𝚚𝚞𝚊𝚛𝚎𝚗𝚝𝚊 𝚎 𝚍𝚘𝚒𝚜

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Eu acho que depois disso, eu serei odiada eternamente.

Ellen estava tão linda, reformulando, Ellen é tão linda. — Foi o que James constatou ao olhá-la várias e várias vezes.

Sempre a admirou, sempre a achara incrivelmente perfeita. 

E por mais que pareça estranho, ela estava plena. Tão calma, que ele agora estranhava. 

James a queria com medo, totalmente rendida, implorando-lhe pela vida.

Mas ela não estava, ao contrário disso, Ellen fitava a janela, com seu olhar tranquilo e sua feição sossegada. De alguma forma, imaginava que tudo terminaria bem. 

Tudo que ela desejava era sentir a brisa quente de um quase verão, em pleno fim de tarde, lhe soprar o rosto. Era tudo que mais queria naquele momento. 

As árvores passavam rápido, por que tudo havia de parecer ruína? — Ela se questionava. 

Mas infelizmente, ele parou. Nas ruínas, com um velho galpão abandonado. James desceu primeiro, então abriu a porta da mais nova e a puxou com força.

- Eles nunca encontrarão você! - Disse, firmemente. 

A certeza em sua voz causava náuseas em Ellen.

- Eles sempre encontram. Fique tranquilo. - Debochou.

Eles atravessaram o portão que agora rangia, o lugar era horrendo. Havia algumas coisas, mas Ellen só conseguiu focar na cadeira e na corda, que certamente lhe aguardavam.

Depois disso, foi tudo muito rápido. Ellen lutou com ele, da maneira que pôde. Mas infelizmente, ele foi mais forte. Lhe esbofeteou o rosto, fortemente, vendo a boca da mesma sangrar. Em seguida, puxou-lhe pelo cabelo, desfazendo do penteado da mesma. 

Ele a fez sentar-se na mesma cadeira que ela viu minutos antes, em seguida, lhe amarrou na mesma, de maneira forte, que certamente lhe machucaria. E por fim, seus olhos foram cobertos por uma venda e em sua boca, também amarrou um pedaço de pano.

- Venha logo. - James gritou de maneira estridente.

Passos foram ouvidos. 

- Foi fácil capturá-la? - Questionou, Kelly.

- Fácil feito roubar doce de criança. - Gargalhou.

Ellen reconheceu a voz da mulher que lhe perseguia fazia tempos. Notou que todas as vezes que cismava com ela, não era em vão. Mas nunca lhe ocorreu que ela pudesse fazer tal coisa.

- O que fazemos primeiro? - Kelly questionou.

- O que você quiser. - Ele sorriu de canto.

Ela riu, amargamente. Em seguida, tirou uma tesoura de uma das bolsas que estava em suas mãos.

- Que tal um corte de cabelo, Ellen? - Gargalhou. Ellen se remexeu nervosamente. - Se acalme, querida, prometo não deixar tão curto. 

Pedaços das madeixas louras caíam no chão, sendo cortadas de formas irregulares, sem pena. No fim, deixou curto, curtíssimo, sem forma. Não contente, Kelly lhe rasgou o vestido. 

- Será que ele continuará te amando se te ver nesse estado? - Provocou. 

James se aproximou, tirando o pano da boca da loira, apenas para beijá-la. Ellen tentou de todas as formas, não permitir aquilo, mas ele a segurou com força, apertando-lhe o rosto, para que obrigatoriamente, ela abrisse a boca.

Ellen lhe mordeu a língua, fortemente, assim que ele enfiou em sua boca.

- Sua puta! - Gritou ele, cuspindo o sangue de sua boca. Em seguida, lhe esbofeteou outra vez.

Ela sorriu, dessa vez, aumentando o ódio dos dois. 

- Ele vai continuar me amando sim, como nunca amará você, Kelly. Porque nosso amor não é só físico, vai muito além disso. Muito além do que sua mente pequena pode imaginar. - Disse, sorrindo. 

A inveja, o ódio, o rancor, faz coisas que não podemos imaginar. É terrível como a maldade do ser humano pode cegá-lo, é assombroso ver o que ele pode fazer.

Kelly tirou a venda do rosto de Ellen, e lhe bateu, bateu tanto e o quanto podia. 

- Vocês não ficarão juntos mais. - Debochou, Kelly.

Um tanto longe dali, um Patrick desperado agia. Quando notara que Ellen não chegava nunca, questinou Sam sobre ela. 

A mesma, também preocupada, dissera que havia ido buscá-la, mas a mesma já não se encontrava em sua cobertura. 

O moreno voltou até lá, na esperança de encontrá-la, mas infelizmente, ela não estava. Ligou para ela diversas vezes.

Desceu até a recepção e questionou sobre a atriz, e então vários funcionários descreveram o retrato do homem com quem ela saíra, que rapidamente, Patrick constatou ser James. 

Logo ele pediu para acionar a polícia e alegar sequestro. Em seguida, ligou para Sam, para avisar. A mesma também avisou a Sandra, Kate e Eric. 

Por um momento, Patrick viu tudo rodar, seu mundo parecia estar desmoronando.

A polícia chegou rápido, e então começou às buscas. Graças a um paparazzi, com uma de suas fotos conseguiram ver a placa do carro e logo procurá-la. 

Havia um radar, próximo às ruínas, que identificou que o carro havia passado por lá. 

Patrick foi com a polícia, enquanto Sam, foi com seu carro, levando Sandra, Kate e Eric. 

Ainda que fosse apenas horas, o possível sequestro de Ellen já se tornara notícia. 

O caminho era longo, e para Patrick, se tornara mais agonizante do que tudo. 

Ellen já estava fraquinha, jorrava sangue de sua boca e seus olhos estavam inchados, assim como seu rosto. Seu corpo doía. James insistia em toca-la. 

- Por que você não me deseja como deseja ele, hein? - Ele gritou. 

Ellen somente suspirava forte, estava sem forças. 

- Vamos deixa-la aqui e fugir. Ela já recebeu o castigo que merecia. - Kelly disse, nervosamente. 

- Não! - Gritou. - Eu a amo. E… e se ela não quer me amar, não vai amar ninguém! E eu vou matá-lo, aquele imbecil. 

Uma lágrima correu pelo canto do olho direito de Ellen, doeu nela saber que ele também machucaria Patrick. 

Já era noite, quando por fim, o farol dos carros da Polícia encontraram o galpão. 

- Está escutando? - Kelly falou, nervosa. - Vamos embora, James. Vamos logo. Deixe ela, vamos fugir!

Ele puxou o gatilho da arma.

Os policiais se prepararam para invadir. Patrick tentara entrar, mas fora impedido por outros policiais. 

Quando Sam estacionou o carro, Eric correu para segurar o amigo.

Então a polícia invadiu, encontrando Ellen como refém de James, que apontava a arma na cabeça dela e Kelly um tanto afastada.

- Se por acaso vocês se aproximarem, eu matarei ela. - Decretou.  

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Perdoem-me?
esse tá enorme.
#semrevisão.

Serά que elα voltα?Onde histórias criam vida. Descubra agora