Felicidade?
O que é isso?
Algo de que preciso?
Ou algo que procuro sem noção do seu perigo?
Apesar do perigo,
Felicidade é o que se quer.
Senão o que se iria querer?
Deixo-me ficar pelo que vêm dizer.
Objetivos são muitos,
Objetivos com motivos são menos.
De que serve se um dia morremos?
Apaixonei-me pela ideia,
A ideia de ter tudo o que quisesse.
Vivo um sonho que infelizmente
Não apodrece.
Fruta podre,
É o que sempre recebi.
Então de que serve tentar
Se nunca recebi uma árvore ainda com raiz.
Vivo o que vivo
Sem motivo de o fazer,
Limito-me a:
Viver o que tenho a viver,
Pouco ou nada tenho a perder.
E como Alberto Caeiro um dia disse:
"Na felicidade e na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja"
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Derivados de Poesia
PoetryDesabafos de uma alma, de uma vida, do que se quiser, foram sentimentos que foram sentidos sem querer.
