Joguei a sacola na bancada, pegando alguns guardanapos de papel, tentando limpar, pelo menos, um pouco da sujeira. Mentalmente eu já estava rezando todas as orações que sabia, porque eu estava ferrada mesmo. Esse terno não pode manchar, meu Deus! Não pode mesmo, senhor!
— Isso vai sair, eu juro. É só lavar bem. Deixe-me limpar mais um pouco aqui, que tudo... – eu falei desesperada, sem conseguir respirar direito.
— Tire as mãos do meu noivo. – senti a minha mão sendo puxada pela noiva dele, que me olhava com desprezo.
— Eu sinto muito. Sério. É que eu não vi que vocês estavam atrás de mim, e eu acabei me assustando, e...
— Melissa, o que você está fazendo aqui? – Christopher perguntou, olhando furiosamente para a garota.
— Sr. Banks, eu... Era o meu horário de almoço, então eu iria comer alguma coisa, e levar um suco para...
— Está no seu horário, ou você está querendo ficar de papinho no seu horário de trabalho? – Christopher parecia furioso, enquanto a noivinha dele sorria ao ver o desespero de Melissa, que tentava se explicar.
Que vaca! Não gostei dela!
—Não! Nunca! O senhor pode ver no meu horário que...
—Você não tem que se explicar, Mel. É o seu horário de almoço, e ele não pode fazer nada. – olhei para a Mel, que estava assustada — É o seu direito! Ele não pode falar assim com você.
Sei lá o que deu em mim, só sei que não suportei vê-lo falar desse jeito com a pobre garota. Ela estava no direito dela, eu não gostei nadinha de ver a noiva dele debochando da Mel.
— E você é quem para se intrometer nos assuntos do meu noivo. Isso é entre chefe e empregada. – Jenna olhou com desdém para mim, e eu respirei fundo.
— Deixa que eu cuido disso, Anne. Obrigada por me ajudar. – olhou novamente para o seu chefe. — Eu peço desculpas, mas eu já estava voltando para a minha mesa. É realmente o meu horário de almoço, por isso eu quis vir pegar alguma coisa, mas eu peço sinceras desculpas, Sr. Banks.
— Os empregados e os dramas. Tão patéticos.
O que essa mulher ainda está grasnando aqui? O sangue me subiu e eu quase falei umas poucas e boas na cara dela.
—Acabe o seu almoço e volte para o seu trabalho. Eu vou dar um jeito de trocar de roupa, já que será impossível trabalhar desse jeito. – olhou para a mim, mas eu desviei. Estava muito brava.
Os dois lindinhos saíram de perto de nós e respiramos aliviadas. Olhamos uma pra outra e começamos a rir.
— Meu Deus! Eu achei que não sairia viva daqui, ou que perderia o meu emprego.
— E que a noiva dele poderia me matar a qualquer momento. – falei, rindo.
— Nem me fale dela. – disse, sentando-se para comer, pedindo outro suco. — Ela chegou hoje mais cedo, e já foi querendo me dar ordens como se fosse o Sr. Banks.
— Não acredito.
— Pois é. Ela ficava falando na cabeça dele, que isso era a minha obrigação, que o sogro dela era muito bonzinho comigo, por isso que eu fiquei folgada. Um pé no saco. – suspirou. — Eu vou sentir falta do Sr. Robert, pai do Christopher. Ele é um amor de pessoa. Você precisa conhecê-lo um dia. Ele quase não vem mais pra cá, porque o filho está cuidando de tudo.
— Então não se parece nada com o filho?
— Nem um pouco. E a mulher dele é uma graça de pessoa. Quando vinha aqui, ela sempre trazia doces para mim. – Melissa olhou para o relógio e se apressou. — Eu preciso ir agora. Obrigada e desculpa pela grande confusão, Anne.
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Dança comigo? - Livro I (Apenas capítulos de degustação)
Romance(Primeiro livro da série comigo) Anne, uma garota que sonha em se tornar uma grande bailarina. Após passar em uma das melhores escolas de dança de Nova York, ela muda-se para seguir o seu sonho. Christopher é um homem arrogante, dono de si e de tod...