O SOLDADO PERFEITO - Que droga de obediência!

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Hey, vamos com calma... Mas, não precisa se ter tanta calma assim também.

Um dos assuntos mais comentados neste ano foi a da informação "vazada" de que haviam livros "inapropriados" presentes em escolas públicas, para alunos do ensino médio

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Um dos assuntos mais comentados neste ano foi a da informação "vazada" de que haviam livros "inapropriados" presentes em escolas públicas, para alunos do ensino médio. No governo de Rondônia, em site oficial, 43 livros foram listados, dentre eles "Macunaíma", "Memórias Póstumas de Brás Cubas", "Os Sertões", "O Seminarista" e por aí vai... A Secretaria do Estado de Educação (Seduc) de Rondônia afirma que os livros não foram e nem serão retirados por entenderem a importância que cada livro clássico possui.

Em alguns textos passados, comentei a respeito de alguns livros do Pedro Bandeira que entraram em campanha de "censura" e que, hoje, até possuem dificuldades em serem adquiridos pelas escolas, como o livro "Mariana" e "Sonho de Carnaval"

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Em alguns textos passados, comentei a respeito de alguns livros do Pedro Bandeira que entraram em campanha de "censura" e que, hoje, até possuem dificuldades em serem adquiridos pelas escolas, como o livro "Mariana" e "Sonho de Carnaval". Lembram-se que até o clássico "A Marca de Uma Lágrima" entrou nessa polêmica?

Apesar do "passo atrás" que o governo de Rondônia deu para a "não adoção" de muitos livros nas escolas, temos passado por anos em que vários livros foram retirados da listagem dos órgãos públicos de ensino tais como, um dos mais recentes, "Meninos sem pátria" de Luiz Puntel. E quanto ao racismo em Monteiro Lobato?

Até que ponto o governo pode determinar o que eu, meu filho, sobrinho, neto... podemos ler?

O papel da educação passou mesmo a ser da escola, ou do Estado, e não mais dos pais?

Gostaria de criar um adendo gigante a essa questão e levantar o que, talvez, seja a maior polêmica que eu já criei por aqui: 

Lembram-se da "aparente censura" que o governo do Rio de Janeiro quis imputar a um "livro em quadrinhos" na bienal do Rio de Janeiro em 2019? Sabiam que o evento tem uma parcela de dinheiro público investido nele? Os livros seriam lacrados? Retirados? Queimados? Baleados? Que excelente jogada de marketing, hein!? Logo não haviam mais desses para "retirar", pois adquirimos todos!

Para se reerguer no âmbito educacional após as toneladas de censuras provocadas pelo "governo militar", foram criados diversos programas governamentais a fim de adquirir livros didáticos conforme perfil da escola. Nisso, os professores ajudaram e solicitaram os textos que mais se fariam necessário para aprimorar seus ensinos em sala de aula, conforme idade educacional. Na década de 80 várias editoras no Brasil perceberam a oportunidade de ouro e logo buscaram por autores para escrever para esse público. Nosso Pedro Bandeira foi um deles, é claro. A "coleção vaga-lume" foi sensação nas décadas de 80 e 90, certo? Ruth Rocha vendeu 9 milhões de seu dicionário para o governo; tremendo, não é? Sabiam que "A Droga da Obediência" vendeu quase 500 mil exemplares para o governo? E que cerca de 11 milhões, de todos os mais de 25 milhões de livros vendidos por Pedro Bandeira, também foram adquiridos pelo Estado? Sei que muitos se fizeram leitores e conhecedores das obras desses incríveis autores devido a esses programas nacionais voltados para a cultura. No entanto, falando sobre mim e por mim, eu não posso afirmar isso... Não totalmente! Afinal, eu conheci "Pedro Bandeira" e a maioria das obras que li e gostei por meio de uma tia minha que sempre estava lendo e trazendo livros para casa. Sim, ela estava em formação para a batalha diária que é ser professor de educação básica no Brasil. Logo ela se formou e não sabem como ela anseia por sua aposentadoria hoje, com quase 30 anos de profissão. Que guerreira!

CRÔNICAS DE UM KARA | Vida de Fã do Pedro BandeiraOnde histórias criam vida. Descubra agora