MIGUEL & MAGRÍ - a revelação final! (Contém Spoiler)

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É incontestável o sentimento forte que une, e ao mesmo tempo, desune o homem

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É incontestável o sentimento forte que une, e ao mesmo tempo, desune o homem. A "paixão" fora de nível, irregular, leva a grandes guerras, assim bem analisou Thomas Hobbes em seus estudos nos séculos 16 e 17. No entanto, jamais pensaríamos que daríamos de cara com um imenso dilema nos textos do grande autor "Pedro Bandeira". Em sua mais célebre saga, por diversas vezes vemos seus personagens entrando em conflito, não apenas nos casos de crimes em que se envolvem, mas nos impropérios lançados uns aos outros. A amizade, irmandade, e quais mais "ades" queiram, fazem com que a guerra mental e pessoal seja forte em demasia para cada qual. Por quê? Magrí, a única protagonista feminina da série "Os Karas" até o meio do quinto livro lançado, digamos assim, é a responsável pelo irromper do mais sublime e ultrajante sentimento humano nos três outros companheiros mais velhos descritos. Miguel - o líder, Calú - o ator e Crânio - o gênio, se veem divididos entre "o amor que une os Karas" e "o amor de uma jovem mulher". O que podemos esperar disso tudo?

Transportando para a realidade, é totalmente compreensível o desenvolver da "paixão adolescente" em jovens que estão muito próximos. Reparem bem: Os demais personagens descritos de mesma idade, fora o grupo ultrassecreto de Pedro Bandeira, não passam de coadjuvantes... Não possuem histórias tão pitorescas, mirabolantes suficientes para que façam parte desse grande envoltório. Magrí conhece o maior segredo de Miguel, Calú e Crânio... Quem mais poderia? Com quem mais se envolveriam?

Na tentativa de amenizar o clima entre os amigos, Pedro Bandeira criou "Peggy" – a americana (diga-se filha do presidente dos Estados Unidos apenas)

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Na tentativa de amenizar o clima entre os amigos, Pedro Bandeira criou "Peggy" – a americana (diga-se filha do presidente dos Estados Unidos apenas). Miguel fraquejou e contou tudo a respeito deles a ela, revelando detalhes que nem nós, os leitores, sabíamos. Por certo, seria difícil enganar a personagem que estava colaborando com o grupo durante a investigação de sequestro no quinto livro (Droga de Americana!), mas não impossível... Ainda mais para um Kara que enganara, por mais de uma vez, um detetive experiente e amigo.

Afinal, por que os leitores se atentam tanto ao desenlace passional, relevando os apelos políticos e sociais de cada obra? A resposta é simples: como dito no início do texto, a "paixão" é o que move o ser humano e o despertar dela pode estar na ficção, sendo ao mesmo tempo mais real do que qualquer outra realidade.

CRÔNICAS DE UM KARA | Vida de Fã do Pedro BandeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora