(+18) Tessa Maier Zotin está vivendo a experiencia de morar sozinha pela primeira vez bem longe de casa. Ela saiu do Brasil para Nova York para ir atrás do seu sonho de viver de fotografia longe do mundo protegido que os pais a criaram.
Roland Char...
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No sábado de manhã eu acordei com batidas na minha porta, revirei na cama e bufei baixinho com preguiça. Eu odiava ser acordada, meu humor de manhã nunca era dos melhores. Me arrastei pelo apartamento e abri a porta sem nem conferir no olho mágico dando de cara com um Ander sorridente e uma menininha aparentemente de cinco anos que me encarava curiosa. — Hey, bom dia! Ander falou animado demais para quem também só usava uma bermuda de seda azul. — Nem tanto. Cruzei os braços reprimindo um bocejo. — Qual o problema? — Sabe o que é, Tess... Nos já somos amigos certo? — Hum. Eu respondi monossílaba. — Certo. Ele disse perdendo o sorriso do rosto e arregalando os olhos. — Eu me esqueci que teria de ficar com minha sobrinha Abby esta manhã... E você sabe aquele problema Rob está no meu apartamento para terminarmos um projeto. Ele falou disfarçadamente para que a pequena não entendesse o sentido do "projeto" — Você quer deixar ela aqui? Olhei a menininha que usava touca de bichinho é um cachecol azul claro. — Sim!!! Por favor. O Spin fica com ela quando eu preciso mas ele não pode hoje, então eu me lembrei de você... — Spin fica com ela? — Sim. Ele fala desesperado. — Bati no apartamento dele algumas vezes e ele se recusou a abrir, deve ter alguém lá com ele... Resmungou e eu me senti ainda mais irritada dessa vez por imaginar que Spin tinha alguém lá com ele. Seria a garçonete da noite passada? Minha mente rodou e eu me reprimi por estar com ciúmes de um cara que eu não tinha a mínima chance. — Ander... Fechei os olhos irritadíssima. De algum modo eu tinha tendências a arrumar amigos folgados. — Eu quero te matar. Percebi a garotinha arregalar os olhos. E não segurei o sorriso. — É uma brincadeira, menina. — Então você pode ficar com a Abby? Me olhou esperançoso. — Tá bem, ela pode ficar, mas não vai se acostumando. Estendo a mão para ela que coloca sua pequena mãozinha na minha. — Eu te amo! E eu não estou mentindo ok? Eu preciso descer e logo estarei de volta. Seja boazinha Abby! Ander disse já no meio do caminho para descer as escadas. — Fique a vontade, Abby. Falei assim que fechei a porta. — Eu me chamo Abbygail. Ela falou pela primeira vez. — É um belo nome. Me abaixei para ficar na sua altura. — Meu nome é Tessa. — Um plazer. Abby disse enrolado na sua voz doce e infantil me arrancando outro sorriso. Eu não gostava muito de crianças, na verdade não que eu. Ao gostas eu só não tinha muito contato com elas, mas Abby parecia esperta para sua idade. — E então, quantos anos você tem? — Minha mãe disse que faço cinco na semana que vem, vou ganha uma festa você pode vim. — Ah, obrigada pelo convite. Você quer assistir desenho? Posso ligar a TV. — Eu to cum fome. Ela coçou os olhos e bocejou, aparentemente a garota também não estava muito feliz de ter sido acordada cedo no sábado. — Fome. Ok. Olhei ao redor me lembrando que não tinha nada ali. Desde que tinha chegado aqui eu só estava me alimentando na rua. — Posso te levar para comer, você me espera trocar de roupa? Aponto para meu pijama de coração. — Gostei do pijama. Vou pedi minha mãe um. Ela comentou. — Eu posso te dar um de aniversário. — É mesmo? Pareceu surpresa. — É sim. Dou uma risadinha. — Vou me trocar e já volto ok? — Tudo bem. — Senta ali no sofá. Apontei e ela olhou para trás indo rumo ao estofado. Entrei para o quarto ainda maquinando em minha mente quem estaria no andar de cima com Spin. Eu não tinha ouvido nenhum barulho. Coloquei um jeans e calcei minhas botas, uma camiseta que era realmente velha mas eu a adorava e uma jaqueta. Amarrei meu cabelo com um coque bagunçado no topo da cabeça e peguei minha bolsa voltando para sala para encontrar Abby sentada encarando o nada. — Vamos? — Sim. Ela pulou do sofá e veio na minha