Capitulo 25 - Quem dirá eu, o que você parece

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Floresta negra, Base dos avanks

Sindok estava sentada eu seu trono habitualmente, ela estava olhando para as grandes árvores que se espalhavam em todas as direções, raízes grossas e longas entrelaçadas como um ninho de cobra, os raios de sol entravam pelas brechas do teto de folhas e as partículas de poeira se destacavam na claridade do raio solar.

Terceiro veio correndo um pouco ansioso e seus pelos já estavam molhado pelo suor.

- Achamos o que poderia ser o segundo milorde – ele disse um tanto ofegante.

O olhar de sindok ficou afiado, segundo sumiu fazia meses e ela só sabia que ele poderia estar nos arredores de Aluh.

- Onde? - a voz fria e torturante saiu de sua boca.

- Tudo indica que ele esteja indo em direção ao nono e o sétimo – Terceiro não se atreveu a olhar para Sindok, ele sentiu tudo ao redor congelar.

- HAHAHAHA, ele realmente só faz o contrário do que digo, nunca muda, teremos baixas graves dessa vez – A raiva estava presente na sua voz.

Terceiro começou a tremer, ele não queria nem imaginar o humor da sua mestra, "maldito segundo, por que?" ele disse internamente.

Não muito longe do local do exame, uma figura encapuzada com um manto amarelo corria em uma velocidade extrema, deixando apenas pós imagem onde pisava, de repente ele parou, olhou para o céu e sentiu uma raiva direcionada a ele.

- huhuhu, alguém está me agourando – uma voz infantil, nítida e forte saiu do capuz.

A figura olhou para o horizonte, seu destino logo chegaria, ele passou a mão em sua tatuagem de "T".

- Talvez eu te encontre a salvo – ele disse quase como um sussurro.

Local do exame

Jidé e seu grupo estavam analisando os dados novamente, cada vez mais eles estavam sendo encurralados para um círculo no meio da cidade. Ouvindo os relatos dados pelos outros, o padrão era quase o mesmo tirando algumas ressalvas, pois era sempre em algum momento da noite onde estavam quase dormindo que um grupo de mutantes apareciam, mas não atacavam, apenas grunhiam. Os jovens não ficariam ali para saber o que queriam, apenas ignorar o fator número seria algo impensável.

O dia foi passando e logo estava entardecendo, eles teriam que planejar um modo de parar o que quer que fosse isso, enquanto pensavam sobre isso enquanto acendiam uma fogueira, um ruido chamou a atenção do grupo, Jidé se levantou pegando Íctus sinalizou para o resto manterem silêncio enquanto ele verificaria.

Ele não andou nem 10 metros antes de achar a origem, um grande rinoceronte estava o encarando, a criatura deu um sorriso. Apenas uma coisa veia a mente de Jidé nesse momento "corra!", esse era o monstro que Burok encontrara, ele se virou preparado pra correr e a criatura logo percebeu isso.

- Quer tentar fugir de mim? - a voz grossa do Nono era característica.

A criatura então tentou segurá-lo, ele não deixou abaixando e dando uma cambalhota para o lado, aproveitando uma parede próxima a ele, colocou os dois pés e deu um impulso para frente se distanciando da criatura, correndo o máximo que podia. Ele podia sentir a terra tremendo, indicando que a criatura estava seguindo ele, mas estava cada vez mais perto, chegando no acampamento ele deu um grito para todos:

- CORRE! - ele nunca havia gritando, então a voz saiu um pouco falha.

O trio que já estava ciente dos tremores na terra não pensou duas vezes antes de seguir Jidé. Pris aproveitou a situação e jogou um sinalizador. A criatura se mostrou para eles pouco depois de saírem, olhando para ela, todos agora entenderam o por que de sair correndo, o rinoceronte gigante estava acumulando velocidade muito rapidamente.

- Usem as paredes como impulso e se separem, Pris avise Ophelia, não podemos apenas correr, logo ele chega em nos, Bidi suba em algum lugar alto e tenta distrai-lo, vamos aproveitar o ambiente para segurar o máximo.

Nono que estava perseguindo percebeu que suas presas se separaram, mas ele estava com o foco todo no humano de cabelo branco, sabia que foi ele quem matou o quinto, e não aguentou a chance de matá-lo, ele sabia que estava indo contra o plano do Sétimo, mas não aguentando mais a falta de participação em seu plano, ele resolveu fazer o seu jeito. Sétimo sempre foi um covarde para ele, Nono pensava que era mais merecedor do título de Sétimo.

O outro lado da história, Sétimo, estava fervendo de raiva, todo seu plano meticuloso pode ter ido para o fundo do poço nesse momento, apenas com o fato de Nono parecer já fazia com que os humanos tivessem mais cuidado, e agora com ele atacando era como um alarme ambulante dizendo "chegamos".

- Aquele brutamonte! Por que? Estava tudo planejado, ele só tinha que esperar ate a noite profunda que poderíamos iniciar o ataque, por que! - sua voz quase sibilante estava raivosa.

Ele quebrou a mesa a sua frente com um soco, ele respirou fundo para se acalmar, ainda bem que a águia da mestra não estava mais ali, ele olhou para o céu, e percebeu que estava errado. La estava ela, voando de um lado para o outro, a própria águia.

- Parece que você está com problemas "irmãozinho"

Uma voz infantil, mas que vinha uma pressão, uma aura assassina veio subitamente atrás dele, Sétimo conhecia bem essa voz, era a pessoa mais temida em Avanks depois de Sindok, o mais cruel e o mais sádico dentre eles.

- Segundo? - sua voz tremia, ele estava sentindo o frio ao seu redor – Quanto tempo não é?

- Sim! Muito tempo hehehe, você não muda não é, eu disse para você que deveria ter se livrado daquele cabeça de ameba a tempos – O risinho combinado com a voz infantil passava uma aura estranha – mais não se preocupe muito, eu vou dar um castigo para aquele grande malvado.

Sétimo sabia que com essa sentença o destino do Nono estava selado, Segundo nunca deixou de fazer o que disse. Mas a próxima o deixou ainda mais com medo.

- Agora, me diga, hehehe o que eu faço com você irmãozinho, eu vim só aqui apenas parar essa brincadeira de adulto – um tom de aviso e irritação agora irradiava da voz.

Sétimo então sentiu uma garra passar pela sua costa subindo ate o pescoço, e o sussurro de segundo:

- me diga, irmãozinho .

Tudo o que ele sentiu depois foi uma dor torturante, como se suas costas tivesse sido aberta, sentiu o sangue descer lentamente da ferida, ele não se atrevei a se virar, ele não conseguia encarar Segundo nenhuma vez "droga, droga". Ele pensou em algo rapidamente antes de falar:

- Acho que você não precisaria ir atrás do Nono ele já foi se matar sozinho, resolveu ir atrás do humano de cabelo branco, ele quer o título de quinto pra ele. Mesmo que ele mate o humano, ele vai morrer depois – sua voz saiu tremendo e falha, o medo da morte era grande demais para se manter calmo.

Deu certo de alguma forma pois o Segundo parou, mas ele percebeu que sua respiração estava agora mais irregular

- Ele o que? Se ele tocar em um fio de cabelo daquele humano – a voz que era fina, agora estava arrepiante, era como se um conjunto de vozes de vários tons se juntassem em uma.

Sétimo logo sentiu um vento e Segundo desapareceu, antes mesmo de poder respirar de alívio um aviso veio.

- Cuido de você depois, irmãozinho.   

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