Doce vingança(Família Black)

Dois

Dei graça a Deus de chegar em casa e não topar mais com o André.
Confesso que o medo e a sensação de estar sendo vigiada me cerca todos os dias depois daquela maldita festa.

Não pela aniversariante e sua família que são uns amores, mas sim pelo seu tio que parece um psicopata.

Ninguém sabe o que aconteceu, nem mesmo minhas sobrinhas que na hora se divertia e nem perceberam o quanto estava desconfortável depois do nosso encontro no jardim.

Essa é uma qualidade que eu tenho, sei disfarça muito bem meus sentimentos.

Minha mãe é quem não gosta nenhum pouco disso já que mesmo quando estou passando mal não demonstro e ela como médica tem que cuidar de mim quando fica sabendo, no que quase sempre tenho que ir pro hospital da minha família pois deixo chegar no meu limite e isso pode ser perigoso.

Mas o que eu posso fazer?
É da minha natureza não demostra nada.

Sei que corro risco de morte mais prefiro que seja assim, não gosto de dá trabalho pra ninguém, nem mesmo gosto que sentem pena de mim.

Posso afirmar que sou um pouco macho por dentro pois sei ser durona mesmo quando algo me machuque.

Depois daquela noite tenho andado com dois seguranças a pedido meu mesmo.

Meu pai e meus irmãos não entenderam muito o porque disso, mas disse que me sentiria mais protegida com dois ao invés de um como o de costume.

Ainda bem que mesmo sendo de uma família rica não sou patricinha como pensam, gosto de conversar com todos os empregados e seguranças da nossa família, e por isso tenho Paulo e Lipe me escoltando agora.

Eles dois são como meus  irmãos, tenho por eles um carinho enorme, mas apesar de ser um pouco ingênua sei bem que Lipe tem uma quedinha por mim, e isso as mulheres da casa já perceberam também.

Se tivesse me apaixonada por ele lógico que não me importaria com sua classe social.
Ele tem tudo pra fazer uma mulher se apaixonar, além de ser lindo e muito divertido.

Mas em nosso coração não se manda, e o que eu sinto por ele eu só amor fraterno.

Mas mesmo assim ele não deixou de me tratar como uma princesa, tanto que quando os homens das cavernas, vulgo, pai e irmão não estão por perto me chama de princesa.

Sorriu e tomo um pouco de água.

Enquanto estou de férias tenho feito exercícios todos os dias.

Não sou tão vaidosa a ponto de parar de comer algumas coisas, assistir só programa de moda ou outras futilidades que a maioria das minhas amigas tem.

Mas maquiagem e cabelo isso eu sou apaixonada.
Só não segui essa carreira por que tenho uma paixão maior o qual estou no meu último ano que é de estilista.

Sério, não é me gabando nem nada, mas até já comecei a reforma minha própria loja de roupas, nela vou por todos os meus rascunhos e alguns que já tenho prontos a venda.

Já tenho uma loja virtual onde algumas amigas da minha mãe e da minha cunhada encomendam modelos exclusivos.

Tenho também roupas mais populares onde vendo mais encontra, gosto de satisfazer a todas não me importando com classe social.

Se consigo ganhar elogios e sorrisos pra mim já é minha recompensa.

Faço mais uma volta na quadra e decido para por hoje.

Lipe: __Mas já?

Pego minha toalha e enxugo meu rosto.

Angel: __Sim Lipe, tenho que arrumar minha mala pro Rio de Janeiro.