Capítulo 5

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- Por que minha cabeça está doendo tanto? - perguntou Hope, se levantando.

- Pois MG aqui, decidiu acertar sua cabeça com uma tábua para te acordar. - disse Penelope, que mesmo se sentindo fraca tentava fazer o circo pegar fogo.

- MG? - perguntou Hope, com raiva.

- Era o único jeito de te acordar! Você iria morrer! - MG disse, fazendo Hope apenas respirar fundo. - O que você viu?

- Ahn?

- Eu quero dizer, as duas viram coisas que as motivaram a ficar. Então, você também viu algo que a motivou a ficar?

- Sim. Sim, eu vi. - disse Hope, sem vontade nenhuma de falar sobre algo que a deixava mal.

- Então, vocês se lembram das pessoas que viram?

- Sim. - disse Josie, ainda confusa. - Eu vi uma garota, com a aparência igual a da Hope.

- É como se fosse meu reflexo, mas não era, sabe? - disse Hope, tentando achar uma explicação. - Sem contar que tinha uma parecida com a Davina. - disse, e pensou melhor. - Faz sentido.

- Como assim?

- Lembra que na Escola Salvatore diziam que a melhor maneira de investigar e convencer era se fingir de amigo, ou parente próximo?

- Sim. Somente para os alunos mais avançados, mas eles ensinavam isso. - disse Josie, cruzando os braços. Penelope e MG apenas olharam as duas, sem entender nada.

- E se é exatamente isso que elas estão fazendo? Como se usassem uma máscara, para se passar por mim, ou, no meu caso, pela Davina e tentar extrair informações ou nos atrair para um local? - disse Hope, chegando em algum lugar.

- Então não poderíamos confiar em você nada. - disse Josie, fazendo Hope assentir. - Mas isso seria impossível! Meu pai deixou BEM claro que você seria a líder da missão, e não poder falar com você seria um grande obstáculo. - disse Josie, cruzando os braços, fazendo Penelope assentir.

- Sim! Quero dizer... nós poderíamos testar ela antes dela poder falar conosco. - disse MG.

- Como assim? - perguntou Josie, curiosa.

- Bem, Hope é parte vampira. Se testarmos ela antes de nossas conversas fazendo um pequeno corte em sua pele e vendo se vai se curar rapidamente, saberemos se é ela ou não.

- Você realmente acha que as bruxas não pensarão nisso? - perguntou Josie, dispensando a ideia.

- Por que não vamos fazer isso do jeito mais fácil? - disse ela, pegando do seu bolso uma caneta preta, e desenhando um "x" na palma da mão. - Viu? Eu sempre mostrarei minha palma da mão antes de falar.

- Elas podem descobrir. - disse Josie.

- Okay. Então, não falem comigo. Eu vou fazer minha própria investigação. - disse ela, saindo do local em passos apressados.

- Você sabe, normalmente nossa escola não tem tantos problemas, exceto quando vamos em missões de recruta... - disse Josie, tentando ainda convencer algum deles a se juntar ao internato, mas Penelope a interrompeu.

- Não importa. O que importa, é que temos bruxas que vão tentar nos enganar se passando por Hope. Quem mais que estava na visão?

- Uma ruiva. Uma loira. Uma garota igual à Hope e outra que pelo jeito é igual à Davina. - disse Josie, relembrando.

- Elas são um clã. - disse Penelope.

- Como você sabe?

- As bruxas não são tão amiguinhas assim como são na escola. Elas pertencem à clãs. - disse Penelope. - Na escola, até bruxas de diferentes clãs interagem... mas fora da escola, só se faz isso por guerra ou para favores com ameaças envolvidas. Elas estavam todas juntas, e antes de nós chegarmos, pareciam felizes. Fazem parte de um clã. E elas sabem que, nós andamos sempre juntos. Então, na minha opinião, a ruiva e a loira aparecerão sozinhas, a cópia de Hope tentará se aproximar de nós como se nos conhecesse e a cópia de Davina tentará se aproximar da Hope original. O que leva para a pergunta, o que a ruiva e a loira vão fazer aqui? - disse Penelope, se virando para os três garotos que só observavam a situação.

