Capítulo 15: Onde está Tucker?

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Em Washington, na casa de Nicole...

Num impulso, olho para trás, para verificar se Waverly está bem. Ela encontra-se agarrada a mim e olha-me, sorrindo ao ver que não estou ferida. Olho novamente para a frente e vejo o meu tio caído no chão.

Fico confusa, pois eu não disparei. De seguida oiço uma voz que reconheço:

- Vocês estão bem? – olho para a porta e nem quero acreditar no que vejo.

- Pai?! – questiono, incrédulo.

Waverly afasta-se um pouco, permitindo-me aproximar do homem que não vejo há 10 anos, o homem que eu achava ter morrido. Vejo-o guardar a arma e atiro-me para os seus braços como se fosse uma criança novamente.

- Estás tão bonita, minha querida. – diz, ainda me abraçando.

- O que aconteceu?

- Teremos tempo para eu te explicar tudo. – responde ele, sorrindo.


***


Em Boston, na casa de Wynonna e Doc...

- Tem calma Wynonna, vais ver que elas mais tarde ou mais cedo atendem. – Doc tenta acalmar a mulher.

- O Robert foi para Washington à procura da minha irmã, provavelmente para a matar. Como esperas que me acalme, Doc? – Wynonna fala desesperada, andando de um lado para o outro – Eu tenho de ir para Washington!

Corre para a porta, mas assim que a abre:

- Rosita?!

- Desculpa aparecer assim, mas não consigo falar com a Waverly. Até a Doutora Shae já me lig...

- Temos mesmo de ir para o aeroporto! – apressa-se Wynonna a dizer, mas antes de entrar no carro, o seu telemóvel toca: é Waverly.


***


Em Boston, na casa de Mercedes...

- Então, acordaste a meio da noite? – pergunta Dolls, sorrindo ao se dirigir à cozinha. Mercedes apenas o olha e sorri, dando-lhe uma chávena de café.

Porém, Dolls insiste:

- Está tudo bem? – pergunta ele, aproximando-se.

Antes que Mercedes tenha tempo de reagir, a porta abre-se e alguém entra de rompante, fazendo Mercedes dar soltar um grito de susto e Dolls agarrar sua arma.

- Calma, sou só eu. – diz Beth, levantando as mãos ao ver Dolls apontar-lhe uma arma – Quem é este?

Dolls baixa a arma e guarda-a. Mercedes não responde e Beth aproxima-se da irmã:

- Recebi agora uma chamada de Washington. – diz em tom sério – O Robert foi baleado e está em risco de vida no hospital.

Mercedes olha para a irmã num olhar misto de alívio e tristeza:

- E o Tucker? Ele ligou-me ontem várias vezes, mas eu não ouvi.

- Não sei nada dele. – responde Beth, deixando escapar uma lágrima. Mercedes abraça a irmã. Sem que nenhuma das duas se aperceba, Dolls coloca o telemóvel de Mercedes no bolso e sai sorrateiramente.

-

-

Já no carro, Dolls conduz sem destino. Wynonna jamais o perdoaria pelo rapto da irmã. A única forma possível de ainda conseguir o seu perdão seria impedir que Tucker fizesse mal a Waverly.

Dolls para à porta de casa de Wynonna e suspira. Abre a porta do carro, pensando como pode explicar o seu plano para apanhar Tucker. No entanto, um som impede-o de sair do carro. Observa o monitor do telemóvel: Tucker



...UM ANO DEPOIS...


Em Boston, na casa de Nicole...

Acordo na minha cama. Aliás, nossa. Há um ano que a cama é minha e de Waverly. Viro-me para o lado e observo-a a dormir. Parece um anjo. Podia ficar a observá-la por horas, mas o despertador dela não o permite:

- Não quero! – reclama ela, colocando a almofada por cima da cabeça.

Rio-me e desligo o despertador:

- Mas temos de ir trabalhar, a BSS precisa da agente mais sexy presente hoje... - digo, aproximando-me dela.

- Hum, não sabia que tinhas o turno da manhã. – diz, dando-me o leve beijinho nos lábios.

Antes de ter tempo de responder, alguém toca à campainha. Waverly e eu trocamos olhares, um pouco desconfiadas. Há um ano que o meu tio fugiu do hospital e anda desaparecido, tal como Tucker.

Ambas descemos em direção à porta e eu agarro a minha arma escondida por detrás da porta:

- Rosita, que fazes aqui tão c... - começa Waverly.

- Eu passei a noite com a Shae. - diz Rosita muito rápido.


***


Em Boston, na casa de Wynonna e Doc...

Doc desce as escadas, ainda bocejando de cansaço. Quem diria que uma bebé de 3 meses lhe tiraria uma boa noite de sono. Sorri assim que chega à sala. Wynonna termina de dar biberão à pequena Alice e suspira assim que vê Doc:

- Finalmente. – diz, pegando na filha e colocando-a no colo do pai – Tenho de ir trabalhar. – diz, calçando-se.

- Tens o quê? – Doc pergunta, ajeitando Alice no seu colo – Wynonna, a nossa filha tem apenas 3 meses, sabes que podes ficar mais dias em casa.

Wynonna faz um sorriso divertido ao se levantar e se dirigir a eles:

- Pois podia, mas não quero! Dou em maluca se fico fechada em casa. – dá um beijo ao marido e olha para a filha – A mamã volta para casa cedo. – dá um beijinho na testa da menina.

Já se encontra a sair de casa quando ouve Doc dizer à filha:

- Vamos divertir-nos muito.

- Doc, nem penses em exibir a tua arma antiga e contar histórias de Cowboys, ela tem apenas 3 meses.

O marido olha-a indignado:

- Mas ela adora as histórias que eu lhe conto.

Wynonna revira os olhos:

- Por favor, não a leves tarde para o infantário... novamente.

Wynonna sai de casa e entra no carro, não notando que está a ser observada.

Relove Purpose (versão portuguesa)Onde histórias criam vida. Descubra agora