯 𝘗𝘰𝘮𝘱𝘦𝘰 𝘦́ 𝘶𝘮𝘢 𝘫𝘰𝘷𝘦𝘮 𝘮𝘦𝘯𝘪𝘯𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘵𝘦𝘮 𝘰 𝘴𝘰𝘯𝘩𝘰 𝘥𝘦 𝘴𝘦 𝘵𝘰𝘳𝘯𝘢𝘳 𝘶𝘮𝘢 𝘢𝘵𝘳𝘪𝘻 𝘧𝘢𝘮𝘰𝘴𝘢. 𝘐𝘯𝘧𝘦𝘭𝘪𝘻 𝘱𝘰𝘳 𝘶𝘮 𝘵𝘳𝘢𝘶𝘮𝘢 𝘥𝘰 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘢𝘥𝘰 𝘲𝘶𝘦 𝘭𝘩𝘦 𝘱𝘦𝘳𝘴𝘦𝘨𝘶𝘦, 𝘦𝘭𝘢 𝘯𝘢̃𝘰...