Felicity voltou pra casa repassando tudo que havia conversado com aquele William. "E você me conhece como? Eu não conheço nenhum William." A resposta havia sido evasiva, mas não soava maliciosa: "Que bom que você não me conhece ainda. Devo ter conseguido então. Em que ano você está?" Felicity havia respondido com um simples "Starling City, 2013."
William se revelou surpreso de ter conseguido "falar rápido" com ela (palavras dele). Ela perguntou como exatamente ele estava falando com ela de 2040, porque essa era a vida dela agora... Viajantes do tempo aparecendo toda hora... A resposta dele lhe deu mais ainda no que pensar: "Você já tinha me falado do celular-Gideon quando eu era moleque. Mas depois dessa caça ao tesouro que você me fez passar pra achar esse negócio, eu entendi que você queria que eu desse um jeito de me comunicar com você no passado pra evitar toda essa desgraça que a gente tá vivendo. Demorou um pouco, mas eu consegui hackear e reprogramar a inteligência artificial instalada no seu antigo celular. " Esse William havia dito que ela o conhecia desde "moleque" (mas não ainda) e ele era capaz de hackear e reprogramar um programa de inteligência artificial. Felicity ficou impressionada, mas mais confusa ainda.
Abrindo a porta de casa e entrando, Felicity tirou os sapatos, deixou a bolsa no sofá e pegou seu celular-Gideon. A conversa estava toda lá também. É claro que ela salvaria tudo aquilo! Ela precisava de provas (até para si mesma) que não estava enlouquecendo!
"Você me levou até seu escritório na sua empresa onde encontramos planos estranhos de destruição da cidade, mas quando eu voltei lá sozinho para analisar melhor, encontrei mais coisas. Encontrei planos seus sobre viagem no tempo, e todo um registro que só apareceu quando me identifiquei com a minha digital. Você quis que eu encontrasse tudo isso." Felicity precisou parar mais uma vez quando chegou nesse ponto. Do jeito que o William estava falando, tudo levava a crer que Felicity estava morta em 2040. E ela teria só o quê? 51 anos? Era muito pouco!
Infelizmente, não veio mais nenhuma mensagem depois dessa, e após 15 minutos aguardando, Felicity decidiu voltar pra casa. Ela estava se sentindo muito sozinha, e queria dividir com alguém o que estava acontecendo, mas Tommy não podia saber que havia morrido... Aquilo mexeria com a cabeça dele. E Diggle... Diggle era um querido, mas era muito cético! A melhor pessoa pra falar sobre isso seria o Oliver. Ele já havia mencionado que tinha visto coisas muito estranhas naquela ilha dele, talvez ele não fosse pensar que ela estava enlouquecendo se ela contasse a história toda pra ele.
Felicity olhou para o seu computador, e parecia que ele estava olhando de volta pra ela... num desafio. Ela não quis ir atrás do Oliver antes. Ela tinha certeza que quando ele estivesse pronto, ele voltaria. Mas ele também não tinha toda a informação necessária pra voltar. Ele provavelmente não sabia que a empresa da sua família estava num estado tão frágil que estava à mercê de uma tomada hostil (Thea não queria chegar nem perto da empresa, e Felicity sentia que ela secretamente até torcia contra, numa forma de castigar a mãe), Oliver não sabia que Felicity estava lidando com coisas muito além do que ela sozinha podia lidar e que talvez ele pudesse ajudar. E mais que tudo isso, ele não sabia que o amigo estava vivo (se tivesse visto na TV ou Internet, Felicity tinha certeza que ele haveria voltado). Tudo isso eram argumentos pra tentar justificar a invasão de privacidade que Felicity cometeria, mas ela acreditava que o Oliver a perdoaria quando soubesse o porquê de ela fazer isso. Ou pelo menos é o que ela esperava.
- Ah, que se dane! – Felicity disse para si mesma pegando seu notebook e levando consigo para o sofá. Ela se esparramou nele pra ficar confortável e continuou seu solilóquio. – Se eu fosse o Oliver, e quisesse sumir, sem acesso à televisões e Internet, pra onde eu iria? – Felicity pesquisou, e Oliver de fato usou seu novíssimo passaporte pra sair do país, mas não foi pra Europa que ele havia ido não. Felicity suspirou quando viu o destino do voo que ele havia tomado: China. – Ai, Oliver... – Ela não tinha dúvida nenhuma de que ele havia voltado para a sua ilha. Provavelmente tentando se castigar pela culpa da morte do seu melhor amigo. O que Felicity não tinha nem ideia era de como ela própria iria atrás dele numa ilha que nem no mapa estava.
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Starling City 2013
RomanceO Empreendimento foi parcialmente detido, Oliver não aguentou a barra e sumiu. Felicity agora precisa decidir o que vai fazer de sua vida sem o Oliver e sem o Capuz. É nesse momento, no fim de Maio de 2013, que ela recebe uma visita completamente in...