direção estendendo a mão para que eu pegasse. Meu coração deu uma derretida por ela ser tão fofinha. Descemos as escadas de mãos dadas enquanto ela me perguntava porque nunca tinha me visto ali antes e começamos a andar pela calçada rumo ao café mais próximo. — Ander te deixa muito com o Spin? Perguntei curiosa. — O tio Chuck é legal, ele não é mas igual o buneco. — Que bom que não né... — Ele me dá sorvete e deixa eu mexer nas plantinhas dele. — Plantinhas? Arregalei os olhos logo imaginando a pequena Abby mexendo com sei lá um pé de maconha. — É... ele me insinou a corta as rosas... Eu cortei um montão. Respiro fundo. Rosas? Spin mexia com rosas? E eu julgando o coitado. — Hum, que legal. O que mais vocês fazem em? Vou perguntando como quem não quer nada, se não fosse uma criança logo perceberia que eu estou investigando a vida do homem. — Ele também já me levou pra comer a gente foi num lugar que tinha frango frito, eu comi quase até explodir, tia. Ela comenta e eu solto uma risada enquanto atravessamos a rua para entrarmos no café que ficava no início do outro quarteirão. — Então você e ele se divertem né? — Muitão. Vou convida o tio Chuck pro meu aniversário também. — Legal. Digo a colocando sentada em uma mesa. — Me diz aí, o que você quer comer? — Sorvete. — Ah não. Dou uma risada. — Ainda tá muito cedo pra sorvete, além do mais está meio frio lá fora depois você fica doente e estraga o seu aniversário já pensou? Abby arregalou os olhos como se ponderasse o que eu dizia. — Eu vou querer dois bolinhos de mirtilo e um café com leite, que tal você pedir o mesmo? Podemos dividir um cupcake de chocolate também. — Sim! Ela bateu as mãozinhas. — Eu quero isso. — Certo. Vou pedir no balcão e já volto ok? Fique sentadinha aí. — Tá. Ela sorriu mostrando os dentinhos. A mulher anotou meus pedidos e eu voltei para mesa onde Abby voltou a comentar sobre coisas aleatórias. — Eu não moro com meu pai, sabe tia. — Ah é? Falei interessada enquanto mastigava um bolinho. — Uhum. Ela anuiu a cabeça enquanto mastigava também. — Ele vai me ver às vezes e me dá presente, mas ele não mora lá em casa. — As vezes nossos pais não moram juntos, Abby, mas isso não significa que ele não nos ama sabia? — Eu sei... Ela encara o prato a sua frente como se aquilo a deixasse triste. — A minha mãe sempre fala isso quando ele não consegue aparecer pra me ver. — Eu quero conhecer sua mãe. Falo tentando mudar de assunto. — Minha mãe é muito legal... Ela trabalha muito sabe tia, ela diz que é por mim... Eu sinto falta dela às vezes mas se ela diz que é por mim eu acredito. — Você está certa em acreditar. Digo emocionada. Eu estava tendo uma conversa muito madura com uma criança que iria fazer cinco anos. — A minha festa vai ser na praia, sabe? A que fica aqui perto da casa do tio Andy. — Claro que sei. Falei feliz. — Eu ainda não consegui ir até lá, estou louca para ir tirar fotos. — Tira foto? Eu amo tira foto. Minha mãe fala que eu vou ser uma modelo linda. — Ah e? E eu sou fotografa sabia? — Verdadi? — É. — Você pudia tira as fotos do meu aniversário né tia? — Claro que sim. Concordo com a cabeça. — Falarei com o seu tio sobre isso. — Que legal! Ela falou feliz. — Você é muito legal, tia. Vai mim dar o pijama de coração e vai tira foto minha... — Que tal irmos à praia quando sairmos daqui em? Eu até agora não consegui ir até lá, e você pode ser minha companhia. — A gente podia anda na roda gigante que tem lá né? Ela diz esperançosa. — Claro. E a gente pode tirar umas fotos, você pode ser a modelo. — Eu quero! Ela disse feliz enquanto devorava toda a comida que tinha em seu prato como se estivesse com pressa de ir. Assim que saímos da cafeteria andei de volta com Abby para o apartamento e peguei o meu carro indo rumo à praia. Não precisei subir ao apartamento porque tudo que eu precisava estava na bolsa, inclusive a minha câmera. Assim que estacionamos o carro Abby e eu andamos felizes rumo a roda gigante, eu paguei nossos ingressos e logo estávamos subindo. Ela não parava de tagarelar sobre como sua festa ia ser