Simplesmente Complicado

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I can't carry the weight of this war
I can't do it anymore
Everyone's wounded, nobody's won
Hear me
I haven't lost my voice without you near me
I can tell the truth about you leaving
But that's not what a good woman does
What a Good Woman Does -
Joy Williams

  Quando entramos na 1 Oak, ficamos como duas crianças no melhor brinquedo do mundo. O espaço é decorado para parecer íntimo. Vários ambientes separados e de decorações distintas, cabines com sofás e mesas de vários tamanhos e modelos dispostas de maneira elegante. O lugar parece pulsar com energia e a música que toca agitada nos chama para dançar.

  A sensação de estar no lugar errado não me abandona, me sinto uma impostora mesmo tendo entrado com meu próprio nome, o que é no mínimo, irônico. Me recupero do choque o bastante para perguntar, para uma Alice toda sorridente, como isso aconteceu.

- A lembra o cara que estou saindo? Austin Wills? - apenas assinto, ela saiu com ele umas três ou quatro vezes, mas não conversamos sobre, então estou por fora - Então... Ele trabalha com Brianna Sanders.

- A Promotora de eventos?

- Exatamente, ela é a responsável per praticante todas as festas da Kardashians, o aniversário da filha da Kylie e o chá de bebê da Beyoncé. Ela é tipo sensacional! - Ali fala com uma animação contagiante.

  Vamos em direção a outro ambiente e logo avistamos as amigas de faculdade de Alice, Harper e Mariah, que também se tornaram minhas amigas por irem muito ao nosso apartamento. Depois de vários comprimentos com gritinhos de animação, sentamos na cabine e conversamos sobre como o lugar é sensacional. Nunca fui a Disney, mas tenho a sensação que se eu fizesse uma viagem com minhas amiga, estaríamos com os mesmos sentimentos e animação de agora.

  Nos revesamos para pegar a bebida no bar e depois de experimentar um drink com vodka de Alice, acredito que já saí muito do meu habitat por um dia e me decido pelo vinho branco. Acabo tomando bem devagar, porque eu tenho um principio básico, que quando a taça de vinho custa quarenta dólares, eu realmente não tomo mais que duas, este princípio está baseado na minha carteira apertada, mas mesmo assim me divirto bastante.

  Vamos a outro ambiente onde tem pista de dança e nos soltamos. Eu não sou das melhores, mas gosto muito e é relaxante, danço um tempo só sentindo a música. Depois de várias músicas, meus pés gritam e volto a mesa, fico sentada sozinha um tempo para descansar enquanto vejo minhas amigas na pista, olho o celular para ver que horas são e já passa das duas da manhã e nem percebi o tempo voar... Há um ligação perdida da minha irmã, é estranho ela ligar antes do domingo, faço um lembrete mental de enviar uma mensagem quando chegar em casa.

Olho para o lado e levo um susto, a menos de um metro há um homem na minha cabine que, pelo que me lembro, estava vazia quando eu sentei.

- Essa provavelmente é a cantada mais batida que existe, mas... Você vem sempre aqui? - diz com um sorriso. Ele é bem bonito, de uma maneira clássica, parece ter cabelo loiro escuro, a luz baixa da cabine torna difícil dizer com certeza, e seus olhos estão entre castanho e mel, um tom diferente e meio hipnotizante. Ele me encara com um sorriso de lado, sem tirar os olhos dos meus, esperando minha resposta.

Não encontro nada esperto ou espirituoso para dizer, então sou apenas sincera.

- Não, é a primeira vez que venho aqui - minha resposta parece agradar-lhe, porque ele abre um sorriso maior, que parece mais sincero também.