Ela é má pt 2

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   - Sua roupa é magnífica, Lili onde você comprou? - Uma das anfitriãs da festa pergunta, Lili sorri para a mulher.
   - Eu contratei um estilista, que fez especificamente para mim. - A mulher abre um sorriso maior ainda, passa a mão delicadamente pelo fino tecido do paletó da roupa. Ato que deixou Lili incomodada, que se remexe um pouco, a mulher que percebe que Lili retira a mão ligeiramente da roupa.
   - Desculpa, eu simplesmente adorei. Depois me fala quem é esse maravilhoso profissional.
   - Claro... Mas, acredito que você não vai ter dinheiro para pagar ele. - Ela sussura a última parte, assim que a mulher sai.
   - Olha, em uma festa como essa aceitam animais? - Cecil Price, sua maior rival pergunta com um olhar malicioso no rosto.
   - É, pelo jeito aceitam, você está aqui. Então...
   - Não, minha querida. Você é a unica cobra aqui, eu vi o que você fez a pobre modelo... De biquini. - Ela abre um sorriso, ela sabia que a maliciosa garota gostou da cena que tinha visto.
  - Aposto que você ficou extremamente incontente com o que viu, certo? - A mulher sorriu, com mais maliciosidade ainda. Se aproxima e sussurra no pé do ouvido da Lili.
  - Pode apostar que não. - As duas se encaravam, agora Lili sabia o que passava por aquela cabeça maliciosa. - Quero falar algo com você, em um lugar privado. - A mão da Cecil passou indiscretamente pelo corpo da Lili, que sorri.
   - Às vezes eu preciso te lembrar que somos, I-N-I-M-I-G-A-S. - Lili diz palavra por palavra, Cecil olha bem nos olhos da garota.
  - Na hora do desejo, ninguém é inimigo.
  - Me poupe... - Cecil suspira e se retira, deixando claro que ficou irritada com o fora recebido.
   Digamos que Lili, se aproveitou de Cecil um tempo atrás, quando ainda não possuía a fortuna que tem agora. A mulher se tornou sua rival da moda, depois disso. E em momentos acha que pode ter o corpinho da belíssima jovem de graça, e mesmo que pagasse ela não iria querer.
   Agora Lili, estava com um copo de champanhe. Observando a festa sem graça, ela podia estar em algum outro lugar, podia estar trasando com Eliot, mas não estava se embriagando em uma festa sem graça. Ela é retirada dos seus malditos devaneios com cutuco nas costas.
   - Oi, então... Oi. - Ela fica confusa, não sabia quem era o homem que tentava conversar com ela. Ele parecia hipnotizado, assim como todos que ousavam encarar seus olhos.
  - Quem é você? - A pergunta saiu mais rude do que ela esperava, o homem pareceu não se importar.
   - Caramba, é difícil falar com você...
   - O que você quer? Para ser mais direta. - Lili coloca a taça na mesa, e olha intensamente para o homem, que observando agora. Era muito bonito.
   - Eu... Eu... Você é bonita... Não droga, o que eu quero dizer... Você é muito bonita...   - Ele coloca a mão no rosto, aparentemente envergonhado.
   - Você quer deixar meu ego mais inflamado, é isso? - Ele sorri, seus dentes eram bem colocados, deixava seu rosto lindo, mais lindo.
   - Eu quero apenas te conhecer, me desculpa. Você é mais bonita pessoalmente. - Ela sorri, ao perceber que ele estava mais confortável. - Franklin Stanton, prazer. - Ele levanta a mão, deixando ela estendida na frente da mulher que depois de alguns segundos, e depois ela aperta.
   - Lili Huntom, muito prazer. Você é...
   - Estilista, acho que você não conhece minha coleção de outono, Stantom... Eu costumo fazer que o cotidiano, vire algo bem moderno e na moda, de um jeito simples e casual. - Lili fica desinteressada ao ouvir a palavra simples, ela podia usar de tudo menos algo simples.
   - Eu gosto de tudo, mas algo simples... É tão... Sem graça. - Franklin fica chateado ao ouvir essa confissão, ele podia pensar de tudo menos, que a sua coleção era sem graça.
   - É que você nunca a viu, é muito bonita. Eu vou deixar meu cartão com você. Me liga, quando quiser, ou pensar em querer divulgar minha marca de roupas.
   - Acho isso dificil de acontecer, mas quem sabe. - Ele sorri, sua expectativa em relação a bela mulher foi estraçalhada ao conhece-la.
   A festa foi ficando cada vez pior, Lili não aguentava mais. Foi embora sem se despedir de ninguém. Encontrou Benjamin a esperando na porta.
  - Benjamin direto pra casa, por favor. - Benjamin, era uma das únicas pessoas que Huntom tratava com educação. Devido aos anos de serviços, ele era mais do que de confiança, um amigo.
  - Como foi a festa?
  - Uma porcaria, a champanhe parecia ser barata. - Ele riu, conhecia aquela garota, mais do que ninguém.
   - Imagino, e a sua amiga?
   - Aquela vadia me bateu. - Ele ri mais ainda, Lili fica com ódio ao pensar naquela nojenta que vai ter a vida medíocre de "modelo biquini" detonada.
   - Não queria estar na pele dela, tadinha. - Lili ri dessa vez, ela com certeza não gostaria de estar na pele dela.
Quando chega em casa, se despede do Benjamin e o dispensa. Entra indo direto para a cozinha pegando um vinho caríssimo, e o coloca em uma taça. Fica um tempo observando tudo a sua volta. A campainha toca, só podia ser o Benjamin, o que ele teria esquecido?
   - Eliot?

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