incrível ali na semana que vem e eu aproveitei para tirar algumas fotos, incluindo uma minha e dela juntas que tirei pelo celular e enviei para meus pais. Depois que saímos da roda gigante Abby correu na frente saltitando enquanto eu a seguia sorrindo. Crianças como ela me deixavam felizes, apesar de parecer que sua vida não era tão fácil. — Então, quer fazer poses pra titia? Perguntei e ela gritou sim muitas vezes. Fizemos uma centena de fotos, e eu tive que concordar com a mãe dela, ela tinha mesmo o tino para ser modelo. Já se passava das dez da manhã, estávamos sentadas em uma mesinha enquanto Abby mastigava a pipoca que eu tinha comprado para nós é meu celular tocou com o nome Ander chamando. — Oi. Atendi já mais simpática do que quando ele me acordou. — Você sequestrou minha sobrinha? Ele falou aparentemente sério e eu não segurei a gargalhada. — Claro que não, porque eu faria isso? — Bati no seu apartamento muitas vezes... — Nos saímos para tomar café, Abby comentou do seu aniversário na praia e eu disse que ainda não tinha vindo até aqui, a convidei para me acompanhar e ela aceitou. — Ah, elas estão na praia Spin. Ander disse com a voz mais calma. — Spin também achou que eu tivesse a sequestrado? Enruguei a testa. — Não, eu bati no apartamento dele pensando que ele saberia de vocês, ele só estava tentando me acalmar. — Hum. Revirei os olhos. — O seu projeto Rob já foi embora? — Já sim. Ele riu. — Então eu estou voltando. Daqui a pouco deixo Abby na sua porta. — Certo, até daqui a pouco. Ele se despediu e eu encarei a garotinha que estava destruída a minha frente. — Então, seu tio ligou, vamos voltar? — Ah não tia... Aqui tá tão legal... — É eu sei, a gente pode voltar outro dia, mas agora precisamos ir ok? — Você plomete me trazer de novo? — Claro. — E tirar mais um montão de fotos? Eu gostei tanto... — Promessa de dedinho. Estendi o dedinho e ela encarou curiosa. — Como é isso? — Nos duas entrelaçamos o dedinho e selamos uma promessa, é um pacto de compromisso, não se pode descumprir. — Promessa de dedinho. Ela repetiu enquanto juntávamos os mindinhos. Assim que deixei Abby de volta com Ander ele me pediu desculpas pelo desespero e deu ri da sua cara falando que seria bastante trágico ele te ido deixar Abby com a sequestradora. Abby estava pulando e contando para o tio que tinha tirado fotos e Ander elogiou todas quando eu as mostrei prometendo que iria revelar algumas para dar de presente a mãe de Abby, Natasha, a quem Ander prometeu me apresentar. — Eu convidei ela pro meu aniversário, tio. Falta convida o tio Chuck. — Eu o convidei mais cedo, baixinha. — Eba! Ela sorriu e eu me despedi subindo as escadas para chegar em casa e enfim dormir o sono que Ander tinha interrompido nesta manhã. Quando eu acordei já passava das quatro da tarde, me esgueirei par ao chuveiro e decidi colocar minhas series em dia e responder às mensagens do whatsapp, minha mãe e meu pai estavam apaixonados por Abby e falaram que ela era uma garotinha linda. Xande havia contado sobre a nova namorada e meu tio Eduardo tinha me atualizado sobre o romance escondido que estava tendo com minha prima Natalie filha de tio Matheus. Nanda e Rafa minhas melhores amigas me atualizava-me de fofocas pelo nosso grupo. Respondi a todos e dei play em Billions a fim de mais tarde decidir pedir algo para comer. O relógio marcava oito e meia quando meu estômago deu sinal de vida e eu escutei uma batida na porta. Para um prédio com somente cinco andares e eu sendo recém moradora eu recebia muitas batidas na porta. Pensei . Diferente de de manhã eu olhei pelo olho de vidro e vi o rosto de Spin. Caralho eu estava de novo com meus pijamas de coração. Devia trocá-los? O que ele queria? Não pensei muito antes de escutar mais uma batida seguida por sua voz. — Tessa? Está aí dentro? Esperei quatro segundos antes de abrir a porta e perder o ar. Spin estava parado na minha porta alisando sua barba loira e cheia sem camisa e usando somente um moletom, até os pés descalços eram bonitos e isso só me fazia querer morrer ali mesmo.