- De ruiva só conheço Lydia. Stiles também. - eles até chegaram a mostrar uma foto.

- Não. Não é ela. - Josie se virou para Liam, que pegou o celular, procurando por fotos.

- São elas? - disse ele, mostrando uma foto de duas garotas, que eram consideradas amigas deles.

- Sim. - disse Josie, relembrando da visão. - Definitivamente são elas. Se elas voltaram, Liam... não fale com elas. Elas devem ter roubado a aparência dessas garotas.

Nas ruas...

- Hm... que estranho, Davina, você estar aqui sem o tio Kol. - disse Hope, já sabendo que não era ela verdadeira.

- Hope! Eu senti sua falta, pensei em fazer uma visitinha. - disse ela, fazendo Hope apenas revirar os olhos, antes de dizer:

- Ad somnum. - disse, e a mulher caiu em seus braços. Ela arrastou a mulher para o porão de sua casa.

- Hope... o que você está fazendo? - disse a bruxa, encarando a menina pegar um frasco de uma planta venenosa para as bruxas, mas apenas quando elas usam seus poderes.

- Você conhece essa planta? - disse, observando o frasco vazio. - É algo bem útil. Enquanto a verbena infecta o corpo do vampiro por completo, assim como o acônito faz com o lobisomem, ela apenas infecta seu poder. Sempre que você tentar usar ele, você vai desejar morrer. - disse, colocando o frasco vazio em cima do balcão. - Dura em média, um dia. Então, é melhor começar a falar sobre o seu clã de quatro pessoas. Quais são seus nomes?

A mulher ficou calada.

- Eu perguntei... quais são seus nomes. - disse ela, as íris ficando amarelas por um segundo.

- Okay! É... a... Clarissa, a ruiva... Mel, a loira... Hannah, a parecida com você e... meu nome é... Danyela.

- Por que vocês estão aqui? - perguntou, vendo que a ameaça funcionou.

- Ora, para te matar! Uma abominação nunca deveria existir em primeiro lugar! Nem vampiros, nem lobisomens... seres que apenas sabem matar. Imagine uma tríbrida! Você não deveria sequer ter nascido! Muito menos vivido dezoito anos!

- Você deve estar brincando comigo. - disse Hope, indo até a bancada novamente. - Nada de novo. Uma bruxa querendo que eu morra.

- Você está fora do Internato Salvatore. Isso te faz um alvo fácil. - disse ela, fazendo Hope dar um sorriso assustador.

- Do seu ponto de vista. No meu... eu estou livre. - disse ela, tirando mais um frasco daquele veneno. - Você sabe, um frasco desativa seus poderes temporariamente... outro frasco, te torna uma bruxa sem magia. Ela pode apenas ser sugada por uma bruxa-sifão. Mas não utilizada por quem a possuía. O terceiro... te mata.

Disse ela, tirando a gaveta por completa, onde tinham pelo menos sessenta frascos.

- Não se preocupe. Não é instantenamente. Você ainda tem como viver um último dia de sua vida. - disse ela, entupindo duas seringas com aquilo. - Eu normalmente não faço isso. Mas eu sei que se eu te deixar viver, vai ser como os vampiros de Greta. Você vai formar um clã de cem pessoas que foram manipuladas, para contra-atacar. Eu não estou afim disso, então. Mande uma mensagem. É melhor fugir dessa cidade. - disse ela, antes de injetar as duas seringas juntas na veia da mulher.

Ela soltou a mesma, e colocou ela na rua.

- Tchau. - disse, vendo a mesma ir embora.

Aparências:

Danyela -> Danielle Campbell

Mel -> Dove Cameron

Hannah -> Danielle Rose Russell

Clarissa -> Katherine McNamara

Rise - Teen WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora