Capítulo 12

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Alec estava convencido de que este era um sonho. Ou um pesadelo, ele não podia decidir qual. De jeito nenhum, ele acabou de receber ordens para ficar no loft de Magnus até novo aviso. Quanto tempo era que até deveria ser? Um dia? Uma semana? Um mês, ou mesmo um ano ?! Você está sendo superdimensionado, Alec se repreendeu. É só até encontrar uma maneira de levar os meninos para casa. Por muito tempo que possa demorar. Mas a principal razão pela qual ele estava convencido de que estava sonhando, era porque era sua mãe, sua mãe odiadora que o enviou nesta "missão". Claro, ele sabia que a verdadeira razão pela qual sua mãe o mandava era tirar Max do instituto e espionar Magnus. Ela apenas o escolheu porque sabia que ele devia informar-lhe como o obediente soldado que ela criou para ele ser. Mas há uma coisa que ela não fez - e não poderia - ter em conta quando tomou a decisão: o fato de ele, seu peão obediente, ser gay e ter uma grande paixão pelo bruxo que ele deveria espionar. Sua mãe o trancaria até o casamento em vez de empurrá-lo para os braços de Magnus se soubesse.

Como Alec deveria espionar os movimentos de Magnus quando ele nem conseguia olhar para ele sem que seus sentimentos reprimidos voltasse para ele com força total? Ele esteve em uma batalha constante entre beijar Magnus sem sentido e saltar da janela mais próxima sempre que estão no mesmo quarto. Ele não pode estar com Magnus. Ele não pode ser egoísta. Ele não pode se colocar primeiro e perder o Instituto.

Ele saiu de seu pensamento quando sentiu que alguém puxava as extremidades de sua camisa. Ele olhou para baixo e viu Max olhando muito cansado olhando para ele. 

—Estou cansado— Max disse calmamente enquanto esfregava o olho esquerdo com a mão— me carregue?— Max estendeu o braço para  Alec. 

Alec ficou bastante surpreso com isso. Como essa criança poderia confiar tanto em si? Eles só se conheceram durante cerca de um dia, sem contar o tempo em que Max e Rafael ficaram feridos na enfermaria. Talvez eles estivessem perto de Alec em seu mundo. Isso fez com que ele se perguntasse qual era o relacionamento deles na outra dimensão.

Em vez de puxar o pequeno feiticeiro para cima, Alec inclinou-se de joelhos para dar a Max uma carona. Max subiu nas costas e descansou a cabeça no ombro de Alec, ele estava dormindo em segundos. Alec sentiu um sorriso rastejar em seu rosto, apenas carregando essa pequena e inocente criança fez com que ele se sentisse todo quente dentro. Quando olhou para frente, pôde ver Rafael e Magnus falando. Alec não conseguiu ouvir o que disseram, mas, a julgar pelos braços balançados de Rafael enquanto falava com Magnus, deve ter sido algo que ele tenha sido muito apaixonado. Naquele momento, Alec fez uma promessa para proteger Max e Rafael e não deixar que os danos viessem até eles, enquanto ainda estiverem no seu universo.

Quando eles estavam quase no prédio de apartamentos de Magnus, Rafael sugeriu que iriam para o take-up de Taki para o jantar.

—Taki's?— Alec perguntou. —O que é isso?

Rafael olhou para ele com descrença. 

—Você não tem o Taki ?! —Ele exclamou.— Que tipo de inferno é esse?

—Shh! —Alec disse. —Você acordará o seu irmão.— Ele olhou por cima do ombro para verificar a criança dormindo nas suas costas.

—Não se preocupe, ele dorme como os mortos —assegurou Rafael. —Mas, mais importante: o que você quer dizer, você não tem o Taki? É como o melhor restaurante de Nova Iorque! 

—Bem, desculpe, mas nunca ouvi falar de um restaurante chamado Taki's— disse Magnus — e já fiquei por muito tempo agora. Teremos que encontrar outra coisa para comer.

As aventuras de Blueberry e RafOnde histórias criam vida. Descubra agora