Primeira impressão horrível e Luisa braba

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— Pronto p'ra aventura, Red?

— Bom ... não. — confessou, olhando-a, ligeiramente corado — Mas ' mais confiante por ter você junto comigo.

— Então ... — respirou fundo, tentando não ficar um tomate pelo comentário anterior — ... Estágio na Spi, lá vamos nós!

     Um cara de terno preto e óculos incrivelmente escuros pegou as malas e as mochilas, colocando-as no porta malas. Enquanto isso, Eijiro abriu a porta e deu passagem com um sorriso:

— Primeiro as damas.

— Obrigada. — depois de estarem os dois dentro — Eu já vou logo avisando que você não vai me reconhecer lá dentro.

— Como assim? — levantou uma sobrancelha, confuso — Vai fazer plástica, é?

— Em lugares assim, o ideal é manter a postura fria e séria. — explicou, tirando sua faca favorita da bainha — E eu não acho que vão gostar muito de você lá.

— Por que não? — cruzou os braços — Eu ' numa posição ótima no ranking do festival e de popularidade.

— Você é um GAROTO numa empresa de espionagem onde a maioria das pessoas são MULHERES com uma chefe, com certeza, superfã do Girl Power? — começou a afiar o fio com uma "pedra" — Não acho que você seja tão bem-vindo assim.

— Sei lá. — deu de ombros — Não pode ser tão ruim assim!

Chegaram no prédio em quinze minutos. Entraram, recebendo crachás que davam acesso à parte interna da agência. O coração de Luisa parou:

— Bom dia. — cumprimentou a mulher loira — Eu sou Yara, heroína furtiva, e vou ser a guia de vocês por enquanto.

     Ela mostrou tudo, de cabo à rabo. O prédio em si era moderno e sério. Por fim, indicou a sala da chefe. A porta era grande, imponente. Ao atravessarem-na, depararam-se com uma moça muito bonita.

     Aparentava ter uns vinte e cinco anos. Cabelo escuro, ligeiramente ondulado batendo nos ombros. Fitava-os com atenção, como se estivesse decidindo a melhor maneira de tortura-los.

— Roupe e Red Riot, certo?

— Sim, senhorita! — o ruivo sorriu com os dentes.

Homens ... — sussurrou para si, com nojo — Eu vou ser clara e direta.

— É melhor assim. — pronunciou-se a morena, séria

— Eu não queria esse cara na minha agência. — soltou, deixando-o surpreso — Criei a Spi justamente p'ra afastar os heróis homens de mim. — levantou, encarando o garoto nos olhos — Mas a UA só me deixaria ficar com a Kayami se viesse um cara nojento junto, então ...

     A mencionada apertou os punhos, tentando controlar a raiva. Era sua superior, então deveria aguentar aquele discurso infantil.

— Mas eu- ...

— Apenas escolhi o menos pior de ruim. — cortou, ríspida — Além do mais, parece ter intimidade com ela. — virou, de costas para eles — Eu fiquei feliz com o seu desempenho no festival, querida. Não é qualquer um que chega onde chegou quase sem usar o dom! A prova viva do potencial feminino.

— Como assim ... — perguntou, entre os dentes — ... "Potencial feminino"?!

— Sabe, as mulheres nunca foram tão valorizadas em muitos ramos de trabalho considerados ... "masculinos". — virou-se novamente, encarando-a com um sorriso maroto nos lábios — Heroínas geralmente são mais da área de resgate do que de campo ou patrulha. Os poucos do ramo da espionagem são, em geral, homens ... — apoiou-se em ambos os cotovelos — Injusto, não?

A dor tornou-se mel (BNHA - Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora