Repúdio

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O amor é uma desgraça

Prefiro vinho na taça

Chega de cair e levantar

Eu só quero mesmo é me deitar.

Esse sentimento idiota

Ele te cobra que nem agiota

Suga tua alma e espírito

Preso nisso eu dei meu grito.

A raiva dessa droga me consome

Quero amassar e destruir

Por realizações eu sinto fome

Não existe nada para me nutrir.

Minha alma rosna como um cão

Nem pense em colocar a mão

Vá para a merda também

O anjo diz "Ajuda-o ó Deus, amém".

Repúdio, repúdio, repúdio

Esse é o som da minha mão

Socando o rosto do coração

Pense num ódio dessa solidão.

E você leitor

Nem pense em ser poeta

Pois só irá falar sobre dor

Porque a vida não admoesta.

Melancolia Poética - Vol.1 Onde histórias criam vida. Descubra agora