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— Roland. O chamei pelo primeiro nome querendo parecer séria. A luz do corredor fazia com que seus olhos parecessem mais claros que o normal. — Oi. Ele repuxou a boca para o lado como se reprimisse um sorriso enquanto me encarava de novo de pijamas. — Coração. Completou e eu senti meu estômago revirar. — Oi, tatuagens. Falei reparando seu corpo musculoso, ele era incrivelmente malhado é incrivelmente tatuado, seu corpo era coberto por desenhos aleatórios e somente pequenos espaços de pele sobravam. — Eu vim saber se está tudo bem, Andy bateu na minha porta procurando por você... — Ah, sim, ele achou que eu tinha sequestrado Abby. Ri. — Abby é uma garota especial. Ele falou sério e verdadeiro. — É sim. Concordei. — Eu a conheci hoje, mas ela me encantou bastante... Ela contou que costuma ficar com você às vezes. — Contou é? Ele pareceu ficar envergonhado. — Ander sempre pede ajuda quando precisa, e eu realmente gosto dela. — Certo. Concordo. — Ander disse que você não podia ficar com ela hoje... Eu disse tentando especular se ele diria que não pode ficar com ela pois estava transando com alguma mulher. Me lembrei da breve cena que vi no escritório e do seu traseiro branco, sim ele não tinha tatuagens na bunda. — Eu precisava sair para resolver alguns problemas do bar... Ele me olhou atentamente. — Sabe, acertar as contas de uma funcionária que maltratou uma garota. Merda. Ele tinha dito para a tal Rule passar no bar de manhã para acertar suas contas. — Hum... Foi tudo que consegui dizer. — Então... Ele espiou dentro do meu apartamento escuro apenas com a TV ligada. — Eu estava pensando que não começamos direito, primeiro você me ajudou todo arrebentado e em seguida me pegou com as calças arreadas... Nada bom. Ele pareceu refletir. — Que tal jantarmos juntos e nos conhecermos melhor? — Ah, imagine, não precisa fazer isso, Roland. — Sabe, eu não gosto muito do meu primeiro nome, mas acabo de mudar de ideia ouvindo ele sair da sua boca. Senti o calor tomar meu rosto. Eu deveria estar vermelha como um pimentão. — Roland é um nome bonito. Gaguejei. — Agora eu acredito. Ele pisca voltando a sorrir. — Então, você vai aceitar o convite para jantar ou não? Eu encaro seu abdômen tatuado, ele realmente decidiu cobrir seu corpo todo e eu achava aquilo sexy. — O que o vizinho me oferece? — Para saber você vai ter que subir comigo. Eu encarei meus pés por uns segundos pensando se seria uma boa ideia ir para dentro do apartamento de Spin. Ander tinha me avisado que ele não era o meu tipo. Talvez ele não queira nada com você idiota. Minha cabeça conversou sozinha. — Vamos lá, coração, um jantar? Vai me dizer que já comeu? — Certo. Eu concordo. — Vou me trocar... — Pra que? Ele olhou novamente dentro dos meus olhos e devo admitir que senti o meio das minhas pernas encharcar. — Para jantar? — Estamos no meu apartamento, baby, deixe para se produzir quando formos num restaurante. Ele disse e meu cérebro girou. Ele pretendia me levar há algum restaurante? — Ok. Então eu ao menos vou pegar meus chinelos. Tentei dizer mas Spin me puxou colando nossos corpos. Meu Deus, eu podia sentir tudinho ali. Seu peito forte o abdômen malhado e o enorme volume no meio de suas pernas que estava bem no meio das minhas. Eu tinha certeza que ele podia sentir o bico dos meus seios duros contra ele. Merda. Que porra de homem gostoso. — Eu também estou descalço, coração. Sussurrou para mim e se afastou um pouco. Como eu imaginava seus olhos desceram paramos meus seios e vi ele engolir seco antes de estender o braço e puxar a porta do meu apartamento para fechá-la. — Depois eu te trago de volta. — Ok. Concordei baixinho e ele apontou para a escada. — Damas primeiro. Falou. Eu quase me recusei a subir antes pois meu short era extremamente curto e assim como eu já tinha visto o dele ele veria meu traseiro, não totalmente como eu vi o seu mas ele ainda veria. — Ok. Voltei a repetir e comecei a subir as escadas para o andar do seu apartamento. Meu estômago estava gelado e minha garganta parecia apertada. Roland Charles Spinard só precisava se aproximar de mim para me deixar sem ar.